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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

CEO CONFERENCE BRASIL 2025

O homem mais poderoso do 1° governo Trump fala sobre Brasil, tarifas, imigração, guerras — e revela um segredo

O antigo chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, bateu um papo com o chairman e sócio sênior do BTG Pactual nesta terça-feira (25) e falou o que pensa sobre a volta do republicano à Casa Branca

Carolina Gama
25 de fevereiro de 2025
16:17
Homem apontando para si mesmo, vestindo terno preto, camisa branca e gravata azul, com fundo de bandeiras dos EUA
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump - Imagem: Shutterstock

Mike Pompeo deixou de ser mais um deputado para se tornar o mais poderoso integrante do primeiro governo de Donald Trump. Como secretário de Estado, ele desempenhou um papel crucial na diplomacia trumpista e na construção da imagem do republicano nos EUA e no mundo. Nesta terça-feira (25), ele soltou o verbo e falou o que pensa sobre o atual governo norte-americano em um bate-papo com André Esteves, chairman e sócio sênior do BTG Pactual

Muito menos agressivo do que o discurso de março de 2016 que mudou a carreira política de Pompeo para sempre, o homem mais poderoso do primeiro governo Trump mandou um recado para quem acha que o atual chefe da Casa Branca não sabe o que faz:

“Trump não é inocente. Ele tem um entendimento muito grande da economia e do mundo, embora fale coisas que pareçam bobagem”. 

  • Para relembrar: em março de 2016, Marco Rubio, então senador pela Flórida e adversário de Trump na corrida presidencial, convidou o então deputado Mike Pompeo para discursar em um de seus comícios. Naquela noite, Pompeo não poupou palavras para atacar o favorito à indicação republicana e acabou ganhando uma vaga no governo. O fato mais curioso, no entanto, é que o secretário de Estado de Trump atualmente é Marco Rubio.

Acompanhe a partir de agora os principais trechos da conversa entre Pompeo e Esteves durante a CEO Conference Brasil 2025, evento realizado pelo BTG Pactual e que vai até amanhã (26). 

LEIA MAIS: CEO Conference 2025 reúne grandes nomes da economia, política e tecnologia; veja como participar

A relação de Trump com o Brasil

Dizem que o melhor sempre fica para o final e não foi diferente na conversa entre Pompeo e Esteves. Os dois terminaram o bate-papo falando sobre a relação entre os EUA de Trump e o Brasil de Lula

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O ex-secretário de Estado norte-americano disse ser inimaginável que dois produtores de commodities do porte de EUA e Brasil não se relacionem comercialmente — um comentário que surge em meio às tarifas sobre o aço e o alumínio e que afetam o Brasil diretamente

“O Brasil e os EUA dominam o mercado de soja. Não é verdade também que vamos fechar fronteiras porque isso não é bom para os EUA. Acredito muito que Rubio vai construir espaços, abrir caminho para investimentos privados aqui. A verdade é que não estamos nem perto do que podemos fazer em negócios entre a América do Sul e os EUA, de maneira geral”, afirmou Pompeo. 

Por trás do tarifaço e das deportações

O Brasil não foi o único alvo das tarifas de Trump. O republicano impôs taxas de 25% sobre México e Canadá, de 10 % sobre a China e ainda anunciou as tarifas recíprocas sobre todos os parceiros comerciais dos EUA — sem contar as que ainda vêm por aí, a exemplo da taxação sobre o setor automotivo.

Pompeo explica que o movimento, também visto na primeira gestão do republicano, tem como pano de fundo os déficits bilaterais dos EUA e, por conta disso, também não deve parar

“Trump acredita que déficits bilaterais são ruins. Ele acha que um déficit menor é muito melhor para a economia dos EUA e vai se esforçar para isso acontecer”, afirmou Pompeo, acrescentando que o presidente norte-americano “sempre vai buscar soluções baseadas na reciprocidade, em algo que pareça justo e equitativo”.

“Claro que preferimos que não haja tarifas e subsídios para ver quem tem mesmo vantagens competitivas, mas também é inegável que os próximos quatro anos de Trump serão dedicados investigar todos os países com superávit com os EUA e tentar equilibrar essa balança comercial, seja com tarifas ou pela redução dos subsídios”, disse. 

Questionado por Esteves se os acordos comerciais dos EUA com outros países estão em risco, Pompeo negou. 

“Os acordos comerciais vão continuar existindo. O mercado mudou desde a primeira gestão de Trump, mas acredito que tudo continuará sendo negociado, as partes envolvidas vão apresentar argumentos e Trump vai encontrar um caminho porque ele não pode ignorar que os países do G-20, especialmente os do ocidente, são importantes para o sucesso comercial dos EUA”, disse. 

Pompeo também comentou sobre as deportações em massa de imigrantes ilegais feitas logo nos primeiros dias após Trump voltar à Casa Branca

“Esse é um assunto muito menos importante do que as tarifas ao meu ver. Se faltar mão de obra, Trump autorizará a entrada de imigrantes para resolver o problema. Foi assim na pandemia, quando ficamos sem mão de obra na colheita da laranja e Trump autorizou a entrada de trabalhadores nos EUA”, afirmou. 

