🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Bolsa e dólar hoje

Ibovespa bate novo recorde e fecha em alta de 1,33%, aos 89.598 pontos

Ações locais tiveram dia de correção pós-feriado, ajudadas também pelo bom desempenho das bolsas americanas

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
5 de novembro de 2018
11:11 - atualizado às 19:36
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Horário de verão modifica funcionamento das bolsas no Brasil e nos EUA a partir desta segunda - Imagem: Seu Dinheiro

O Ibovespa bateu novos recordes nesta segunda-feira (05), terminando o pregão com alta de 1,33%, na máxima do dia, aos 89.598 pontos. A última máxima de fechamento, alcançada na quinta-feira (1º), havia sido de 88.419 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,74%, a R$ 3,7254.

O principal índice da bolsa brasileira já começou o dia em alta, ajustando-se aos preços externos de sexta-feira, quando os mercados locais ficaram fechados por conta do feriado de Finados. Naquele dia, boa parte dos ativos brasileiros negociados no exterior fechou em alta.

As ações domésticas ganharam mais fôlego após a abertura das bolsas em Nova York, que fecharam com sinais mistos. O Dow Jones avançou 0,76%, aos 25.461 pontos; o S&P500 subiu 0,56%, aos 2.738 pontos; e a Nasdaq fechou em queda de 0,38%, aos 7.328 pontos.

A Nasdaq repercutiu o balanço abaixo do esperado da Apple na semana passada, bem como a decisão da companhia de parar de divulgar as vendas unitárias de seus produtos, o que levou diversas instituições financeiras a cortarem o preço-alvo das ações.

Lá fora, o dia foi de cautela, com os investidores à espera das eleições legislativas nos EUA amanhã e da decisão do Fed sobre juros na quinta-feira.

Os democratas devem ficar com a maioria na Câmara, mas os republicanos devem manter maioria no Senado. Mas a disputa, dizem analistas, é apertada. Caso os democratas tenham maioria em ambas as casas, poderia haver mais investigações sobre o governo Trump, o que seria negativo para os mercados.

Leia Também

Por outro lado, se os republicanos ficarem à frente das duas casas, as bolsas podem subir, na expectativa de mais cortes de impostos.

Quanto à reunião do Fed, a expectativa é de manutenção dos juros, mas de uma possível sinalização de aperto monetário maior em razão dos números fortes do Payroll, o relatório de emprego dos EUA, na última sexta.

As bolsas europeias fecharam sem sinal único nesta segunda. As ações de bancos tiveram valorização depois que o Banco Central Europeu (BCE) informou, na sexta-feira, que os bancos locais estão mais fortes para resistir a eventuais choques.

As ações do setor de energia também tiveram ganhos em razão da alta nos preços do petróleo durante os pregões europeus.

Ainda assim, os investidores se mantiveram cautelosos com a reunião de ministros das Finanças da zona do euro sobre os planos orçamentários da região. Além disso, havia a expectativa das eleições legislativas americanas amanhã e a reunião do Fed na quinta.

Por aqui, os juros futuros de curto prazo fecharam em queda, enquanto os de longo prazo fecharam estáveis, nesta segunda. O DI futuro com vencimento para janeiro de 2021 caiu de 8,13% para 8,08%. Já o DI para janeiro de 2023 fechou estável em 9,21%.

Devido ao horário de verão, que começou no Brasil e terminou nos EUA, os horários de funcionamento das bolsas foram alterados. No Brasil, a negociação no mercado à vista começa às 10h e segue ininterrupta até 17h55, horário de Brasília, sem after market. O call de fechamento ocorre de 17h55 às 18 horas. As bolsas americanas operam de 12h30 às 19h, horário de Brasília.

Sobe mais?

Embora o Ibovespa tenha chegado aos 90.180 pontos no mercado futuro, analistas ouvidos pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", não apostam na conquista desse patamar no mercado à vista de ações.

Para eles, o índice já estaria demasiadamente "esticado" quando comparado aos seus pares no mercado internacional. Além disso, as recentes altas foram sustentadas quase que exclusivamente por investidores domésticos, animados pela vitória de Bolsonaro.

Em outubro, o saldo líquido de investimentos estrangeiros na B3 indicou saída de R$ 6,2 bilhões. A alta do Ibovespa superior a 10% no mês se deveu à entrada de investimentos domésticos.

José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos, disse ao "Broadcast" que a tendência do Ibovespa é de alta no médio e no longo prazo, mas há riscos no curto prazo, uma vez que estamos na contramão dos demais mercados.

"Como o índice está nas máximas históricas, é possível que a aversão ao risco no cenário externo o obrigue a se acoplar às bolsas internacionais", disse.

Para ele, uma correção mais forte, que leve o Ibovespa para o patamar abaixo dos 85 mil pontos, pode ser também uma oportunidade para o investidor estrangeiro voltar ao mercado brasileiro.

"Por enquanto, ele está evitando uma realocação de recursos, devido à aversão ao risco internacional. Esse investidor também está no processo de entender quem é Jair Bolsonaro", afirmou.

