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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Bolsa e dólar hoje

Ibovespa fecha em queda e dólar em alta após piora no cenário externo

Depois de manhã em alta, com otimismo pela pesquisa Datafolha, bolsa passou a operar em baixa em linha com as bolsas internacionais; na semana, porém saldo do Ibovespa é positivo e dólar caiu mais de 2%

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
11 de outubro de 2018
11:00 - atualizado às 18:37
Mercados locais ficam sujeitos a cenário exterior na falta de fatos estimulantes na cena eleitoral - Imagem: Seu Dinheiro

O dia foi de gangorra para os mercados locais nesta quinta-feira (11). A bolsa abriu em alta, alternou altas e baixas ao longo do dia e fechou com queda de 0,91%, aos 82.921 pontos. Já o dólar à vista abriu em queda, também oscilou durante o pregão, e fechou com valorização de 0,35%, a R$ 3,7763, na contramão do exterior.

Segundo operadores de câmbio ouvidos pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", a alta do dólar deveu-se à cautela de véspera de feriado (uma vez que os mercados locais não funcionam amanhã) e também a uma grande saída de recursos pela via financeira.

A semana foi de fortes emoções nos mercados locais, mas o saldo foi positivo para o Ibovespa, que acumulou valorização de 0,73%. Já o dólar fechou a primeira semana depois das eleições com queda acumulada de 2,07%.

Manhã de calmaria

O otimismo da parte da manhã deveu-se à ampla vantagem de Bolsonaro no Datafolha de ontem. A pesquisa mostrou que o candidato do PSL tem 58% das intenções de voto no segundo turno, 16 pontos percentuais a mais que Fernando Haddad, que tem 42%.

Mesmo tendo desanimado com as declarações pouco liberais do seu candidato favorito nas últimas entrevistas - um dos fatores que fez a bolsa desabar ontem - os investidores seguem preferindo o capitão reformado a um retorno do PT ao poder.

Nos EUA, o CPI (índice de inflação ao consumidor) abaixo do esperado dava certo alívio aos mercados, depois de uma quarta-feira de fortes perdas nas bolsas de Nova York. Uma inflação não tão alta sinaliza que a economia americana pode não estar aquecida a ponto de o Fed subir os juros mais rapidamente que o previsto.

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A perspectiva de um aperto monetário maior vinha elevando os juros dos títulos públicos americanos e desvalorizando as ações, uma vez que os investimentos tendem a migrar dos ativos de mais risco para os mais seguros.

Tempo virou na hora do almoço

Analistas, contudo, pontuaram que o CPI não indica tendência nem deve alterar previsões para os próximos passos do Fed. E, por volta do meio-dia, o tempo fechou.

As bolsas de Nova York ampliaram as perdas, afetadas pelas quedas das ações do setor de energia, que acompanharam as baixas nos preços do petróleo. Estes refletiam a reação dos investidores ao aumento acima do esperado dos estoques de petróleo e gasolina nos EUA, conforme dados do Departamento de Energia americano (DoE).

Também repercutiram sobre os preços da commodity as informações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua produção em setembro e de que o avanço na oferta da Rússia compensou o recuo da oferta do Irã.

Além disso, tudo indica que Wall Street prosseguiu com o movimento já visto ontem de venda de ações e migração para a segurança dos títulos do Tesouro americano.

Não houve, nesta quinta, um fato claro que tenha motivado esse comportamento dos investidores, mas parece que eles continuam temerosos em relação à política monetária dos EUA e aos conflitos comerciais do país com a China.

Não se sabe, afinal, se o Fed vai ou não aumentar os juros em ritmo mais rápido que o já previsto - o que afeta negativamente os ativos de risco, favorecendo a renda fixa -, nem quais serão os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Para piorar, o presidente Donald Trump anda atacando o seu banco central, insatisfeito com a elevação gradual dos juros adotada pela instituição. As críticas renderam algumas pérolas do presidente, que disse que o Fed "enlouqueceu", "está fora de controle", que "está ficando um pouco fofo demais" e que "é ridículo o que eles estão fazendo".

As bolsas americanas fecharam novamente em forte queda, ampliando as perdas de ontem. O Dow Jones caiu 2,13%, aos 25.052 pontos; o S&P500 recuou 2,06%, aos 2.728 pontos; e a Nasdaq fechou em baixa de 1,25% aos 7.329 pontos, mesmo após ter ensaiado uma recuperação à tarde.

No fim do dia, entretanto, um fato evitou que as quedas nas bolsas americanas fossem ainda maiores: Trump e Xi Jinping, o dirigente chinês, irão fazer um encontro bilateral durante a cúpula do G-20 em novembro, o que pode dar um alívio aos conflitos entre as duas nações.

