A campanha petista está de fato empenhada em trazer seu discurso e suas propostas para o chamado "centro político" na tentativa de reverter o quadro eleitoral desfavorável. Depois de desistir de um projeto de constituinte e pedir uma união democrática, o presidenciável Fernando Haddad mirou seu discurso na economia nesta terça-feira, 9.
Algumas propostas seguem na clássica linha dos governos anteriores, como a defesa da estimulação do consumo para retomar o crescimento econômico e as reformas bancária e tributária. Mas os principais acenos ao mercado e ao campo liberal vêm do lado fiscal. A proposta de Haddad é "ter responsabilidade fiscal", mas sem comprometer o investimento público - considerando a ideia de retomar obras paradas no País.
"A economia vai ser recuperada garantindo poder de compra dos trabalhadores, e não cortando direitos. Isso gera consumo e, por consequência, aumento da produção novas contratações", Fernando Haddad
Haddad reforçou sua intenção em promover uma reforma bancária, estimulando que empresários possam tomar empréstimos de bancos com a "diminuição drástica dos juros". Além disso, o petista também destacou que reduzir a carga tributária para "quem trabalha" e cobrar imposto "dos muito ricos" vão compensar quedas na arrecadação.
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Banqueiros barrados
Além de fazer críticas a Paulo Guedes, economista da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), Haddad também trouxe sinais sobre sua equipe econômica em um eventual governo. Nesse assunto, ele foi direto: banqueiros serão barrados para a Fazenda.
"Como posso nomear banqueiro se eu vou fazer a reforma bancária?", disse em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre (RS). Nesse mesmo pronunciamento, Haddad defendeu mudanças no regime próprios de Previdência de Estados endividados, como é o caso do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais.
*Com Estadão Conteúdo.