Ipea prevê que PIB crescerá 2,7% em 2019 e inflação ficará em 4,10%
“Nossas projeções para 2019 baseiam-se na hipótese de que o governo eleito efetivamente se comprometerá com a implementação das reformas e medidas necessárias à superação da crise, o que levará à renovação do processo de recuperação cíclica”, informou o Ipea, em nota oficial.

O PIB de 2018 deve fechar com crescimento de 1,3% em 2018, abaixo do esperado pela maioria dos analistas no início do ano. Para 2019, a expectativa é de avanço de 2,7%. As projeções fazem parte da "Visão Geral da Conjuntura", divulgada nesta quinta-feira, 20, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
"Nossas projeções para 2019 baseiam-se na hipótese de que o governo eleito efetivamente se comprometerá com a implementação das reformas e medidas necessárias à superação da crise, o que levará à renovação do processo de recuperação cíclica", informou o Ipea, em nota oficial.
A expectativa é que, tanto pelo lado da oferta como pelo lado da demanda, quase todos os componentes do PIB apresentem taxas de crescimento no ano que vem, com exceção de exportações e importações.
"Apesar da aguardada recuperação da atividade econômica ao longo de 2019, espera-se que apenas no final do ano comecem a surgir pressões inflacionárias que poderiam levar ao início de um novo ciclo de aperto monetário", traz o estudo.
A projeção é que a inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feche o ano que vem com alta de 4,10%, após crescer 3,80% neste ano. O Ipea prevê que o Banco Central inicie um processo de elevação gradual da meta da taxa Selic no final do ano que vem ou no início de 2020.
Para 2018, o esperado é que a atividade da indústria e da agropecuária avancem 0,8% e 0,6%, respectivamente, e que os serviços cresçam a um ritmo um pouco mais forte, de 1,4%. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias e a FBCF devem apresentar as principais contribuições positivas ao crescimento, com expansão de 1,9% e 4,4%, respectivamente.
Leia Também
Em contrapartida, o consumo do governo deve permanecer praticamente estagnado, enquanto as exportações líquidas devem apresentar contribuição negativa para a expansão do PIB, com as importações crescendo substancialmente mais do que as exportações, segundo previsão do Ipea.
"A eclosão da greve dos caminhoneiros no segundo trimestre do ano certamente afetou de maneira negativa o ritmo de retomada da atividade econômica, mas, conforme discutido anteriormente, este desempenho decepcionante deveu-se primordialmente a outros fatores. Primeiro, ao ambiente de incerteza associado ao desequilíbrio estrutural das contas públicas, cujo equacionamento requer a aprovação, no Congresso Nacional, de reformas constitucionais com relativamente baixo apoio popular. Segundo, à implementação apenas incompleta do amplo conjunto de medidas requeridas para remover as restrições ao investimento e ao aumento da produtividade geral da economia - apesar dos avanços na agenda microeconômica registrados nos anos recentes", informou o Ipea.
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
Tarifas recíprocas, inflação, juros e guerra: nada passa batido por Trump
Presidente norte-americano usa a mesma estratégia da primeira gestão e faz pressão em temas sensíveis à economia norte-americana e ao mundo
Volatilidade em alta: inflação dos EUA derruba bitcoin (BTC), mas apenas por um instante; veja o que move o mercado cripto hoje
A inflação nos EUA cresceu mais que o esperado em janeiro, mas após um choque inicial no início do dia, grande parte do mercado conseguiu reverter as perdas e seguiu em alta
‘O barco vai balançar’: Galípolo prevê mercado mais agitado com fim do guidance do BC e indica inflação fora da meta
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, participou do primeiro evento desde a posse no cargo e comentou sobre a rota dos juros no Brasil
Brasil não vive crise como a de 2016, mas precisa largar o ‘vício em gasto público’ se quiser que os juros caiam, diz Mansueto Almeida, do BTG
Comentários do economista-chefe do banco foram feitos durante evento promovido pelo BTG Pactual na manhã desta quarta-feira em São Paulo
Bolsa ladeira abaixo, dólar morro acima: o estrago que o dado de inflação dos EUA provocou nos mercados
Os investidores ainda encararam o segundo dia de depoimentos do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Congresso e uma declaração polêmica de Trump sobre os preços
Mais uma chance na vida: Ibovespa tenta manter bom momento em dia de inflação nos EUA e falas de Lula, Galípolo e Powell
Investidores também monitoram reação a tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio; governo brasileiro mantém tom cauteloso
Juros nos EUA: o que Powell disse que fez o mercado adiar a aposta no corte das taxas neste ano
Presidente do Federal Reserve concede depoimento ao Senado nesta terça-feira (11) e reforçou uma mensagem que vem sendo repetida pelas autoridades de política monetária nas últimas semanas
Inflação desacelera a menor nível para janeiro desde o Plano Real, mas não vai impedir Galípolo de continuar subindo os juros
Inflação oficial desacelerou de +0,52% para +0,16% na passagem de dezembro para janeiro, mas segue fora da meta no acumulado em 12 meses
Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808
A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.
Um rolezinho no shopping: Ibovespa reage a tarifas de Trump em semana de testemunhos de Powell e IPCA
Enquanto isso, banco BTG Pactual dá andamento à temporada de balanços com lucro recorde em 2024
Agenda econômica: discursos de Powell, PIB europeu e IPCA movimentam a semana, enquanto balanços esquentam o mercado brasileiro
Resultados financeiros de gigantes brasileiras como BTG e Raízen devem prender a atenção de investidores em semana cheia
Um (dilema) Tostines na bolsa: Ibovespa reage a balanços e produção industrial em dia de aversão ao risco lá fora
Santander Brasil é o primeiro bancão a divulgar balanço do quarto trimestre de 2024; Itaú publica resultado depois do fechamento
Galípolo prepara a caneta: a meta de inflação já tem data para ser descumprida — e isso tende a tornar o Banco Central ainda mais rigoroso
Ata do Copom trouxe poucas novidades em relação ao comunicado, mas proporcionou vislumbres sobre o novo regime de metas de inflação.
Um olho na estrada, outro no retrovisor: Ibovespa reage à ata do Copom enquanto se prepara para temporada de balanços
Investidores também repercutem a relatório de produção e vendas da Petrobras enquanto monitoram desdobramentos da guerra comercial de Trump
A mensagem de uma mudança: Ibovespa se prepara para balanços enquanto guerra comercial de Trump derruba bolsas mundo afora
Trump impõe ao Canadá e ao México maiores até do que as direcionadas à China e coloca a União Europeia de sobreaviso; países retaliam
Agenda econômica: Discursos de lideranças do Fed e ata do Copom movimentam a semana de IPCA no Brasil
Após a Super Quarta, a semana deve ser agitada por indicadores decisivos e dados sobre atividade econômica e inflação por aqui
Com ou sem Trump, por que o último dado de inflação dos EUA não importa agora
A métrica preferida do banco central norte-americano foi divulgada nesta sexta-feira (31) e veio em linha com as projeções