Previdência: Dá para comemorar, mesmo que ainda seja cedo para cantar vitória
Votação em segundo turno da reforma da Previdência deve mesmo ficar para agosto, mas caminho até aqui surpreende de forma positiva
O plenário da Câmara dos Deputados ainda vota os destaques ao texto-base da reforma da Previdência. Mas dando um passo atrás e avaliando o que aconteceu ao longo da semana é uma vitória sem precedentes a aprovação de um tema impopular e pouco compreendido com 379 votos ou 75% do total de deputados.
Ainda mais surpreendente, ao menos por ora, é a manutenção de um impacto fiscal na casa dos R$ 900 bilhões ao longo de dez anos. No mercado, o contentamento estava com algo entre R$ 600 a R$ 700 bilhões.
Mas mais importante que votos e economia é o aceno que o Parlamento dá como “casa do povo”, representação mesmo que imperfeita do país. Parece que finalmente estamos saindo da situação de insanidade, de fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes, como bem descreveu o ministro Paulo Guedes, em uma de suas audiências no Congresso.
Pode-se não gostar dos políticos e da política, mas foi justamente a construção de consensos possíveis entre interesses difusos e a burrice inerente de parte do Parlamento que nos trouxe até aqui.
Não é possível cantar vitória, pois a política é ardilosa e ainda temos algumas etapas pela frente. E o tempo nem sempre é amigo da política. Esse é o caso do possível intervalo entre o primeiro e segundo turno de votação na Câmara.
O texto também passará pelo Senado, onde o ambiente é um pouco mais controlado, mas há pressão por modificações também por lá.
Ainda assim, é possível avaliar que das próximas vezes que o tema Previdência voltar a ser discutido (e isso vai acontecer) os debates sejam mais arrazoados e avancemos ainda mais no tema, acabando com regimes próprios e aposentadorias especiais, bem como encaminhando um regime de capitalização.
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