Petróleo em queda livre faz Petrobras perder quase R$ 50 bilhões em valor de mercado
Petroleira é castigada desde o começo do mês e faz acionista esquecer o otimismo com a ‘onda Bolsonaro’
Após recuperar o posto de empresa mais valorizada da bolsa neste ano, a Petrobras derrapou neste mês e acumula perda de R$ 49 bilhões de valor de mercado com a queda do preço do petróleo no mercado internacional. Os investidores deixaram para trás o entusiasmo com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República e desde o dia 30 do mês passado castigam as ações da empresa por conta da perspectiva de queda de receita. Para o consumidor, alguns combustíveis já estão mais baratos, ao mesmo tempo em que o governo sinaliza que há fôlego para acabar com o subsídio do óleo diesel.
A Petrobras terminou o mês passado valendo R$ 384 bilhões e, nesta sexta-feira, 23, está cotada a R$ 335 bilhões. Em menos de um mês, desvalorizou quase 15%, na sombra da baixa da commodity.
Os preços do petróleo nos mercados internacionais fecharam nesta sexta no menor patamar desde outubro de 2017. O tipo Brent, negociado na ICE, em Londres, caiu 6,07%, a US$ 58,80. Já o WTI, comercializado em Nova York, está prestes a valer menos que US$ 50, depois de cair 7,70% nesta sexta, a US$ 50,42 o barril.
"Ainda que a queda do preço do petróleo tenha começado em outubro, as ações da Petrobras não refletiam a conjuntura internacional porque o mercado estava precificando a continuidade dos ajustes financeiros na estatal, com a perspectiva de vitória de Bolsonaro. Passada a eleição, há um efeito muito forte que vem de fora. A commodity está caindo com a expectativa de que a economia mundial está perdendo força", avaliou o economista-chefe da RC Consultores, Marcel Caparoz.
Como efeito, ele prevê a retração da receita da Petrobras e também da inflação. "Os preços caíram nas refinarias, mas essa queda não chegou aos consumidores na bomba. A tendência é que a gasolina fique mais barata nos postos nas próximas semanas. E isso tem impacto na inflação", avaliou o economista.
A Petrobras reduziu o preço da gasolina em 31% desde que atingiu o valor mais alto de 2018, de R$ 2,2514 por litro, de 14 a 22 de setembro. Agora, está a R$ 1,5556. Nas bombas, no entanto, os preços ainda resistem. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) demonstra que o litro permaneceu estável. Apenas na última semana começou a cair, chegando a R$ 4,614.
Leia Também
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial