Ibovespa bate novo recorde e fecha em alta de 1,33%, aos 89.598 pontos
Ações locais tiveram dia de correção pós-feriado, ajudadas também pelo bom desempenho das bolsas americanas
O Ibovespa bateu novos recordes nesta segunda-feira (05), terminando o pregão com alta de 1,33%, na máxima do dia, aos 89.598 pontos. A última máxima de fechamento, alcançada na quinta-feira (1º), havia sido de 88.419 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,74%, a R$ 3,7254.
O principal índice da bolsa brasileira já começou o dia em alta, ajustando-se aos preços externos de sexta-feira, quando os mercados locais ficaram fechados por conta do feriado de Finados. Naquele dia, boa parte dos ativos brasileiros negociados no exterior fechou em alta.
As ações domésticas ganharam mais fôlego após a abertura das bolsas em Nova York, que fecharam com sinais mistos. O Dow Jones avançou 0,76%, aos 25.461 pontos; o S&P500 subiu 0,56%, aos 2.738 pontos; e a Nasdaq fechou em queda de 0,38%, aos 7.328 pontos.
A Nasdaq repercutiu o balanço abaixo do esperado da Apple na semana passada, bem como a decisão da companhia de parar de divulgar as vendas unitárias de seus produtos, o que levou diversas instituições financeiras a cortarem o preço-alvo das ações.
Lá fora, o dia foi de cautela, com os investidores à espera das eleições legislativas nos EUA amanhã e da decisão do Fed sobre juros na quinta-feira.
Os democratas devem ficar com a maioria na Câmara, mas os republicanos devem manter maioria no Senado. Mas a disputa, dizem analistas, é apertada. Caso os democratas tenham maioria em ambas as casas, poderia haver mais investigações sobre o governo Trump, o que seria negativo para os mercados.
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Por outro lado, se os republicanos ficarem à frente das duas casas, as bolsas podem subir, na expectativa de mais cortes de impostos.
Quanto à reunião do Fed, a expectativa é de manutenção dos juros, mas de uma possível sinalização de aperto monetário maior em razão dos números fortes do Payroll, o relatório de emprego dos EUA, na última sexta.
As bolsas europeias fecharam sem sinal único nesta segunda. As ações de bancos tiveram valorização depois que o Banco Central Europeu (BCE) informou, na sexta-feira, que os bancos locais estão mais fortes para resistir a eventuais choques.
As ações do setor de energia também tiveram ganhos em razão da alta nos preços do petróleo durante os pregões europeus.
Ainda assim, os investidores se mantiveram cautelosos com a reunião de ministros das Finanças da zona do euro sobre os planos orçamentários da região. Além disso, havia a expectativa das eleições legislativas americanas amanhã e a reunião do Fed na quinta.
Por aqui, os juros futuros de curto prazo fecharam em queda, enquanto os de longo prazo fecharam estáveis, nesta segunda. O DI futuro com vencimento para janeiro de 2021 caiu de 8,13% para 8,08%. Já o DI para janeiro de 2023 fechou estável em 9,21%.
Devido ao horário de verão, que começou no Brasil e terminou nos EUA, os horários de funcionamento das bolsas foram alterados. No Brasil, a negociação no mercado à vista começa às 10h e segue ininterrupta até 17h55, horário de Brasília, sem after market. O call de fechamento ocorre de 17h55 às 18 horas. As bolsas americanas operam de 12h30 às 19h, horário de Brasília.
Sobe mais?
Embora o Ibovespa tenha chegado aos 90.180 pontos no mercado futuro, analistas ouvidos pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", não apostam na conquista desse patamar no mercado à vista de ações.
Para eles, o índice já estaria demasiadamente "esticado" quando comparado aos seus pares no mercado internacional. Além disso, as recentes altas foram sustentadas quase que exclusivamente por investidores domésticos, animados pela vitória de Bolsonaro.
Em outubro, o saldo líquido de investimentos estrangeiros na B3 indicou saída de R$ 6,2 bilhões. A alta do Ibovespa superior a 10% no mês se deveu à entrada de investimentos domésticos.
José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos, disse ao "Broadcast" que a tendência do Ibovespa é de alta no médio e no longo prazo, mas há riscos no curto prazo, uma vez que estamos na contramão dos demais mercados.
