Você aceita esta fusão? BRF e Marfrig marcam assembleias decisivas após questionamentos de acionistas; veja o que esperar da votação
Após imbróglio de acionistas, as gigantes do setor de proteínas conseguiram remarcar a votação do casamento corporativo; confira a nova data das AGEs

Você aceita esta fusão como sua legítima aliada para a carteira de investimentos? É isso que os acionistas da BRF (BRFS3) e da Marfrig (MRFG3) terão que decidir no mês que vem.
Depois de um adiamento promovido por questionamentos de investidores minoritários, as duas gigantes do setor de proteínas conseguiram remarcar a votação do casamento corporativo.
De olho no tão sonhado "sim", as companhias de proteínas marcaram para o dia 14 de julho as assembleias gerais extraordinárias (AGEs) de votação. A BRF se encontrará com seus acionistas às 9h, e a Marfrig, às 11h, em reuniões presenciais.
- LEIA TAMBÉM: Quer se atualizar do que está rolando no mercado? O Seu Dinheiro liberou como cortesia uma curadoria das notícias mais quentes; veja aqui
De acordo com as companhias, os acionistas que já enviaram seus boletins de voto até 14 de junho e não pretendem alterar suas instruções não precisarão submeter um novo documento para a AGE.
Já para aqueles que desejarem reavaliar suas decisões, o prazo para enviar as novas instruções de voto é até o dia 10 de julho — isto é, quatro dias antes do grande dia.
A assembleia da Marfrig ocorrerá de forma presencial, na sede em São Paulo. Já no caso da BRF, a assembleia ocorrerá de modo exclusivamente digital, por meio do Zoom, uma vez que este formato permite maior participação dos acionistas.
Leia Também
Se aprovada, a transação resultará no surgimento da MBRF, que já nasceria como uma das maiores empresas de alimentos do mundo, detentora de 38% do volume de vendas de produtos processados e com uma receita líquida consolidada de R$ 152 bilhões nos últimos 12 meses.
O mais recente obstáculo à fusão da BRF e da Marfrig
Na semana passada, dois acionistas minoritários da BRF pediram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que adiasse e interrompesse as assembleias gerais extraordinárias que discutiriam a fusão entre as duas gigantes do setor de proteínas.
A gestora Latache e Adriano Fontana, membro da família que fundou a Sadia, que levaram à xerife do mercado de capitais o questionamento, apontando questões como os termos da fusão e a falta de documentação suficiente para que os acionistas tomassem uma decisão consciente.
Uma das críticas de Fontana, filho de Alex Fontana e detentor de 0,11% de participação na BRF, foi a relação de troca de ações proposta aos minoritários, que estariam “subavaliando” os papéis BRFS3, com um desconto de 16% em relação ao valor de mercado da empresa antes do anúncio.
Enquanto isso, a gestora Latache, que também não ficou satisfeita com a proposta, levantou outra questão delicada: os dividendos.
A gestora considera a estruturação desses proventos abusiva, já que a distribuição de R$ 6 bilhões em dividendos aos acionistas da fusão está condicionada ao não exercício do direito de retirada pelos minoritários. Se os investidores decidirem exercer o direito de retirada, ficarão de fora dos proventos.
Afinal, qual é a proposta da BRF e da Marfrig para os acionistas minoritários?
Como em todo grande casamento, a proposta de fusão entre a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) está recheada de condições que precisam ser aceitas por ambas as partes — especialmente pelos acionistas.
A proposta que será colocada à mesa dos minoritários no próximo mês envolve a incorporação das ações da BRF (BRFS3) pela Marfrig, com a relação de troca definida em 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF detida.
Após a união, a BRF se tornará uma subsidiária integral da Marfrig, que continuará a ser listada no Novo Mercado da B3, o segmento que reúne as empresas com maior governança corporativa da bolsa brasileira.
Além disso, como parte do acordo, a BRF distribuirá até R$ 3,52 bilhões em dividendos, enquanto a Marfrig pagará até R$ 2,5 bilhões aos seus acionistas.
Mas, como em qualquer grande aliança, há quem não queira subir ao altar. A proposta de fusão abre espaço para que acionistas dissidentes exerçam seu direito de retirada.
Ou seja, aqueles que não quiserem aceitar a incorporação das ações BRFS3 pela Marfrig poderão pedir o reembolso de suas ações. Veja os valores:
- Acionistas da BRF:
- R$ 9,43 por ação, com base no patrimônio líquido; ou
- R$ 19,89 por ação, considerando o valor patrimonial por ação com base no laudo previsto no artigo 264 da Lei das S.A.
- Acionistas da Marfrig:
- R$ 3,32 por ação.
A proposta de casamento e o "sim" final: vem aprovação pela frente?
Com a votação marcada para o mês que vem, a expectativa no mercado é de que a fusão entre a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) será aprovada.
A XP Investimentos, por exemplo, considera como cenário base a aprovação da transação, mantendo os termos iniciais propostos pelas duas empresas.
O próprio Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o negócio sem restrições ou propostas de alterações e remédios.
Contudo, como o processo ainda está em andamento, a análise da XP alerta que, até a definição final, as ações das duas companhias continuarão a reagir na B3 mais a movimentos técnicos do que aos fundamentos.
De todas as formas, alguns acionistas já sinalizam um cenário promissor para o “sim” da fusão. De acordo com o boletim de voto à distância da BRF, a maioria dos minoritários já demonstra uma disposição favorável à união dos frigoríficos.
Considerando votos representativos de 382,15 milhões de ações, cerca de 35% se posicionaram a favor da operação, contra 16% que foram contrários. O restante, 48%, preferiu se abster de votar.
Ao retirar as abstenções e considerar apenas os votos válidos, a fusão tem 68,9% de apoio dos acionistas minoritários — um número que aproxima ainda mais o "sim" de um futuro casamento entre as gigantes.
Importante destacar que esses votos à distância representam apenas 24% do total de ações emitidas pela BRF, excluindo as ações em tesouraria. Além disso, essa votação ainda não leva em consideração a posição da Marfrig.
*Com informações do Money Times.
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA