Investidor se preocupa com sinais de reforma branda
Bolsonaro admitiu que “dificilmente se aprova qualquer coisa este ano”

Bom dia, investidor! E o mercado acorda nesta terça-feira 13 com as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro no dia anterior de que a possibilidade de aprovar parte da reforma da Previdência ainda este ano já estaria descartada. Internacionalmente, Nova York volta com mais força do meio feriado, quando as bolsas tiveram quedas em torno de 2%, refletindo o petróleo mais barato e a pressão das ações financeiras e de tecnologia.
No Rio, ontem, Bolsonaro admitiu que “dificilmente se aprova qualquer coisa este ano”. O mercado não punha muita fé na possibilidade de reforma antes de 2019.
Mas o investidor se ressente é de ainda não conhecer a proposta do novo governo para a Previdência. Mais do que isso, o mercado se preocupa com os sinais recorrentes do presidente eleito de que quer fazer uma reforma branda, que não será uma proposta de sua equipe econômica, mas a reforma de Bolsonaro.
Isso ficou claro, ontem, quando o presidente eleito disse que “essa reforma (do Temer) não é a que eu quero, nem a que Onyx Lorenzoni quer”, referindo-se ao deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil. Em nenhum momento Bolsonaro falou na reforma que Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia quer. “Não vamos olhar apenas números. Tem que olhar o social também, você tem que ter o coração nessa reforma e não olhar os números de forma fria”. Assim, desconfia‐se que os superpoderes do Posto Ipiranga (apelido de Guedes) na economia podem não ser tão superpoderosos.
Paulo Guedes já poderia antecipar algumas propostas na sua área, de modo a administrar melhor as expectavas. Mas, carimbado como o economista que não tem traquejo políco, permanece calado.
Para anunciar Joaquim Levy no BNDES, o futuro ministro foi ao Rio, onde obteve o endosso de Bolsonaro, que fez questão de dizer mais tarde que essa era uma escolha “bancada por Paulo Guedes”.
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Bolsonaro chega hoje cedo à base área de Brasília e vai direto para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde fica a equipe de transição. À tarde, vai ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para encontro com a ministra Rosa Weber (13 h), ao Tribunal Superior do Trabalho (14h30) e também ao Superior Tribunal Militar (16 h).
Mãos de tesoura
Mas o mercado gostou da escolha de Joaquim Levy, garantia de austeridade e corte de gastos. Bolsonaro foi enfático: “A caixa‐preta (do BNDES) vai ser aberta na primeira semana! Se não abrir a caixa‐preta, ele está fora, pô”, disse o presidente em declaração à coluna Antagonista.
Levy recebe a missão de trazer mais dólares para o Brasil, mais recursos do BID e do Banco Mundial, onde ele é atualmente funcionário, o que facilita o diálogo com essas instituições.
Sobre os cargos na Petrobras, Bolsonaro disse que não há nada definido, só especulações, e que Paulo Guedes pode definir mais algum nome hoje.
A expectava no mercado é pela manutenção de Ivan Monteiro.
O mercado ainda torce pela permanência de Ilan Goldfajn no Banco Central, pela confirmação de Mansueto Almeida na Secretaria da Fazenda e de Ana Paula Vescovi na Caixa Econômica Federal.
Maitê Proença
Na composição de sua equipe, Bolsonaro disse que o deputado Luiz Henrique Mandea (DEM) é cotado para assumir a pasta da Saúde. Havia a expectava pela nomeação de Henrique Prata.. .Já a atriz Maitê Proença foi sondada para o Meio Ambiente. Ela foi casada com o empresário Paulo Marinho. Foi na casa dele que o presidente eleito montou o quartel‐general durante a sua campanha eleitoral.
Na manchete do Estadão de hoje - “Bolsonaro faz pente‐fino e vai cortar cargos em banco estatal” - a equipe do presidente eleito diz que pretende limpar o “aparelhamento” das gestões do MDB e do PT no Banco do Brasil, na Caixa Econômica, no BNDES, no Banco do Nordeste e no Banco da Amazônia.
Ainda ontem, no que foi considerado um ato falho, Onyx se referiu ao ex‐presidente do PSL Gustavo Bebbiano como “futuro ministro” da Secretaria‐Geral da Presidência. Questionado se o anúncio era oficial, disse tratar‐se de “desejo pessoal”.