As bolsas europeias também fecharam em queda hoje, influenciadas pelo mau desempenho das bolsas americanas e pela queda nos preços do petróleo, que atingiram as ações das empresas de energia.

Os acontecimentos que vêm punindo os ativos de risco europeus nos últimos dias continuaram no radar: tensão comercial entre EUA e China, negociações difíceis para a saída do Reino Unido da União Europeia e a questão fiscal na Itália, que previu déficit orçamentário maior que o esperado inicialmente para o ano que vem.

E eu com isso?

Esse movimento vendedor contaminou o mercado de ações brasileiro. O Ibovespa passou, então, a alternar altas e baixas até cravar o movimento de queda lá para o meio da tarde. O dólar também oscilou até firmar-se no movimento de alta.

As ações de estatais, muito afetadas pela corrida eleitoral, viram novamente um dia de sobe e desce, ampliando as perdas de ontem. Na parte da manhã, os papéis se recuperavam, mas depois passaram a cair.

A Eletrobrás fechou em queda de 4,78% (ELET3) e 2,28% (ELET6), e a Petrobras recuou 1,85% (PETR3) e 2,92% (PETR4), também afetada pela queda nos preços do petróleo no mercado internacional. Banco do Brasil (BBAS3), que passou boa parte do dia em alta, fechou com queda de 0,40%.

Um analista ouvido pelo "Broadcast" avaliou que as ações da Eletrobrás recuaram ainda pressionadas pelas declarações negativas de Bolsonaro. Outro acredita que o momento ainda inspira cautela, por conta da aparente desarticulação entre os possíveis integrantes da equipe econômica de um eventual governo do presidenciável.

"A bolsa já subiu bem desde a semana passada e acho que esse cenário está precificado. Agora o mercado aguarda novas informações sobre como será o próximo governo", disse ao "Broadcast" Glauco Legat, analista-chefe da corretora Spinelli.

Este cenário deixa os mercados locais sem direção única e bastante sujeitos ao que acontece lá fora.

Os juros futuros por aqui tiveram desempenho misto. O DI com vencimento para janeiro de 2021 caiu de 8,764% para 8,73%, refletindo otimismo com o quadro eleitoral. Já o DI com vencimento para janeiro de 2023 subiu de 10,064% para 10,13%, refletindo o aumento da aversão a risco no exterior.

Varejistas entre as maiores altas do dia

A expansão acima do esperado nas vendas do varejo anunciada pelo IBGE mais cedo impulsionou as ações de varejistas durante boa parte do dia. O papel mais beneficiado foi o do Magazine Luiza (MGLU3), que fechou com a maior alta do índice, de 4,91%

Em agosto, as vendas do comércio varejista subiram 1,3% ante julho, na série com ajuste sazonal, acima da mediana das estimativas de 0,10% e dentro do intervalo das previsões dos analistas ouvidos pelo "Broadcast", (de 0,70% a 1,60%).

Já o varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 4,2% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal.

As ações da estatal mineira Cemig (CMIG4) também figuraram entre as maiores altas do dia, com a perspectiva de antecipação da venda de ativos da companhia, dado que a disputa pelo governo do estado se dá entre dois candidatos a favor das privatizações. A valorização dos papéis da companhia foi de 2,73% nesta quinta.

RaiaDrogasil desaba

As ações da RaiaDrogasil (RADL3) tiveram a maior queda do dia depois que a companhia frustrou a expectativa do mercado com projeções mais negativas para o seu segmento, embora tenha reiterado o plano de abrir 240 lojas no próximo ano. A desvalorização dos papéis foi de 5,98%.

Durante encontro com investidores, nesta manhã, a companhia afirmou expectativa de uma desaceleração de aberturas de lojas "por parte dos nossos competidores em função das fortes pressões de resultado e do aumento do nível de alavancagem observado em balanços publicados recentemente".

Reações às prévias operacionais das construtoras

Fora do Ibovespa, a Gafisa (GFSA3) recuou durante boa parte do dia, devido ao fraco desempenho reportado em sua prévia operacional do terceiro trimestre. Entre julho e setembro, as vendas contratadas da incorporadora caíram 61,5% em relação ao informado um ano antes.

Em relatório, o Credit Suisse manteve as ações da construtora em "underperform" (desempenho abaixo da média do mercado), observando que, embora concorde com a estratégia de reduzir lançamentos visando a preservar a liquidez e controlar a alavancagem, se surpreendeu negativamente com a velocidade de vendas reportada no trimestre, de 9%.

No entanto, as ações da construtora se recuperaram e fecharam em alta de 4,22%.

Já os papéis da Even (EVEN3) fecharam com queda de 1,01%. Segundo relatório do Credit Suisse, o motivo foram os resultados preliminares fracos, com queda de 20,9% nas vendas líquidas do terceiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2017, para R$ 264 milhões.

*Com Estadão Conteúdo.

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