Paris se prepara para suceder Reino Unido como ‘capital financeira’ pós-Brexit
Perdas decorrentes da migração devem chegar a € 82 bilhões (R$ 359 bilhões) ao mercado londrino
A cidade de Paris está se preparando para tomar os holofotes de Londres como o novo centro do mercado financeiro da Europa continental. Com a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) se aproximando, o polo econômico londrino começa a sentir os efeitos da separação.
Ao todo, mais de 5 mil postos de trabalho em bancos, seguradoras e fundos de investimento deverão ser fechados em Londres e transferidos para a capital francesa e Frankfurt, na Alemanha, já a partir de 29 de março, quando a separação será confirmada.
Para o governo britânico, as perdas decorrentes da migração devem chegar a € 82 bilhões (R$ 359 bilhões) só em impostos sobre serviços financeiros que deixarão de existir, segundo o "Broadcast", do Estadão.
Para poder negociar com o “passaporte financeiro” da União Europeia - a autorização para que empresas de finanças atuem no bloco -, bancos, seguradoras e fundos de investimento precisam estar situados em um país-membro, condição deixará de ter com o Brexit.
Termos do divórcio
A questão é crucial para a relevância do mercado londrino porque 20% da receita das instituições vem da venda de seus produtos financeiros no Espaço Econômico Europeu (EEE), que será abandonado por Londres com o divórcio. Desde que plebiscito ocorreu, em junho de 2016, autoridades britânicas lutam para não perder instituições financeiras e postos de trabalho. Paris e Frankfurt disputam o espólio.
Desde que atraiu a Autoridade Bancária Europeia (EBA), cuja sede se situava em Londres, a França teria sido escolhida pelo gestor de fundos BlackRock e pelo JP Morgan Chase, segundo o jornal britânico Financial Times, e estaria perto de confirmar a transferência de efetivos do Bank of America e do Citigroup para Paris. Nomura, Morgan Stanley, Goldman Sachs e Wells Fargo são outros exemplos de instituições que se preparam para uma transferência parcial para Paris.
Leia Também
Contatadas pelo Estado, instituições financeiras que estariam deixando Londres alegam que não podem se pronunciar em razão das negociações do Brexit ainda em curso, mas as transferências são dadas como certas ou bem encaminhadas no meio parisiense.
Mais de 70 empresas de gestão de ativos, grandes ou pequenas, já pediram autorização da EBA para atuar a partir de Paris. E dados divulgados na semana passada pelo secretário britânico do Tesouro, John Glen, confirmam os prognósticos mais sombrios previstos pelo Banco da Inglaterra - o banco central britânico. De acordo com a autoridade monetária, no primeiro dia após o desligamento do Reino Unido da União Europeia 5 mil empregos terão sido fechados pelas instituições na City. Reunidas, as maiores empresas financeiras em Londres somam 15 mil trabalhadores.
Capital das finanças
Nesse cenário, a disputa entre Paris e Frankfurt pela “herança” de Londres começa a se inclinar em favor da capital francesa, que tende também a se transformar na “capital das finanças” da Europa. Segundo o Financial Times, “Paris está a um passo de triunfar como o centro de trading da Europa pós-Brexit”.
Nos últimos meses, os sinais dessa transição se multiplicam. De acordo com o monitoramento criado pela consultoria em administração Sia Partners, Frankfurt estaria ficando para trás na escolha das direções de empresas de finanças. Até aqui, a consultoria agrega 2.482 postos de trabalho em curso de mudança para Paris e 1.946 para a cidade alemã. Dublin, na Irlanda, com 903 postos, é o terceiro destino preferido, à frente de Amsterdã, na Holanda, com 355 vagas transferidas.
“Os bancos e gerentes de fundos tentarão concentrar suas operações de corretagem em um único local da União Europeia”, entende Christian Noyer, ex-presidente do Banco Central da França e hoje um dos líderes da campanha em favor de Paris. “Isso não significa que Londres não será o maior centro financeiro. Mas Paris poderia se tornar o maior polo de corretagem da Europa Ocidental.”
Europlace, o lobby público-privado que trabalha em favor da divulgação da capital francesa, projeta que 3,5 mil postos de trabalho poderão ser transferidos de Londres para Paris, a maior parte para o distrito de negócios de La Défense, na periferia oeste parisiense. Uma parte do sucesso francês diz respeito ao repatriamento de postos de trabalho abertos nas últimas décadas por filiais de instituições do país em Londres, casos dos bancos BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole. HSBC também decidiu reforçar seus efetivos na capital francesa, que vai agregar outros 200 trabalhadores na sede da Autoridade Bancária Europeia.
“A chegada dessa instituição reforça ainda mais a posição de La Défense como verdadeira porta de entrada internacional. Nossa política em matéria de atratividade já vem dando frutos”, comemora Patrick Devedjian, presidente do departamento de Hauts-de-Seine, onde La Défense se localiza.
*Com Estadão Conteúdo
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura
A ‘porta dourada’ para quem quer morar na Europa: por que Portugal está louco para atrair (alguns) brasileiros
Em evento promovido pela Fundação Luso-Brasileira na cidade de São Paulo, especialistas falam sobre o “golden visa” e explicam por que este pode ser um “momento único” para investir no país
“O Agente Secreto” lidera bilheteria, mas não supera “Ainda Estou Aqui” no primeiro fim de semana nos cinemas
Filme supera estreias internacionais e segue trajetória semelhante à de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles
Destino apontado como uma das principais tendências de viagem para 2026 no Brasil é conhecido por seus queijos deliciosos
Destino em alta para 2026, a Serra da Canastra é um paraíso de ecoturismo com cachoeiras, fauna rica e o tradicional queijo canastra
‘FLOP30’? Ausência de líderes na COP30 vira piada nas redes sociais; criação de fundo é celebrada
28 líderes de países estiveram na Cúpula dos Chefes de Estado da COP30. O número é menos da metade do que foi registrado em 2024
A bolha da IA vai estourar? Nada disso. Especialista do Itaú explica por que a inteligência artificial segue como aposta promissora
Durante o evento nesta terça-feira (11), Martin Iglesias, líder em recomendação de investimentos do banco, avaliou que a nova era digital está sustentada por sólidos pilares
O clube que não era da esquina: o que fazer no bairro de BH eternizado pela música de Lô Borges, Milton Nascimento, Skank e Sepultura
Movimento de Lô Borges, Milton Nascimento e outros grandes nomes não nasceu na esquina de Santa Tereza, mas tem muitos locais de referência ao grupo
Pomba ou gavião? Copom diz que Selic em 15% ao ano por ‘período prolongado’ é suficiente para fazer inflação convergir à meta
Assim como no comunicado, a ata não deu nenhuma indicação de quando o ciclo de corte de juros deve começar, mas afirmou que o nível atual é suficiente para controle de preços
Bolão fatura Lotofácil e Dupla Sena salva a noite das loterias da Caixa com novo milionário em SP
Prêmio principal da Lotofácil 3535 será dividido entre 10 pessoas; ganhador da Dupla Sena 2884 apostou por meio dos canais eletrônicos da Caixa
O oráculo também erra: quando Warren Buffett deixou de ganhar dinheiro por causa das próprias estratégias
Mesmo após seis décadas de acertos, Warren Buffett também acumulou erros bilionários — da compra da Berkshire ao ceticismo sobre bitcoin e ao fiasco com a Kraft Heinz