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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Bolsa e dólar hoje

Ibovespa recua 1,04% em dia de realização de lucros e cautela no exterior

Indefinições do novo governo quanto a pautas econômicas e eleições legislativas nos EUA levaram investidores a manter cautela e buscar segurança no dólar, que esbarrou em R$ 3,76

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
6 de novembro de 2018
11:04 - atualizado às 19:13
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Balanço decepcionante da Petrobras derrubou ações da estatal e contribuiu para a queda do Ibovespa - Imagem: Seu Dinheiro

O Ibovespa fechou em queda de 1,04%, aos 88.668 pontos nesta terça-feira (06), dia de realização de lucros e cautela no exterior com as eleições legislativas americanas. A busca por segurança lá fora fez o dólar à vista subir 0,92%, a R$ 3,7597.

O principal índice da bolsa brasileira começou o dia em baixa e passou a manhã com quedas maiores que 1%. Depois da abertura das bolsas de NY, que operaram em alta no início do pregão, o Ibovespa diminuiu as perdas, que voltaram a se aprofundar à tarde, com a piora dos índices de ações americanos.

Os juros futuros fecharam em alta. O DI para janeiro de 2021 subiu de 8,083% para 8,11%, e o DI para janeiro de 2023 subiu de 9,213% para 9,27%.

O dia foi de realização de lucros por aqui, depois de quatro pregões consecutivos de alta e de o Ibovespa ter fechado acima dos 89 mil pontos ontem, na sua máxima histórica.

Não houve, no cenário político interno, notícias que pudessem animar os mercados locais. Pelo contrário, as últimas notícias relacionadas ao novo governo não são animadoras.

Em entrevistas realizadas ontem, Bolsonaro mostrou que os ruídos na sua equipe continuam, defendeu reforma da Previdência mais branda e levantou dúvidas quanto ao modelo de capitalização, que consta no seu programa de governo.

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Além disso, parece pouco provável que a reforma da Previdência passe ainda em 2018, contrariando desejo do presidente eleito de aprovar pelo menos alguns pontos antes do início do seu mandato.

Outro fator que pesou nos mercados nesta terça foi a cautela no exterior, com a realização de eleições legislativas nos EUA hoje e reunião do Fed nesta quinta. Isso fez com que os investidores buscassem segurança no dólar, ocasionando a alta da moeda americana.

As previsões são de que os democratas dominem a Câmara, e os republicanos, o Senado.

Quanto à reunião do Fed, espera-se manutenção dos juros, mas o mercado está na expectativa de alguma sinalização do banco central americano quanto a um maior aperto monetário depois dos dados fortes de emprego divulgados na semana passada.

Uma alta mais rápida dos juros em razão de um superaquecimento da economia dos EUA reduz a atratividade dos ativos de risco, aumentando a atratividade dos títulos do Tesouro americano, o que tende a derrubar as bolsas.

Nessa onda de cautela, os estrangeiros têm retirado muitos recursos do Brasil e de outros países emergentes, mas precisaremos destes recursos de volta para a nossa bolsa ter fôlego para subir mais.

As bolsas americanas abriram em leve queda nesta terça, mas depois viraram para o campo positivo. Às 18h14, o Dow Jones subia 0,40%, o S&P500 avançava 0,29% e a Nasdaq tinha alta de 0,27%.

As bolsas europeias fecharam em queda, com os investidores em compasso de espera pelo resultado das eleições americanas e preocupados com problemas internos da União Europeia, como o Brexit e a crise fiscal na Itália.

Petrobras decepcionou

O balanço da Petrobras, divulgado mais cedo, também contribuiu para a queda do índice. Embora os números tenham sido fortes, vieram abaixo do esperado pelos mercados. As ações da estatal fecharam em baixa de 3,44% (PETR3) -terceira maior queda do Ibovespa - e 2,58% (PETR4).

O lucro líquido de R$ 6,644 bilhões e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 29,856 bilhões, reportados no terceiro trimestre, ficaram abaixo das expectativas de analistas ouvidos pelo "Broadcast" e pela "Bloomberg", embora representem números fortes na comparação anual.

Magazine Luiza agradou, mas nem tanto

O Magazine Luiza (MGLU3) tiveram a maior queda do Ibovespa nesta terça, recuando 8,36%. Apesar do forte desempenho trimestral, os números vieram dentro do esperado pelos analistas ouvidos pelo "Broadcast".

Como as ações da companhia já haviam subido nada menos que 105% em 2018, a falta de surpresas positivas levou os investidores a realizarem ganhos.

Frente às prévias da "Bloomberg", no entanto, os números, divulgados ontem, ficaram acima do esperado.

Os resultados, por exemplo, agradaram aos analistas Andres Estevez e Eduardo Nishio, do Brasil Plural, que destacaram, em relatório, o crescimento de 54,6% nas vendas do e-commerce, expansão que consideraram "impressionante".

"Muito superior aos competidores", comentaram, lembrando que o crescimento médio do comércio eletrônico brasileiro no período foi de 8%.

As ações da Kroton (KROT3) tiveram a segunda maior queda do Ibovespa, fechando em baixa de 5,54%. O Morgan Stanley cortou a recomendação da companhia de "overweight" para "equalweight" (desempenho em linha com a média do mercado), e baixou seu preço-alvo de R$ 19,90 para R$ 12,40.

Marfrig em destaque de alta com balanço

Apesar do prejuízo, as ações do Marfrig (MRFG3) reagiram bem à divulgação do balanço do terceiro trimestre, que mostrou melhora nas vendas no período. Os papéis fecharam com ganho de 1,22%, maior alta do Ibovespa nesta terça.

Em relatório, o BTG Pactual observa que o resultado veio forte, com Ebitda de R$ 1,05 bilhão, 5% acima do estimado pela casa.

Ata do Copom mantém tom neutro

Hoje mais cedo, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulgou a ata da sua última reunião, que não trouxe indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic.

Em sua última reunião, o Copom optou por manter a Selic em 6,5% ao ano. O que se depreende da leitura da ata é que a taxa fica neste patamar enquanto as expectativas de inflação permitirem.

O repórter especial Eduardo Campos destrincha a ata do Copom aqui.

*Com Estadão Conteúdo

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