"Como o índice está nas máximas históricas, é possível que a aversão ao risco no cenário externo o obrigue a se acoplar às bolsas internacionais", disse.
Para ele, uma correção mais forte, que leve o Ibovespa para o patamar abaixo dos 85 mil pontos, pode ser também uma oportunidade para o investidor estrangeiro voltar ao mercado brasileiro.
"Por enquanto, ele está evitando uma realocação de recursos, devido à aversão ao risco internacional. Esse investidor também está no processo de entender quem é Jair Bolsonaro", afirmou.
Destaques de alta
A maior alta do dia foi das ações da Cosan (CSAN3), que fecharam com ganho de 11,45%. O motivo foi o cancelamento da reorganização societária pela qual a companhia incorporaria a Cosan Logística. Com a operação, a Cosan se tornaria acionista controladora direta da Rumo (RAIL3), que subiu 0,66%. Desde o dia 24 de outubro, quando divulgou a operação, a ação da Cosan havia caído 13,5%.
O cancelamento, ocorrido na quinta-feira (1º), se deveu aos questionamentos de acionistas com relação à extensão e à efetividade da reorganização proposta. Segundo a Cosan, a reorganização visava à simplificação societária do grupo e ao aumento da liquidez das ações das companhias envolvidas, por meio da combinação de suas bases acionárias.
Outro destaque de alta foi a Kroton (KROT3), que fechou com ganho de 6,60%. Segundo operadores ouvidos pelo "Broadcast", embora o governo Bolsonaro ainda não tenha detalhado seus planos para a educação, há indicativos de que seja benéfico para as empresas privadas do setor. Além disso, as ações dessas companhias estariam com preço bastante descontado. As ações da Estácio (ESTC3) fecharam em alta de 4,52%.
A Cemig (CMIG4) também figurou entre as maiores altas do Ibovespa, recuperando-se de quatro pregões seguidos de perdas. As ações da elétrica fecharam em alta de 4,64%. Na última quinta-feira (1º), a estatal mineira anunciou que concluiu a venda da Cemig Telecom pelo valor final de R$ 654,461 milhões.
Petrobras sobe na véspera do balanço
Os papéis da Petrobras fecharam em alta de 2,96% (PETR3) e 3,07% (PETR4), com os investidores na expectativa da divulgação de um balanço forte nesta terça e da aprovação da urgência na votação da cessão onerosa, esperada também para amanhã.
Na média de projeções de cinco casas consultadas pelo "Broadcast", a estatal deve reportar salto de 30,54% na receita na comparação anual, para R$ 93,757 bilhões. As estimativas apontam, ainda, para um lucro de R$ 10,590 bilhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 35,761 bilhões.
Também foi bem vista pelo mercado a decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) de colocar em consulta pública a utilização de reservas de petróleo e gás entre as possíveis garantias para empréstimos bancários em operações de cessões de direito ou compra de campos maduros.
As ações da Embraer (EMBR3), que foram beneficiadas pelo pedido de 15 jatos E175 fechado pela American Airlines, fecharam em alta de 2,44%. O pedido de US$ 705 milhões será incluído na carteira (backlog) do quarto trimestre de 2018. As entregas devem começar em 2020.
As ações da Gerdau (GGBR4) subiram 3,17% nesta segunda, depois do anúncio da conclusão da venda de quatro usinas produtoras de vergalhões e todas as unidades de corte e dobra de aço nos EUA para a Commercial Metals Company (CMC).
O preço foi o mesmo do anúncio em janeiro, US$ 600 milhões mais US$ 100 milhões de ajustes estimados no capital de giro.
Para analistas do BTG Pactual, a companhia está próxima de atingir um ponto em que seu balanço esteja "completamente curado". Segundo eles, a venda reduzirá substancialmente o risco financeiro da Gerdau, mesmo que aconteça um mau momento para o mercado de aço.
Destaque de queda
A Ultrapar (UGPA3) teve a maior queda do dia, fechando em baixa de 2,92%. A companhia divulga resultados do terceiro trimestre na próxima quarta, mas o mercado espera números fracos.
As margens menores para a Ipiranga e os resquícios da greve dos caminhoneiros, em maio, devem prejudicar o desempenho da empresa no terceiro trimestre de 2018, apontam analistas.
O impacto negativo, entretanto, deve ser contrabalançado por volumes maiores e pelo crescimento nos preços do diesel.
*Com Estadão Conteúdo
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