A grande novidade na eleição não foi o segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. A surpresa mesmo foram os resultados para o Senado e para governador. A avaliação é do o economista-chefe do UBS para o Brasil, Tony Volpon.
“Teve uma guinada de renovação à direita, mais conservadora e que coloca o Bolsonaro como franco favorito”, afirma.
Segundo Volpon, todos esses candidatos que surpreenderam ou são explicitamente ligados ou representam alguma ligação com a candidatura de Bolsonaro.
“Configura não só uma renovação, mas uma renovação mais conservadora e isso pacifica um pouco mais a dúvida sobre qual base Bolsonaro poderia ter no Congresso. Esse resultado configura uma base mais pró-Bolsonaro em Brasília”, diz o economista.
Assim, acredita Volpon, a reação do mercado, que já tem uma preferência expressada por Bolsonaro, ainda deve ser positiva. Os pontos em aberto são as alianças e se Ciro Gomes vai apoiar Haddad ou não.
Entre as candidaturas que surpreenderam estão a de Romeu Zema, do partido Novo, em Minas Gerais, e Wilson Witzel (PSC), no Rio de Janeiro.
Para Volpon, em diversos Estados que terão segundo turno, Bolsonaro surge como um cabo eleitoral importante. E alguns vitoriosos já são devedores políticos dele. Em São Paulo, por exemplo, será importante ver qual será a movimentação de João Dória e do PSDB.