Trump ao resgate de Milei: EUA discutem linha de swap de US$ 20 bilhões com a Argentina, diz secretário do Tesouro
Após a sinalização de que Trump poderia ajudar o projeto liberal de Milei, os ativos financeiros argentinos passaram a se recuperar

O presidente da Argentina, Javier Milei, está perto de receber uma ajudinha de Donald Trump. Em meio a novas turbulências econômicas, com o dólar em disparada no país, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, disse nesta quarta-feira (24) que os Estados Unidos estão discutindo uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o país.
O swap cambial funciona como uma troca temporária de moedas entre os países, buscando reforçar as reservas internacionais e dar mais estabilidade à economia local.
Além disso, Bessent afirmou que o governo está pronto para comprar os títulos em dólar do país latino-americano. “Vamos ajudar a Argentina e o projeto do presidente argentino, Javier Milei, para o país”, reforçou, em entrevista à Fox Business.
“A Argentina tem as ferramentas para derrotar especuladores, incluindo aqueles que buscam desestabilizar os mercados argentinos para objetivos políticos”, disse ele.
Após a sinalização de que Trump poderia sair ao resgate de Milei, os ativos financeiros argentinos passaram a se recuperar desde a segunda-feira (22), com as ações negociadas nos EUA subindo mais de 10% e o peso se fortalecendo, após quedas acentuadas nas últimas semanas.
Já nesta quarta-feira (24), por volta das 14h25, o Merval, principal índice da bolsa da Argentina, subia 3%.
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Bessent sobre Milei
Durante a entrevista, Bessent também ressaltou o apoio dos Estados Unidos à Argentina e a Milei, acrescentando que não achava que o mercado tivesse perdido a confiança no líder argentino, mas que o episódio relembrou os investidores de crises anteriores.
Vale lembrar que a crise no país vem em meio à derrota de Milei nas eleições regionais de Buenos Aires, quando a população votou para redefinir o Parlamento local. Além disso, o governo argentino vive um escândalo de corrupção envolvendo a irmã do presidente.
“Acho que o mercado está olhando para trás e se deparando com décadas, se não um século, de terrível má gestão argentina", disse ele. "As pessoas estão apreensivas. É muito difícil acreditar que seja diferente desta vez, mas acredito que com o presidente Milei seja”, declarou.
Bessent ainda afirmou que o governo norte-americano não deixará que “um desequilíbrio no mercado cause um retrocesso em suas reformas econômicas substanciais”, completou.
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Os acenos do governo Trump e a resposta do presidente da Argentina
As falas ocorrem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar apoio para a reeleição de Milei e à economia argentina às vésperas da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre esta semana em Nova York.
Bessent também havia afirmado, na segunda-feira (22), que "todas as opções" estavam sobre a mesa para estabilizar a Argentina e que a ação norte-americana seria “ampla e enérgica”.
Porém, o secretário do Tesouro também indicou que nenhuma medida seria tomada até que ele e Trump se encontrassem com Milei em Nova York.
Após o encontro e a declaração de Bessent nesta quarta-feira (24), o presidente argentino agradeceu aos Estados Unidos pelo apoio.
"Obrigado, Presidente Donald Trump e Sr. Secretário Scott Bessent, pelo firme apoio e confiança no povo argentino", disse ele em publicação na rede social X.
“Valorizamos profundamente nossa amizade com os Estados Unidos e seu compromisso em fortalecer nossa parceria com base em valores compartilhados. Juntos, construiremos um caminho de estabilidade, prosperidade e liberdade”, completou.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters.
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