Não foi só Jair Bolsonaro que ficou bem falado entre os investidores profissionais de Bolsa a partir do resultado das urnas. Depois do candidato do PSL, o nome que mais ouvi foi o de Romeu Zema, do partido Novo.
Ainda será preciso esperar o segundo turno para saber se Zema se sentará na cadeira de governador de Minas Gerais, mas a expectativa é que a votação expressiva do empresário mineiro no primeiro turno já faça preço para as estatais de saneamento e energia, Copasa e Cemig.
Um dos motes de Zema, ao longo da campanha, foi a privatização. Um material de divulgação do candidato, por exemplo, divulgado no Twitter diz: "Zema vai privatizar a Copasa para diminuir a conta de água dos mineiros". Também em entrevistas, o candidato disse que Cemig está longe de oferecer bom serviço e que quer mais concorrência. A perspectiva é que, numa eventual gestão Zema, a Cemig seria uma empresa mais voltada para o mercado.
E no Paraná?
Já para as estatais do Paraná, a vida não ficou tão fácil. Pelo menos os sinais pré-urnas de Ratinho Jr. (sim, ele é filho do apresentador Ratinho, aquele do teste de paternidade), eleito para o governo, não foram tão positivos.
Ainda como deputado estadual, Ratinho Jr já jogou contra Copel na Bolsa em junho ao protocolar um requerimento para tentar barrar o aumento nas tarifas de energia elétrica.
Um investidor de Bolsa que preferiu não ser identificado ponderou, por outro lado, que o fato de Roberto Requião não ter conquistado a vaga para o Senado joga a favor das concessionárias paranaenses. É esperar para ver.