Sob pressão financeira, Oi procura bancos para encontrar saída
Operadora precisa levantar R$ 2,5 bilhões, mas ainda não tem ideia de como fará essa captação de recursos
Executivos da Oi estão em conversas intensas com bancos para discutir como poderá levantar até R$ 2,5 bilhões no mercado.
Fontes afirmaram que a operadora ainda não tem ideia de como fará essa captação de recursos, necessária para dar fôlego à tele para manter suas operações nos próximos meses.
Tudo está em discussão: desde um aumento de capital para nova emissão de novas ações da companhia ou dar dívidas com garantias estruturadas. A demora em definir como será processo é o que pode colocar em risco a já fragilizada saúde financeira da tele. A empresa entrou em recuperação judicial, em junho de 2016, com dívidas declaradas de R$ 65 bilhões.
Sob pressão, o conselho de administração da operadora deverá bater o martelo nos próximos dias, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
Em teleconferência a analistas na quinta-feira, o diretor financeiro da operadora, Carlos Brandão, afirmou que a empresa estuda todas alternativas, como emitir debêntures (títulos da dívida) e aumento de capital de até R$ 2,5 bilhões de seus acionistas. A operadora é controlada hoje por fundos internacionais.
Venda de ativos
Em outra frente, a Oi se movimenta para levantar dinheiro com a venda de negócios não estratégicos. O plano, exposto aos investidores em julho, tem como objetivo arrecadar de R$ 6,5 bilhões a R$ 7,5 bilhões. Mas não é uma transação simples. Neste ano, seriam passados à frente torres de telecomunicações e ações da Oi na empresa angolana Unitel, controlada pela empresária Isabel dos Santos, filha do ex-presidente do país africano, e pela petroleira estatal Sonangol. Em 2020 e 2021, seriam vendidos data center e imóveis, de acordo com a Oi.
Leia Também
Não é a primeira vez que a companhia tenta se desfazer desses negócios. A fatia de 25% da Oi na Unitel é avaliada em US$ 850 milhões, mas os controladores, que têm preferência na compra, estão tentando abaixar o valor, segundo fontes.
Fusão
Uma fusão com a TIM no Brasil, por ora, está descartada. A dona da TIM Brasil também está com pesadas dívidas e a união das operações das duas teles não é prioridade no momento, segundo uma fonte próxima à Telecom Itália. A solução, segundo essa mesma fonte, passaria pela entrada de um investidor financeiro para que depois possa consolidar uma eventual combinação de Oi e TIM. Esse movimento teria de ser feito após a empresa sair da recuperação judicial.
A venda rápida de imóveis encontra também não deverá ser rápida. Esses ativos estão em nome do governo federal.
Novo marco das teles: uma luz no fim do túnel?
O entendimento do governo é que a aprovação do novo marco legal das comunicações poderia ajudar a situação da operadora Oi. A nova Lei Geral de Telecomunicações está parada no Senado desde o início de 2019, e a ordem é "destravar" o assunto.
Preocupadas com o tema, equipes do governo intensificaram a mobilização para a aprovação do projeto e querem que o assunto seja liquidado nos próximos 30 dias. Como a proposta desde fevereiro aguarda um parecer da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), na Comissão de Ciência e Tecnologia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu novos apelos de levar o texto diretamente a plenário.
De acordo com o projeto, que se arrasta no Congresso desde 2016, as empresas de telefonia fixa poderiam migrar do regime de concessões para o de autorizações, em que há preços livres. A Oi seria a tele mais beneficiada com a mudança de regra porque ela depende do serviço fixo do que as concorrentes Vivo, Claro e TIM.
Os preços já são livres nos serviços de telefonia celular, TV por assinatura e internet. Com a nova lei, as companhias poderão também ficar com os bens reversíveis das concessões, aqueles ligados à prestação do serviço e que deveriam ser devolvidos ao poder público ao término do período de concessão. Como contrapartida, devem assumir compromissos de investimentos.
"Uma das coisas que atrapalham a Oi é a não definição dos bens reversíveis e da migração de concessão para autorização. A aprovação do projeto permitiria que a Oi pudesse construir sua estratégia e tomar a decisão de como construir o seu futuro. Agora, ela não consegue fazer isso", disse o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Julio Semeghini, ao Estadão/Broadcast.
Apesar das preocupações demonstradas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o secretário frisou que a situação da Oi tem solução. "Acho que o apagão (na Oi) está longe de acontecer. O projeto afasta esse risco grande que a Oi está para poder viver", declarou Semeghini. "Estamos atentos a qualquer problema que pode acontecer com a Oi. Temos acompanhado com a Anatel o que está se passando para que isso não possa prejudicar os serviços no Brasil."
*Com o jornal O Estado de S. Paulo.
Com vitória da Ambipar (AMBP3) na Justiça, ações disparam; como fica o investidor?
