Para alívio dos investidores, Petrobras diz que vai manter sua atual política de preços
Estatal vem sustentando nos últimos anos uma política de paridade internacional de preços e de redução da dívida

O diretor de Estratégia da Petrobras, Nelson Silva, tirou uma pedra gigante das costas dos acionistas da companhia nesta quarta-feira, 5, ao afirmar que a petroleira dará continuidade a políticas adotadas nos últimos anos, durante o seu processo de recuperação financeira.
Na teleconferência de apresentação do plano estratégico para os próximos cinco anos da estatal, Nelson afirmou que "nenhuma das alavancas será abandonada" e que a ideia vai ser manter a política de paridade internacional de preços e redução da dívida. Ainda segundo ele, o programa de parceria e desinvestimento "dará espaço para uma gestão contínua do portfólio".
Nelson destacou que rentabilidade e redução dos riscos são palavras-chave do plano estratégico. Ele afirma que o avanço no negócio de gás contribuirá para reduzir a concentração geográfica no Brasil. "O mercado doméstico sempre será o mais importante, mas o gás poderá ajudar a conectar com o mercado global".
Segundo o executivo, a Petrobras vai retomar o investimento em atividades exploratórias, após anos de recuo, o que "demonstra que a empresa entra numa fase de recuperação".
Serão investidos "quase US$ 11 bilhões" em exploração de 2019 a 2023, valor que equivale ao projetado no plano de 2015. Dos US$ 68,8 bilhões que serão injetados no segmento de exploração e produção, 16% irão para exploração, 70% para o desenvolvimento da produção e 14% em infraestrutura e pesquisa e desenvolvimento.
Silva destacou também que a empresa continuará "atuando fortemente em refino", por conta da dimensão e relevância mundial do mercado de combustíveis brasileiro. No plano divulgado nesta quarta-feira, os projetos de destaque nessa área são a segunda fase da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e melhorias nas refinarias existentes para produzir derivados mais "limpos".
Leia Também
Na área de gás natural, o executivo ressaltou que o "GNL é um veículo de crescimento da participação global da companhia", sinalizando que a empresa prevê ampliação da exportação de gás.
Dívida
Os executivos da Petrobras consideram que a empresa ainda não atingiu o "ponto-ótimo" de desalavancagem, levando em conta a métrica que compara o endividamento à geração de caixa.
A conta ideal, segundo Silva, é de menos de 1,5 vez, que deve ser atingida em 2020. Ele ainda destacou que a "redução da dívida continuará" e disse que a força de trabalho terá que se adequar aos desafios e que a nova métrica de rentabilidade tem o objetivo a atender aos interesses de retorno aos investidores.
Falando do futuro
O diretor Financeiro da companhia, Rafael Grisolia, usou sua fala na apresentação para dizer que a Petrobras considera a entrada de 18 novos sistemas de produção de petróleo, o que deve mudar a curva de produção e a geração de caixa nos próximos cinco anos.
"A entrada de plataformas vai ter efeito no caixa e garantirá perenidade", disse o executivo, complementando a geração de caixa projetada no plano de negócios para os próximos cinco anos "já descontados eventuais pagamentos de dividendos".
Além disso, a empresa ainda conta com a continuidade da política de paridade internacional de preços para ampliar sua receita nos próximos anos.
O executivo reiterou a necessidade de continuar o programa de desinvestimento, o que inclui refinarias. A empresa espera se desfazer do controle das unidades ainda nos primeiros anos do plano de negócios. "Teremos solução de curto prazo para vender ativos suspensos juridicamente", disse. O programa de desinvestimento inclui ativos já conhecidos pelo mercado.
A Petrobras também manterá o investimento de US$ 84,1 bilhões ainda que a cotação do petróleo decepcione e fique abaixo da projeção divulgada no plano de negócios para os próximos cinco anos.
"O investimento se ajusta a eventuais quedas do petróleo", afirmou o diretor. Ele ainda acrescentou que a gestão das finanças será focada na meta de desalavancagem, de 1,5 vez em 2020. "A partir de 2021 a gente vai subir o payout", complementou Grisolia, destacando que o desinvestimento também vai contribuir com a geração operacional de caixa da empresa.
E o setor de petroquímica?
Grisolia afirmou que o investimento em petroquímica da Petrobras nos próximos cinco anos será realizado nas refinarias da Petrobras já existentes. Com isso, a Petrobras não irá construir ou adquirir ativos petroquímicos daqui para frente.
A estatal ainda avalia qual será sua participação na petroquímica Braskem. A companhia continua aguardando um posicionamento da Odebrecht, sócia no negócio, que discute venda de sua posição acionária à holandesa Lyondell Basell.
A diretoria da Petrobras também divulgou que projetos de gás natural liquefeito servirão para posicionar a empresa globalmente. Investimentos poderão ser feitos em parceria, no Brasil e no exterior.
*Com Estadão Conteúdo.
Petrobras (PETR3) excluída: Santander retira petroleira da sua principal carteira recomendada de ações em maio; entenda por quê
Papel foi substituído por uma empresa mais sensível a juros, do setor imobiliário; saiba qual
Prio (PRIO3) abocanha campos de Peregrino e Pitangola por US$ 3,35 bilhões e ações sobem — negócio pode turbinar dividendos, diz bancão
Apesar da aquisição já ser esperada pelo mercado, a transação é avaliada positivamente pelo BTG Pactual e pela XP Investimentos
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Trump acena com negociações tarifárias, mas anuncia sanções ao petróleo do Irã — com alvo indireto na China
Presidente diz que quem comprar petróleo e petroquímicos do país do Oriente Médio não terá mais permissão para fazer negócios com os Estados Unidos
As maiores altas e quedas do Ibovespa em abril: alívio nos juros foi boa notícia para ações, mas queda no petróleo derrubou petroleiras
Os melhores desempenhos são puxados principalmente pela perspectiva de fechamento da curva de juros, e azaradas do mês caem por conta da guerra comercial entre EUA e China
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) têm fôlego para pagar bons dividendos, mas só uma delas oferece perspectiva de ganho de capital, diz analista da Empiricus
No podcast Touros e Ursos desta semana, Ruy Hungria fala sobre impacto do tarifaço de Donald Trump no lucro de duas das maiores empresas do Ibovespa e diz o que o investidor deve esperar dos proventos
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dividendos extraordinários estão fora do horizonte da Petrobras (PETR4) com resultados de 2025, diz Bradesco BBI
Preço-alvo da ação da petroleira foi reduzido nas estimativas do banco, mas recomendação de compra foi mantida
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.