Um dragão no colo da rainha! Britânicos podem encarar inflação de 22% — e o grande vilão dessa história é bem conhecido
Além de uma inflação de 22,4% para o próximo ano, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico pode cair 3,4%, segundo projeções do Goldman Sachs
Super-homem contra Lex Luthor, Batman contra o Coringa, Reino Unido contra a inflação. A disparada dos preços é a maior vilã dos britânicos neste momento — ameaçando lançar a terra da rainha na recessão ainda este ano.
Se os cálculos do Goldman Sachs estiverem certos, a inflação no Reino Unido pode acelerar acima de 22% no próximo ano, tudo por conta da espiral ascendente dos preços da energia.
O banco norte-americano trabalhou com um cenário no qual os preços do gás seguem elevados como nos níveis atuais, com um aumento projetado de mais de 80% em janeiro do ano que vem. .
Se isso acontecer, o Goldman diz que a inflação no Reino Unido pode atingir um pico de 22,4% em 2023 e, pior: o Produto Interno Bruto (PIB) britânico pode cair 3,4%.
Correndo contra o tempo… e a inflação
A Gotham City pintada pelo Goldman Sachs é ainda mais sombria. Segundo o banco, as famílias britânicas devem ser atingidas por um aumento projetado de 80% em suas contas de energia nos próximos meses.
Se esse reajuste se confirmar, conta média anual de energia para uma família britânica subirá para 3.549 libras (US$ 4.197), de 1.971 libras — exacerbando a crise de custo de vida existente no país.
Na sexta-feira (26), o regulador de energia do Reino Unido anunciou a elevação do teto nas contas de energia ao consumidor a partir de 1º de outubro para acompanhar o aumento dos preços do gás no atacado, que subiram 145% no Reino Unido desde o início de julho.
O Ofgem (o escritório para o mercado de gás e eletricidade do Reino Unido) deve recalcular o preço máximo novamente em três meses. No entanto, Goldman diz que se os preços permanecerem "persistentemente mais altos", outro aumento de 80% pode ser possível.
Mas, assim como nos quadrinhos, nem tudo está perdido. Se os preços da energia forem moderados, o pico de inflação no Reino Unido provavelmente atingirá 14,8% em janeiro, de acordo com o Goldman.
Embora bem abaixo da projeção de 22%, esse percentual ainda está acima dos 13,3% previstos pelo Banco da Inglaterra, o banco central britânico, no início deste mês.
A recessão vem aí
O Goldman Sachs também projeta que o Reino Unido entrará em recessão ainda no quarto trimestre deste ano.
De acordo com o banco, a economia britânica contrairia 0,3% em uma base não anualizada no quarto trimestre deste ano, seguida por -0,4% e -0,3% no primeiro e segundo trimestres de 2023, respectivamente.
“Agora esperamos que a profunda crise do custo de vida leve a economia do Reino Unido à recessão ainda este ano”, diz o Goldman Sachs em nota.
O Goldman não é o único a fazer previsões sombrias para a economia britânica. O Citi, por exemplo, previu na semana passada que a inflação do Reino Unido ultrapassaria 18% em janeiro de 2023.
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O grupo seleto da inflação acima de 20%
Se a previsão do Goldman se confirmar e a inflação no Reino Unido ficar em 22,4% no próximo ano, a terra da rainha entrará para um grupo seleto do qual já fazem parte países como Argentina e Turquia.
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cinco países têm hoje uma taxa de inflação acima de 20%: Argentina, Estônia, Letônia, Lituânia e Turquia.
Para se ter uma ideia, a Rússia, que está em guerra contra a Ucrânia registrou uma inflação de 16,7% em julho, de acordo com a OCDE.
O Reino Unido, por sua vez, teve uma taxa de 8,8% no mês passado, enquanto os EUA, de 8,52%.
*Com informações da CNBC
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