O investidor pessoa física pode ser tanto detentor de ações da companhia na bolsa quanto de debêntures da empresa. Veja quando e se ele pode recuperar o dinheiro investido
B3 (B3SA3) recebe mais um auto de infração da Receita Federal referente a amortização de ágio na incorporação da Bovespa Holding
Dona da bolsa já obteve decisões favoráveis do CARF cancelando autos de infração anteriores que questionavam a amortização do ágio em outros anos
BTG Pactual lança o BTG Pay e abre lista de espera para maquininha própria, marcando estreia no segmento de adquirência
De olho nos clientes pessoa jurídica, BTG lança maquininha de cartão e solução de pagamentos integradas ao app BTG Empresas
MBRF (MBRF3) lança Sadia Halal, maior empresa de frango halal do mundo, e mira IPO em 2027; ações disparam
A dona da Sadia e Perdigão e a subsidiária do fundo soberano da Arábia Saudita, anunciam a expansão de sua joint venture para conquistar mercado de alimentação voltada para muçulmanos
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço e Bradesco (BBDC4) no passo a passo da recuperação: o que esperar dos balanços dos bancos no 3T25
O Santander será o primeiro dos grandes bancos a divulgar o balanço, seguido pelo Bradesco e outros gigantes do setor financeiro brasileiro; veja as previsões do mercado
ANP libera funcionamento de refinaria alvo da Operação Carbono Oculto; ICL manifesta preocupação com o setor
Segundo as investigações, o núcleo principal das atividades criminosas teria se associado ao Grupo Refit
‘COP paralela’ pode ser o reforço que a COP30 precisa para aquecer o debate entre empresas que não vão à Belém
Altos custos, falta de estrutura e desistências não apagam o potencial da conferência para redefinir o papel do país no financiamento climático e na transição ecológica
Ultrapar (UGPA3) abocanha 37,5% de participação na VirtuGNL por R$ 102,5 milhões; entenda o que está em jogo com a aquisição
A VirtuGNL vem se consolidando como referência de soluções de baixo carbono no setor de transporte rodoviário, com foco na substituição do diesel, segundo a Ultrapar
Em recuperação judicial, Americanas (AMER3) busca rotas para o crescimento e lança programa de pontos
O programa “Cliente A” será lançado em três fases e contará com sistema de pontos integrado ao cartão de crédito da marca
Mais uma vitória para a Ambipar (AMBP3): Justiça do Rio de Janeiro prorroga blindagem contra credores
A prorrogação da medida cautelar suspende pagamentos da companhia até que haja uma decisão sobre o pedido de recuperação judicial da Ambipar
Raízen (RAIZ4) amarga downgrade: Fitch corta nota de crédito, e Safra reduz preço-alvo pela metade
A Fitch pretende revisar os ratings da companhia em até seis meses. Já o Safra ainda recomenda a compra das ações
Produção de petróleo da Petrobras (PETR4) sobe 18,4% no 3T25 e China é o destino de mais da metade das exportações
Considerando só o petróleo, a produção média da estatal avançou 18,4% na comparação ano a ano, para 2,520 milhões de barris por dia (bpd)
Crédito de R$ 1,2 bilhão e até carro de som nas ruas: a estratégia da Casas Bahia (BHIA3) para a Black Friday
Com central de dados operando 24 horas e R$ 1,2 bilhão em crédito liberado, Casas Bahia aposta em tecnologia para turbinar vendas na maior Black Friday de sua história
Privatização da Copasa (CSMG3) avança, e BTG vê potencial de alta de até 48% nas ações se empresa repetir o modelo da Sabesp
Com a PEC que dispensa referendo aprovada em 1º turno, a privatização da Copasa (CSMG3) ficou mais próxima — e o BTG Pactual elevou a recomendação do papel para compra, projetando forte potencial de valorização
Azul (AZUL4) publica plano de negócios atualizado como parte do Chapter 11 e se diz confiante nas negociações com fornecedores
A aérea passou a projetar uma alavancagem ainda menor após sair da recuperação judicial, desta vez em 2,5 vezes
Elon Musk ameaça deixar a Tesla se não receber pacote de US$ 1 trilhão — mas o CEO mais polêmico do mundo jura que não é pelo dinheiro
Ultimato de Musk acontece poucos dias antes da assembleia de acionistas da fabricante de carros elétricos, que decidirá se aprova ou não seu novo plano de pagamento
Cosan (CSAN3) aprova aumento de capital e lança oferta de R$ 10 bilhões em ações para entrada de BTG e Perfin
BTG, Perfin e a holding da família Ometto são os investidores-âncora, e já garantiram a compra do lote inicial em acordo de investimentos
Copasa (CSMG3) mais perto da privatização: PEC que dispensa referendo popular é aprovada em 1º turno por deputados mineiros
Se aprovada também em segundo turno, medida dará sinal verde para desestatização da companhia de saneamento do estado de Minas Gerais
Mais um adeus à B3: companhia com quase 200 anos se despede da bolsa de valores
Com 187 anos de história, a tradicional Wilson Sons encerra seu ciclo na bolsa após a MSC adquirir o controle total da companhia em leilão que movimentou R$ 2,4 bilhões
Dois dias depois do ChatGPT Atlas, Microsoft relança navegador de IA quase idêntico ao da OpenAI
Microsoft enfrenta a OpenAI em uma disputa direta pelo navegador do futuro com o novo Edge equipado com o Copilot de inteligência artificial