Se fosse fácil se chamava férias e não governo. A Moody's alertou nesta quinta-feira, 20, que, independentemente de quem vença as eleições presidenciais no Brasil, dada a perspectiva política polarizada, o novo presidente enfrentará desafios para estabelecer uma relação de trabalho com o Congresso que o permita governar efetivamente.
Na prática, isso quer dizer que aqueles que acreditam numa ampla reforma da Previdência já podem começar a tirar o cavalinho da chuva. A Moody's prevê uma reforma mais modesta e a alteração do teto de gastos no próximo governo.
Sem desespero
Antes que você comece a tomar medidas desesperadas, vai um alívio. Apesar dos tempos difíceis, a agência de classificação de risco espera que uma relação de trabalho com o Congresso leve à aprovação de uma reforma da Previdência, consolidação fiscal e aumento da confiança do investidor.
A agência pondera ainda que, no caso de o novo governo não conseguir retomar as reformas, haverá uma dinâmica fiscal adversa, e a volatilidade do mercado financeiro e a diminuição da confiança dos investidores influenciarão a recuperação econômica do Brasil.
Já em um cenário de continuidade desses ajustes, a Moody's espera uma recuperação gradual do crescimento do crédito, ativos e lucratividade estáveis.
*Com Estadão Conteúdo.