Listas e mais listas: o que os rankings gastronômicos revelam sobre a nova economia da comida
Muito além do hype, listas dão visibilidade, investimento e projeção, por vezes global, a empreendimentos gastronômicos

Nos últimos anos, listas e rankings de restaurantes têm se multiplicado em um ritmo quase tão acelerado quanto o próprio mercado gastronômico global. Guia Michelin expandindo fronteiras. 50 Best desembarcando nos Estados Unidos. James Beard Awards ganhando novas categorias. La Liste, da França, ampliando a influência sob a liderança de Hélène Pietrini — ex-diretora do próprio 50 Best. E o The Best Chef Awards, levando os holofotes diretamente aos chefs, e não apenas aos restaurantes.
Para alguns, esse fenômeno pode parecer excessivo. Para quem entende a dinâmica da gastronomia contemporânea, trata-se de algo ainda mais valioso: visibilidade, investimento e projeção.
Se há algo que investidores maduros sabem, é que toda indústria em ascensão precisa de parâmetros, nomes, lideranças. E é exatamente isso que as listas fazem pela gastronomia: mapeiam o presente e indicam o futuro.
- VEJA TAMBÉM: Todos os sábados, as principais tendências de comportamento e consumo em uma newsletter especial do Lifestyle do Seu Dinheiro no seu e-mail; veja como receber
Como funcionam os rankings mais relevantes
A lógica de cada lista é diferente — e entender como elas funcionam é essencial para enxergar seu real impacto no mercado.
50 Best: votação de uma academia global com mais de 1.000 membros (chefs, jornalistas, influenciadores). Cada um escolhe seus 10 restaurantes favoritos com base em experiências vividas. Próxima cerimônia: 19 de junho em Turim, na Itália
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Guia Michelin: inspetores anônimos e profissionais visitam restaurantes e aplicam critérios técnicos como qualidade, consistência, técnica e valor. As notas definem a concessão de uma a três estrelas.
Próxima revelação: dia 12 de maio de 2025, em São Paulo, para Rio de Janeiro e São Paulo
James Beard Awards: sistema americano baseado em indicações públicas e votação de júris da indústria. Tem ampliado suas categorias para reconhecer perfis diversos.
La Liste: algoritmo que compila e pondera milhares de críticas gastronômicas e avaliações públicas, criando um índice objetivo de excelência mundial.
The Best Chef Awards: votação feita por chefs premiados e curadores. Reconhece o chef como figura empreendedora e criativa, com categorias como Science, Rising Star e Legend.
Próxima edição: em outubro, na Colômbia
A visibilidade como ativo
No universo competitivo dos restaurantes, entrar em uma lista relevante é como abrir o capital na bolsa: coloca o negócio no radar de críticos, consumidores, parceiros e investidores. O impacto econômico pode ser imediato. Um restaurante que entra no ranking do 50 Best Latin America, por exemplo, passa a atrair turistas gastronômicos, parcerias internacionais e, frequentemente, novos patrocinadores.
Mesmo listas regionais — muitas vezes vistas como menores — têm grande poder local. Elas aquecem ecossistemas, fomentam talentos e impulsionam cadeias produtivas ligadas ao setor, da agricultura ao design de interiores. Para quem acompanha a gastronomia como setor estratégico, trata-se de uma oportunidade clara de investimento em ativos culturais e experiências premium.
- CONFIRA TAMBÉM: 50 Best Bars inaugura lista estendida (51-100) dos melhores bares da América do Norte em 2025
Linha do tempo das listas gastronômicas: uma indústria em ascensão
- 1900 – Lançamento do Guia Michelin, inicialmente como guia para motoristas, com foco em oficinas e pousadas. Em 1926 começam as estrelas gastronômicas.
- Década de 1990 – Fortalecimento dos James Beard Awards, referência para chefs e restaurantes nos Estados Unidos.
- 2002 – Criação do The World 's 50 Best Restaurants, pela revista britânica Restaurant Magazine.