Destaques de alta

A maior alta do dia foi das ações da Cosan (CSAN3), que fecharam com ganho de 11,45%. O motivo foi o cancelamento da reorganização societária pela qual a companhia incorporaria a Cosan Logística. Com a operação, a Cosan se tornaria acionista controladora direta da Rumo (RAIL3), que subiu 0,66%. Desde o dia 24 de outubro, quando divulgou a operação, a ação da Cosan havia caído 13,5%.

O cancelamento, ocorrido na quinta-feira (1º), se deveu aos questionamentos de acionistas com relação à extensão e à efetividade da reorganização proposta. Segundo a Cosan, a reorganização visava à simplificação societária do grupo e ao aumento da liquidez das ações das companhias envolvidas, por meio da combinação de suas bases acionárias.

Outro destaque de alta foi a Kroton (KROT3), que fechou com ganho de 6,60%. Segundo operadores ouvidos pelo "Broadcast", embora o governo Bolsonaro ainda não tenha detalhado seus planos para a educação, há indicativos de que seja benéfico para as empresas privadas do setor. Além disso, as ações dessas companhias estariam com preço bastante descontado. As ações da Estácio (ESTC3) fecharam em alta de 4,52%.

A Cemig (CMIG4) também figurou entre as maiores altas do Ibovespa, recuperando-se de quatro pregões seguidos de perdas. As ações da elétrica fecharam em alta de 4,64%. Na última quinta-feira (1º), a estatal mineira anunciou que concluiu a venda da Cemig Telecom pelo valor final de R$ 654,461 milhões.

Petrobras sobe na véspera do balanço

Os papéis da Petrobras fecharam em alta de 2,96% (PETR3) e 3,07% (PETR4), com os investidores na expectativa da divulgação de um balanço forte nesta terça e da aprovação da urgência na votação da cessão onerosa, esperada também para amanhã.

Na média de projeções de cinco casas consultadas pelo "Broadcast", a estatal deve reportar salto de 30,54% na receita na comparação anual, para R$ 93,757 bilhões. As estimativas apontam, ainda, para um lucro de R$ 10,590 bilhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 35,761 bilhões.

Também foi bem vista pelo mercado a decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) de colocar em consulta pública a utilização de reservas de petróleo e gás entre as possíveis garantias para empréstimos bancários em operações de cessões de direito ou compra de campos maduros.

As ações da Embraer (EMBR3), que foram beneficiadas pelo pedido de 15 jatos E175 fechado pela American Airlines, fecharam em alta de 2,44%. O pedido de US$ 705 milhões será incluído na carteira (backlog) do quarto trimestre de 2018. As entregas devem começar em 2020.

As ações da Gerdau (GGBR4) subiram 3,17% nesta segunda, depois do anúncio da conclusão da venda de quatro usinas produtoras de vergalhões e todas as unidades de corte e dobra de aço nos EUA para a Commercial Metals Company (CMC).

O preço foi o mesmo do anúncio em janeiro, US$ 600 milhões mais US$ 100 milhões de ajustes estimados no capital de giro.

Para analistas do BTG Pactual, a companhia está próxima de atingir um ponto em que seu balanço esteja "completamente curado". Segundo eles, a venda reduzirá substancialmente o risco financeiro da Gerdau, mesmo que aconteça um mau momento para o mercado de aço.

Destaque de queda

A Ultrapar (UGPA3) teve a maior queda do dia, fechando em baixa de 2,92%. A companhia divulga resultados do terceiro trimestre na próxima quarta, mas o mercado espera números fracos.

As margens menores para a Ipiranga e os resquícios da greve dos caminhoneiros, em maio, devem prejudicar o desempenho da empresa no terceiro trimestre de 2018, apontam analistas.

O impacto negativo, entretanto, deve ser contrabalançado por volumes maiores e pelo crescimento nos preços do diesel.

*Com Estadão Conteúdo

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
JUNTANDO OS TIJOLINHOS

Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa

30 de abril de 2025 - 13:57

Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3

TCHAU, QUERIDA?

Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora

30 de abril de 2025 - 12:48

Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava

TREINO ATIVO

Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas

30 de abril de 2025 - 11:08

Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente

28 de abril de 2025 - 20:00

Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.

VOO BAIXO

Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)

28 de abril de 2025 - 14:43

O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

Conteúdo Empiricus

Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são

25 de abril de 2025 - 14:58

Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus

AGORA TEM FONTE

Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações

25 de abril de 2025 - 14:00

A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

A TECH É BIG

Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre

24 de abril de 2025 - 17:59

A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)

COMPRAR OU VENDER

Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo

24 de abril de 2025 - 16:06

Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles

METAL AMARELO

Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?

24 de abril de 2025 - 14:51

Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano

LADEIRA ABAIXO

Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs

24 de abril de 2025 - 14:17

Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius

NÚMEROS DECEPCIONANTES

A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca

24 de abril de 2025 - 11:26

Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault

Conteúdo Empiricus

‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado

24 de abril de 2025 - 10:00

CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar

24 de abril de 2025 - 8:11

China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam

ILUMINADA

Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?

23 de abril de 2025 - 16:22

Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar