EUA sinalizam que podem negociar com a China antes que novas tarifas entrem em vigor
Diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que “um monte de coisas boas” pode acontecer no período de um mês
O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou nesta sexta-feira que "um monte de coisas boas" pode acontecer no período de um mês até que as tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas anunciadas pelo presidente Donald Trump entrem em vigor, em 1º de setembro.
"Esperamos nos encontrar com os chineses em setembro e daí podem sair coisas boas", disse Kudlow nos jardins da Casa Branca, em entrevista à Bloomberg TV. "Não posso dizer se isto evitaria as novas tarifas, mas a China comprar mais produtos agrícolas americanos certamente seria um ponto positivo"
Pouco antes, ele já havia apontado que uma das principais insatisfações que levou Trump a se decidir pelo anúncio de novas tarifas era com a falta de progresso nas tratativas com Pequim sobre agricultura - o setor de tecnologia também foi mencionado como um ponto determinante. Kudlow foi claro que "a questão das tarifas" depende "do progresso ou da falta de progresso" nos diálogos comerciais.
O conselheiro insistiu, assim como vêm fazendo diversos membros da equipe econômica de Trump e o próprio presidente, que qualquer impacto das tarifas a importações da China sobre o consumidor americano é "minúsculo", alegando que Pequim está "pagando o preço" por meio, por exemplo, da queda das exportações.
A economia da China, opinou Kudlow, "está bastante fraca". Ele emendou, contudo, não querer que ela esteja mal.
Quando o assunto foi a atividade doméstica, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca previu um segundo semestre "realmente forte" e uma recuperação do ritmo de expansão da indústria americana nos próximos dados.
Questionado sobre as fortes perdas sofridas nos mercados de ações desde o anúncio de novas tarifas por Trump, Kudlow argumento que "um dia ruim ou outro não forma uma tendência" e que as bolsas estão tendo "um grande ano, prevendo uma economia forte" em 2019.
Por fim, ele reforçou estar "perfeitamente feliz" com a força do dólar sobre outras moedas, dizendo que o "problema" está em outros países que "manipulam sua moeda" visando a alguma vantagem no comércio.
*Com Estadão Conteúdo.
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