🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Corte de juros no horizonte

Exterior ajuda e dólar cai 1,24% na semana, a R$ 3,87; Ibovespa acumula alta de 0,82%

O Ibovespa e o dólar encerraram a semana com saldo positivo. Apesar das instabilidades locais, a confiança no exterior quanto a um ajuste negativo nos juros dos EUA deu ânimo aos ativos globais

Victor Aguiar
Victor Aguiar
7 de junho de 2019
10:38 - atualizado às 9:49
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa teve saldo positivo na semana; dólar caiu a R$ 3,87 - Imagem: Seu Dinheiro

A semana foi marcada por uma certa tensão em Brasília. A percepção de risco quanto ao estado da articulação política teve suas idas e vindas desde segunda-feira — e essa constante sucessão de estados de estresse e relaxamento em relação ao noticiário local trouxe volatilidade ao Ibovespa e ao dólar nos últimos dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas um fator manteve-se constante nas últimas sessões: a tranquilidade no exterior. Não que a guerra comercial tenha regredido, longe disso. Mas um novo fator começa a ganhar força na dinâmica dos mercados: a possibilidade de um novo corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano.

Essa perspectiva trouxe alívio às bolsas de Nova York e fez o dólar recuar em termos globais. E essa dinâmica vista lá fora preponderou sobre as instabilidades locais: o dólar à vista caiu 0,16% nesta sexta-feira (7), a R$ 3,8770, acumulando baixa de 1,24% na semana, e o Ibovespa avançou 0,63% hoje, aos 97.821,26 pontos, um ganho de 0,82% desde segunda-feira.

A bola está com o Fed

No exterior, a guerra comercial seguiu nos holofotes: as disputas entre os Estados Unidos e a China continuam a todo o vapor — e o governo americano abriu mais um front de conflito, ameaçando sobretaxar os produtos do México. E esse noticiário, é claro, tem implicações negativas aos mercados.

Em meio à incerteza quanto ao futuro, os agentes financeiros começaram a dar mais atenção aos dados da economia americana no presente — e as informações não são animadoras. Diversos índices já começam a apontar para um desaquecimento da atividade nos Estados Unidos. E esse noticiário, é claro, também traz implicações negativas aos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Só que, neste caso, dois negativos formam um positivo.

Leia Também

Eu explico: com a economia americana dando indícios de desaceleração e com a guerra comercial prometendo gerar impactos ainda maiores no futuro, ganhou força uma corrente de pressão sobre o Fed. Afinal, o mercado acredita que esse cenário já é suficiente para que a autoridade americana promova um novo ajuste negativo na política monetária do país

A ideia é baixar os juros para estimular já a economia, evitando que a atividade americana sofra com uma desaceleração ainda maior. E, a julgar pelo tom adotado pelas autoridades do Fed nesta semana, a porta está aberta para esse movimento.

O presidente da instituição, Jerome Powell, disse estar pronto para atuar se a guerra comercial e outros assuntos afetarem a economia americana. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, também adotou uma retórica parecida, mostrando-se favorável a um novo corte de juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E hoje, dados decepcionantes do mercado de trabalho dos EUA em maio deram mais força a essa narrativa: ao todo, foram criadas 75 mil novas vagas no mês passado, muito abaixo das estimativas, que apontavam para uma geração de 180 mil novos postos.

Com essa perspectiva de estímulo monetário no horizonte, o dólar perdeu força ante a maior parte das divisas globais na semana. E o otimismo também contagiou as bolsas de Nova York.

Nesta sexta-feira, o Dow Jones (+1,02%), o S%P 500 (+1,05%) e o Nasdaq (+1,66%) fecharam com altas firmes. E, no acumulado da semana, os mercados acionários dos EUA tiveram ganhos expressivos: o Dow Jones subiu 4,7%, o S&P 500 avançou 4,4% e o Nasdaq teve valorização de 3,87%.

"A expectativa de corte de juros nos Estados Unidos derruba o dólar frente as outras moedas porque há uma diminuição da aversão a risco", explica Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset. "Uma possível queda de juros por lá aumenta o ímpeto dos investidores de trazer dinheiro para países emergentes, como o Brasil".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Idas e vindas em Brasília

Por aqui, a dinâmica segue a mesma: o mercado acompanhou as movimentações em Brasília. Notícias que tragam implicações negativas à reforma da Previdência geram apreensão, e sinalizações de que a revisão nas regras da aposentadoria continuarão caminhando bem trazem alívio aos ativos locais.

A primeira metade da semana trouxe alguma tensão às negociações. A reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que votaria a concessão de um crédito extra ao governo, visando o cumprimento da chamada "regra de ouro", foi suspensa, sem que os deputados conseguissem entrar num acordo.

Essa dificuldade enfrentada pelo governo para a aprovação de um tema importante para a gestão Bolsonaro não foi bem recebida pelo mercado. Afinal, se essa pauta não consegue avançar tranquilamente, um tema mais espinhoso, como a reforma da Previdência, tende a passar por dificuldades semelhantes ou maiores.

Além disso, houve certa frustração por causa do adiamento da entrega do parecer da reforma na comissão especial da Câmara — o deputado Samuel Moreira irá entregar o documento apenas na semana que vem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Só que esse clima de apreensão se dissipou na segunda metade da semana. E o alívio veio do Supremo Tribunal Federal (STF): a corte decidiu que não há necessidade de lei para a venda das subsidiárias de empresas estatais. Também foi revogada a liminar que proibia a venda da TAG pela Petrobras.

A decisão do STF fortalece a percepção de que o "pacto" entre os Três Poderes para a retomada da economia está sendo colocado em prática. Tal cenário eleva o otimismo quanto à cooperação do Legislativo — o terceiro elemento desse acordo — na tramitação da reforma da Previdência.

De olho na Selic

No Brasil, a inflação medida pelo IPCA ficou em 0,13% em maio, desacelerando ante os 0,57% registrados em abril. E esse dado afetou diretamente as curvas de juros.

O cenário de inflação menos intensa soma-se à percepção de que a economia local segue fraca — e essa combinação de fatores faz o mercado aumentar as apostas quanto a um ajuste negativo na Selic no curto prazo, de modo a estimular a atividade econômica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As curvas de juros refletem essa confiança do mercado e fecharam em forte queda. Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2020 caíram de 6,26% para 6,21%, e os com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 6,39% para 6,27%.

Na ponta longa, as curvas com vencimento e janeiro de 2023 tiveram baixa de 7,28% para 7,18%, e as para janeiro de 2025 foram de 7,85% para 7,76%.

Estácio nas alturas

As ações ON da Estácio (ESTC3) tiveram forte alta de 7,44% nesta sexta-feira e lideram os ganhos do Ibovespa. Mais cedo, o Itaú BBA elevou a recomendação para os papéis, passando de neutro para "outperform" (acima da média do mercado), e estabeleceu preço-alvo de R$ 40,00 — os ativos fecharam a R$ 29,45.

Petrobras respira aliviada

Com a liberação da venda da TAG para a Engie, o mercado ficou mais confortável para comprar as ações da Petrobras. Os ativos ON da estatal (PETR3) subiram 2,72% e os PNs (PETR4) tiveram ganho de 1,83% — o bom desempenho do petróleo no exterior, tanto o WTI (+2,66%) quanto o Brent (+2,10%), também deu força às ações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar