Haddad diz que família Bolsonaro está dificultando comunicação com os EUA e pede: “Sai do caminho e deixa o governo negociar”
Em entrevista à rádio Itatiaia, o ministro da Fazenda afirmou que os Bolsonaros são “especialistas em lascar o povo”
Para Fernando Haddad, o jornalista Paulo Figueiredo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estão atrapalhando e impedindo as negociações do Brasil com os Estados Unidos sobre a tarifa de 50% contra as exportações locais.
Em entrevista à Rádio Itatiaia nesta quinta-feira (24), o ministro da Fazenda afirmou que é necessário “desobstruir este canal” para que os representantes do governo federal consigam atuar.
"O presidente Lula é um craque na negociação", afirmou Haddad. E defendeu: “quem perdeu a eleição deve sair do caminho e deixar o governo negociar”.
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O ministro disse que o Brasil enfrenta atualmente uma força contra os interesses nacionais em prol de bônus políticos. Em momentos como esse, ele defende que se tenha calma e serenidade para lidar com as dificuldades.
Haddad destacou que o país vive um bom momento econômico, com a menor taxa de desemprego da série histórica e a inflação em tendência de queda.
Por outro lado, na sua visão, "quem está assando a batata quente dos empregos e das empresas que vão ser prejudicadas [com a tarifa de 50%] é quem está neste momento em Washington, contra as negociações", continuou ele.
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O ministro faz referência ao deputado Eduardo Bolsonaro, que está licenciado do seu cargo e radicado nos Estados Unidos.
Haddad não vê espaço para disputas ideológicas
Para além do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo, Haddad avalia que é necessário que lideranças políticas da direita também saiam do caminho.
Negociações paralelas com os EUA, encabeçadas por governadores, também são prejudiciais, na opinião do ministro. "Peço que parem de fazer luta contra o país. Não é contra o Lula. Não é nada patriótico", afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia.
O ministro disse considerar positivo o interesse dos governadores pela proteção à economia brasileira, mas lembrou que, até pouco tempo atrás, muitos faziam "coro a Donald Trump".
Para Haddad, neste momento, não há espaço para disputas ideológicas na relação do presidente Lula com os governadores.
Ainda sobre críticas feitas por opositores, Haddad afirmou que a diferença de projetos de governo está evidente: "Especialista em lascar o povo é o Bolsonaro, especialista em ajudar o povo é o Lula."
O ministro disse que sua principal preocupação neste momento é reabrir a mesa de negociação com os Estados Unidos. "Não estou preocupado com eleição."
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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