Senado
Está marcada para as 14 h a sessão do Senado que tem na pauta o projeto da cessão onerosa - uma área na bacia de Santos que foi cedida pelo governo à Petrobras em 2010, em troca indireta de ações da estatal pelo direito de explorar até cinco bilhões de barris de petróleo.
É improvável, porém, que o texto seja votado hoje, nesta semana de quórum esvaziado pelo feriado de depois de amanha. A votação talvez fique para o dia 20. Seja como for, não dá mais tempo de realizar o megaleilão este ano, já que a regra do Tribunal de Contas da União exige que governo envie informações da disputa antes da publicação do edital, adiando licitação para o fim de 2019 ou 2020.
Senadores, segundo o Estadão, incluíram na pauta de hoje a votação de projeto que altera a inelegibilidade e reduz a pena de políticos condenados pela Lei da Ficha Limpa antes de 2010.
Agenda
A dificuldade da retomada econômica deve ser confirmada hoje pela divulgação de dados de vendas no varejo (9 h). A maioria das apostas aponta para retração tanto pelo conceito ampliado (inclui veículos e material de construção), com mediana negativa em 0,50% em setembro, como para o comércio restrito (‐0,15%).
Em Brasília, entre as propostas em tramitação no Congresso para ajudar no reequilíbrio das contas públicas, a MP que adia o reajuste dos servidores em um ano, de 2019 para 2020, será analisada hoje por comissão especial.
Balanços
Antes da abertura dos negócios, saem Bradespar e Itaúsa. Após o fechamento, JBS e BR Malls divulgam seus resultados trimestrais. Promovem teleconferências: CPFL Energia (11h), Eletrobras e Light (14h30).
Lá fora
Com o petróleo em rota histórica de queda, o mercado confere hoje os relatórios mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e Agência Internacional de Energia (AIE). Na Europa, vence o prazo para a Itália entregar à União Europeia um novo plano orçamentário para 2019. .
Entre os indicadores, sai nos EUA o resultado fiscal de outubro (17h), com previsão de deficit de US$ 27,8 bilhões. Na Alemanha, saem o CPI de outubro e o índice ZEW de expectava econômica para novembro.
Quatro FED boys falam: Lael Brainard (13 h), Neel Kashkari (13 h), Patrick Harker (17h20) e Mary Daly (20 h), que disse ontem à noite que a taxa de desemprego abaixo de 4% sugere que os EUA atingiram o pleno emprego.
Bolsa
Foi importante a prova de resistência exibida ontem pela Bolsa de São Paulo, ao defender os 85 mil pontos (85.524) e cair muito pouco (‐0,14%), resistindo à pressão de baixa em Nova York. É o segundo pregão em que se descola. O Ibovespa ainda não parece ter força para subir, mas só de já ter parado de cair é um alívio.
Os prognósticos positivos para a cessão onerosa também ajudam a compor um pano de fundo bom, mas ontem foram insuficientes para trazer ânimo às ações da Petrobras, que acompanharam a queda do petróleo. O papel PN perdeu 0,51%, a R$ 25,33, e a ON (‐0,50%), a R$ 27,99. Vale se garantiu em alta moderada de 0,37%, a R$ 54,85. O setor siderúrgico recuou em bloco, reagindo às noticias de que o governo Bolsonaro estuda cortar tarifas importação sobre produtos siderúrgicos: Gerdau PN, ‐4,22%, CSN ON, ‐2,51%, e Usiminas PNA, ‐3,19%.
Com parte do mercado fechado para o feriado em NY, o Ibovespa teve ontem um dia de poucos negócios. O volume se limitou a R$ 10,3 bilhões, muito abaixo da média do mês passado, de R$ 16,2 bilhões.
Câmbio
O dólar vem em uma “escadinha”. A moeda americana já está quase em R$ 3,76 e comenta‐se que pode voltar a R$ 3,80, à espera de novidades no campo das reformas.
No fechamento, o dólar à vista subiu 0,57%, a R$ 3,7598. A alta foi influenciada pelo exterior, que assiste a uma escalada global da moeda americana, puxada pela perspecva de continuidade das altas do juro nos EUA.
Nova York
A agenda forte em NY esta semana, com dados de inflação e atividade e fala Jay Powell, presidente do Federal Reserve, FED, pode contribuir para consolidar expectavas para o ciclo de aperto monetário em 2019, reforçando o tom de cautela no câmbio.
Sob a pressão do FED e das indefinições políticas aqui, o dólar pode encostar em R$ 3,80, segundo os cálculos da Connuum Economics, consultoria de Nouriel Roubini.
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
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