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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Eleições 2018

O Brasil não acaba neste domingo e esse é o problema

O eleito hoje ou no dia 28 terá um enorme desafio de lidar com um país praticamente quebrado e socialmente dividido

Eduardo Campos
Eduardo Campos
7 de outubro de 2018
6:02 - atualizado às 15:55
Candidatos a presidente nas eleições 2018
Candidatos a presidente nas eleições 2018 -

Tenho dito que "a eleição não vai ser o fim do mundo - e esse é o problema”. Pego emprestada a frase de um amigo que sintetiza bem esse domingo. Não importa o presidente eleito, se hoje ou no fim do mês, o país continua flertando com o abismo.

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E o precipício que olhamos hipnotizados é basicamente um só: o fiscal. Quem entende do assunto aqui em Brasília diz: “Estamos quebrados”. Mas a possível solução só vem depois da definição da eleição, então é disso que o mercado tratou de se ocupar.

Quando o dinheiro fala

No mercado a conversão foi rápida. E não poderia ser diferente. Se for para errar, erre rápido e não perca dinheiro. O otimismo com o tucano Geraldo Alckmin e sua aliança com o Centrão durou meia dúzia de pesquisas, que por mais criticadas e desacreditadas, continuam relevantes em traduzir o sentimento da população.

De forma alguma se acredita que Jair Bolsonaro seja um suprassumo da gestão pública ou que Paulo Guedes possa levar adiante toda a agenda econômica liberal proposta.

O que se percebe é que preferível dar o benefício da dúvida ao capitão e seu professor de liberalismo a ter de lidar com a já conhecida mão pesada petista quando se trata de intervenção no funcionamento da economia e dos mercados. Receio que cresce já que quadros importantes do petismo não escondem o desejo de revanche e vingança contra aqueles que “atrapalharam” o partido. Fica a aqui a dica de leitura da entrevista da Luciana Seabra com  o economista-chefe da SPX, Beny Parnes.

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Primeiro e segundo turno

Ao longo da semana passada tivemos uma prova do que seria a reação do mercado à uma eleição em primeiro turno de Bolsonaro. Euforia na bolsa, desmanche de posição comprada em dólar e menor pressão nos juros futuros.

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O evento é visto como possível justamente por essa percepção de “onda” que envolve o candidato, mas pouco provável em função da dispersão de votos entre os demais candidatos. Agora, se o improvável acontecer, e por vezes ele acontece, a onda vira tsunami ou uma ressaca monumental, se as urnas contrariarem o consenso.

Na eventual disputa de segundo turno o que deve ditar os primeiros pregões é a diferença entre os dois candidatos. Quanto maior a vantagem de Bolsonaro, tudo índica que tende a ser melhor a resposta dos indicadores de mercado. As maiores gestoras de recursos do país acreditam em vitória de Bolsonaro.

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Vimos também nessas semanas uma tentativa de relativizar Fernando Haddad, ponderando que o PT deve manter o pragmatismo e fazer sim as reformas, pois o que importa é garantir o poder e se manter nele. Um discurso de que eventual vitória petista não seria um desastre. Mas é uma tese que teria de ser colocada à prova, especialmente pela falta de nomes para a eventual equipe econômica de Haddad.

A piada é que “um Palocci” nunca fez tanta falta ao partido, em referência ao ex-ministro que está preso e delatando o que viu e ouviu à Polícia Federal, e que foi o grande fiador dos primeiros anos de sucesso da política econômica de Lula no primeiro mandato.

Os primeiros dias

Fazendo mero exercício de futurologia, como Bolsonaro está com o benefício da dúvida deve ter mais tempo para mostrar a que veio, completar a equipe e fazer as primeiras costuras com o Parlamento. O presidente aqui é poderoso, mas o Legislativo e seu presidente são tão poderosos ou mais, a depender da situação.

Haddad teria de ser mais rápido em conquistar aliados no mercado e fora dele para dirimir dúvidas e receios quanto à possibilidade de uma agenda revanchista e intervencionista.

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A “nova” composição do Congresso também deve passar por escrutínio. Digo “nova”, assim entre aspas, pois não se espera uma grande taxa de renovação. Mas como muitos parlamentares de fato usam a segunda e a sexta-feira para ter com suas bases, será importante ver qual a mensagem que eles captaram e terão de transmitir.

Os apoios já declarados a Bolsonaro da bancada ruralista e evangélica dão um sinal do que os representantes do povo viram nas suas bases.

Na pequena janela entre o fim da eleição e de 2018 não se descarta a possibilidade de ocorrerem votações importantes e até impopulares. O próprio presidente Michel Temer (lembram dele?) já acenou a vontade de votar uma reforma da Previdência.

Apelando à frieza da política, os parlamentares podem aprovar temas polêmicos e tidos como impopulares e “colocar na conta do Temer”. Dependendo do desfecho, Temer não deve achar ruim, pois está em busca de um legado.