“Trump está combatendo os ilegais, ele quer pessoas no país em situação regular e também aprecia imigrantes qualificados, que aumentam o qualidade do capital humano nos EUA”, acrescentou. 

Vale lembrar que muitos economistas dizem que as políticas de imigração mais duras, as tarifas e a isenção de impostos devem favorecer um cenário de aceleração de inflação nos EUA e, por consequência, de aumento de juros por lá — algo que Trump já condenou diversas vezes. 

LULA CAI E BOLSA SOBE: Como a popularidade do presidente mexe com os mercados

China: uma pedra no sapato de Trump

A mais recente decisão de Trump sobre a China aconteceu na sexta-feira (21), quando ele assinou um memorando que orienta o Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA a restringir investimentos chineses em áreas estratégicas.

Pompeo comentou o caso. “Esses decretos de Trump não trazem nenhuma novidade, foi assim no primeiro mandato. Além disso, os investimentos dos EUA são restritos na China também. Então, o objetivo de Trump, seja lá quais forem as regras, é de que haja reciprocidade”, afirmou. 

O ex-secretário de Estado norte-americano, no entanto reconheceu que algumas medidas que o republicano está adotando agora tem potencial para colocar a economia dos EUA em um lugar difícil. 

“Muitas coisas que ele está fazendo vão exacerbar os problemas econômicos do nosso país”, disse ele, sem dar detalhes. 

Pompeo também falou sobre o evento da DeepSeek, quando a China apresentou ao mundo uma inteligência artificial desenvolvida com muito menos recursos financeiros e que fez as rivais norte-americanas virem pó na bolsa de Nova York na ocasião

“Quem está no alto escalão nos EUA sabia que a China está próxima ou até na frente dos EUA em algumas áreas. Faz anos, por exemplo, que sabemos que eles estão avançados com relação aos supercomputadores, tanto em nível acadêmico quanto no prático”, afirmou.

“A DeepSeek foi uma surpresa para o mundo, mas quando damos um passo para trás, sabemos que não é inesperado dado o conhecimento da capacidade chinesa”, acrescentou. 

O fim da guerra entre Rússia e Ucrânia

Trump está determinado a acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia ainda que o preço seja se juntar a Vladimir Putin — ainda que seja em uma votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). 

Em um movimento raro, Rússia e EUA votaram do mesmo lado na segunda-feira (24) sobre uma resolução elaborada pelos norte-americanos sobre o conflito. O documento pedia a paz sem atribuir culpa a nenhum dos lados envolvidos na guerra. 

“É impensável que os EUA se juntariam com Rússia e China e iriam contra Reino Unido e França em uma votação no Conselho da ONU”, disse Pompeo, que também já foi diretor da CIA, a Agência Central de Inteligência dos EUA. 

“Os EUA erraram; deveriam ter votado com o conceito básico de que Putin é o agressor. Eu lamento muito que os EUA tenham tomado uma decisão como essa”, acrescentou. 

Questionado por Esteves se havia chance de os EUA abandonarem a Ucrânia como Trump vem ameaçando sob o argumento de que essa é uma guerra da Europa, Pompeo negou. 

“Não consigo imaginar os EUA abandonando a Ucrânia simplesmente porque não é tolerável para os EUA colocarem Putin em uma posição que dá a vitória ao presidente russo”, disse. 

Ele, no entanto, fez questão de reforçar que os ucranianos não terão tudo o que querem com o fim da guerra, mas que “Trump está buscando um caminho que possa entregar coisas importantes para a Europa e para os EUA”.

  • VEJA TAMBÉM: Petrobras (PETR4), Weg (WEGE3) e Localiza (RENT3) divulgam seus resultados do 4T24 nesta semana; saiba o que esperar

Trump vai mesmo anexar o Canadá e a Groenlândia?

Muita gente levou na brincadeira ou achou que Trump havia perdido o juízo quando disse que o Canadá seria o 51° estado norte-americano e que ele tomaria a Groenlândia dos europeus, além de assumir o Canal do Panamá e mudar o nome do Golfo do México para Golfo dos EUA — uma mudança que Esteves disse já ter visto nos aeroportos norte-americanos. 

Questionado pelo chairman do BTG se essas eram propostas reais do presidente norte-americano, Pompeo respondeu que se trata mais de uma mensagem. 

“A mensagem que Trump quer passar quando fala essas coisas é a de que ele não está feliz com esses países e regiões. Ele poderia falar de uma maneira mais simpática? Sim, mas o jeito dele é brusco”, afirmou. 

Pompeo aproveitou a ocasião para revelar um sigilo da primeira gestão de Trump sobre a Groenlândia. 

“Em 2018, os EUA já estavam com os pés na Groenlândia, mas fizemos isso de maneira sigilosa — agora Trump resolveu publicar nas redes sociais o que andamos fazendo por lá. Mas a verdade é que a Groenlândia custa caro para a Dinamarca, então entramos lá para garantir a segurança dos EUA de forma que beneficie a todos”, contou. 

  • A Groenlândia é formalmente uma região autônoma e um dos três países constituintes do reino da Dinamarca. Por opção, deixou em 1985 a então Comunidade Europeia, embora continue a integrar a atual União Europeia. Tem como chefe de Estado o rei Frederico X da Dinamarca.

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