- 2015 – Lançamento da La Liste, baseada em dados e algoritmos, como resposta técnica ao 50 Best.
- 2017 – Primeira edição do The Best Chef Awards, voltado ao protagonismo individual do chef.
- 2025– Anúncio da chegada do 50 Best Restaurants aos EUA e expansão do Guia Michelin na América Latina.
Precisamos de tantas listas assim?
Sim, e talvez até de mais algumas.
As listas não são verdades absolutas, tampouco certificações técnicas. São retratos — e, como tal, refletem intenções, contextos, curadorias. E isso é bom. A multiplicidade de rankings abre espaço para mais histórias, mais perfis, mais geografias. Permite que um restaurante na Patagônia dialogue em pé de igualdade com um três estrelas de Tóquio. Que um chef africano seja descoberto por críticos europeus. Que investidores encontrem talentos onde antes havia apenas anonimato.
Em um mercado em que a experiência é o novo luxo, e onde cada jantar pode se tornar uma lembrança inesquecível (e compartilhável), listas são uma ferramenta poderosa de descoberta, validação e escala.
Gastronomia como destino de capital
Para quem olha para a gastronomia com olhos de negócio, rankings ajudam a mapear tendências. Indicam quem são os chefs-empreendedores em ascensão, quais regiões estão se destacando, onde estão os próximos polos criativos do setor.
Investir em gastronomia — seja por meio de patrocínios, participações ou experiências — exige sensibilidade, timing e curadoria. E é exatamente isso que as listas nos oferecem: uma bússola. Quanto mais precisas, diversas e transparentes, melhor para todos.
Ultimamente, é menos sobre quem ganha ou perde e mais sobre quem passa a ser visto. Por isso, cada nova lista é uma celebração, com mais vozes, critérios e aquela expectativa pela surpresa que sempre nos faz voltar a elas.
Justiça congela votação da Mobly (MBLY3) e dá fôlego à disputa com fundadores da Tok&Stok
Assembleia rejeita proposta que favoreceria a OPA da família Dubrule, mas juiz decide suspender os efeitos da votação; entenda o que está em jogo
Azul (AZUL4) obtém financiamento adicional de R$ 600 milhões em meio à queda das ações
Azul enfrenta turbulências com ações em baixa, dívida elevada e nova captação de R$ 600 milhões para manter operações
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) têm fôlego para pagar bons dividendos, mas só uma delas oferece perspectiva de ganho de capital, diz analista da Empiricus
No podcast Touros e Ursos desta semana, Ruy Hungria fala sobre impacto do tarifaço de Donald Trump no lucro de duas das maiores empresas do Ibovespa e diz o que o investidor deve esperar dos proventos
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora
Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Entregou a declaração com erro ou ficou faltando alguma informação? Veja como retificar
Aprenda a preencher a declaração retificadora e corrigir erros e omissões em declarações que já foram entregues, em um prazo de até cinco anos após o envio da declaração original
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Receita Federal paga nesta quarta-feira lote residual do Imposto de Renda; veja se o seu pix cai hoje
Mais de 279 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram pendências recebem restituição do IR nesta quarta (30); confira como consultar e receber o valor
Fundos de ações ESG registram fuga de capitais no primeiro trimestre, enquanto fundos de renda fixa sustentáveis atraem investidores
Movimento reflete cautela dos investidores com volatilidade e busca por maior proteção em ativos de renda fixa sustentáveis, aponta pesquisa da Morningstar
Corrida Inteligente: 10 gadgets que realmente fazem a diferença em 2025
Da prática física à experiência high-tech: wearables e dados transformam a corrida, impulsionando o mercado e atletas em busca de performance e saúde
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Reviravolta na Eletrobras (ELET3): Marcelo Gasparino fica fora, Juca Abdalla e Carlos Márcio entram para o conselho
Candidatos indicados pela administração da elétrica formam maioria no conselho depois da votação realizada nesta terça-feira (29) — a primeira grande reformulação desde a privatização