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Aliás, por mais problemática que tenha sido a gestão Temer, alguns passos importantes foram dados, recuando o país da beira do abismo, mesmo que alguns passos. Cito apenas o incompreendido teto de gastos e a reforma no crédito direcionado, com a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP).

Preferências declaradas

Outro ponto interessante dessas eleições foram as preferencias declaradas que vimos de economistas, gestores e outros atores do mercado financeiro. Via redes sociais a defesa de um lado ou de outro foi feita de forma aguerrida. Sem medo de ver saques ocorrerem por disparidades ideológicas.

https://twitter.com/hbredda/status/1048277131246129164

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Não lembro de tamanha desenvoltura em 2014, ano no qual empresas foram censuradas e economistas demitidos por expressarem sua avaliação e prognósticos para o futuro do governo Dilma Rousseff. E eles estavam certos.

Bancão não toma posição. Como me ensinou uma grande amiga, banco é praticamente uma concessão pública. Não é de bom tom se indispor com o governo de plantão, seja ele qual for.

E onde nasce o abismo?

O crescente descompasso entre arrecadação e despesa tem boa parte de sua origem na Constituição de 1988. Por melhor que fossem as intenções do legislador de então, a Carta manteve intacta a lógica do Brasil Império: Arrecadar o máximo possível para pagar os “direitos adquiridos” da fidalguia pública e privada. Algo contado magistralmente por Jorge Caldeira no livro “A História da Riqueza no Brasil”.

Por isso que a palavra de ordem é Reforma. É o clamor por rever esses diretos adquiridos. No lado público, os direitos/privilégios se escancaram em regras previdenciárias e trabalhistas que ainda emanam das Ordenações do Reino, como integralidade, paridade e estabilidade na função. É como se o sujeito mudasse de casta depois de aprovado em alguns concursos (digo alguns, para não fazer injustiça com as carreiras mais básicas).

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No lado privado, essa lógica se apresenta na forma de isenções para certas empresas, regimes tributários diferenciados, crédito subsidiado e corrupção nas relações com o Estado (vide o Petrolão).

Na população, o senso de que há algo errado transparece nesse ódio à política, na raiva do Estado que pouco ou nada entrega, na perda de legitimidade do Executivo, Legislativo, Judiciário e Imprensa como vocalizadores da vontade do povo. Esse cansaço também aparece na bandeira de que todos os problemas se resumem à corrupção.

É dentro desse quadro que se desenrolam as eleições de 2018. Vai levar o pleito aquele que melhor souber manipular o ódio da população. Não existe proposta, visão de Estado ou qualquer outra coisa. Como sempre soube Jânio Quadros, o povo ama odiar.

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De um lado, Jair Bolsonaro soube encarnar bem esse ódio contra “tudo que está aí”. A ascensão do capitão reformado do Exército pegou de surpresa e causa horror a uma parcela da população que mantêm a cabeça em Manhattan ignorando que os pés seguem fincados no Terceiro Mundo.

Do lado do PT, primeiro com Lula, e depois com seu avatar, Fernando Haddad, a tentativa é de resgatar um passado glorioso e de conquistas se valendo do pouco conhecimento do brasileiro das relações de causa e efeito. Pouca gente sabe que as consequências vêm sempre depois. Pois foram eles mesmos que demoliram o já frágil equilíbrio entre o que o Estado tira e pode dar à população. Para outra parte desse mesmo eleitorado esse seria o momento da revanche, pois por mais erros que o partido tenha cometido "estamos no lado certo" da história, como disse José Dirceu.

Na reta final, os ataques do PT e outros candidatos tentam apelar para o “medo” da população, classificando Bolsonaro de fascista, nazista, ameaça à democracia e afins. É algo forte, mas que parece ter menos apelo emocional que o rótulo de “ladrão”, "corrupto" e que a imagem de um ex-presidente preso.

Não existe caminho do meio e chegam a ser tristes, se não risíveis, os apelos feitos por um “centrismo”. As duas candidaturas tidas como opostas florescem em função de outra característica comum ao brasileiro. Somos messiânicos por natureza. Não queremos nos salvar, mas sim que alguém nos salve. Por isso quase sempre temos uma disputa entre “salvadores”.

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Legitimidade x legalidade

Um dos pressupostos do regime democrático é aceitar o resultado da eleição. Ainda mais se o seu lado for o perdedor. O que se observa é uma menor vontade ou tolerância com resultados contrários, mesmo que provenientes de processos legais, como eleições.

Maiorias e minorias organizadas têm ampliado seu poder de barganha e sua capacidade de fazer “barulho” ou pautar debates, mesmo que em segmentos relativamente pequenos da sociedade. Essa capacidade de levar pautas das redes ou bolhas sociais para o mundo real é fenômeno crescente não só aqui e deve dificultar o trabalho do eleito em conquistar a legitimidade, que parte de um consenso social, para o exercício do cargo.

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