Vale a pena comprar Iguatemi (IGTI11)? O que fazer com os papéis após o balanço do 4T24 e antes da conclusão de um negócio de R$ 2,6 bilhões
As units da dona de dezenas de shoppings iniciaram a quarta-feira (19) em alta, mas entraram na tarde de hoje no vermelho; no ano, os ativos acumulam ganho de 13,5% no ano

O Iguatemi São Paulo vai ganhar novas lojas de grife, restaurantes, teatro e até um rooftop — mas não é a remodelação do shopping mais antigo da América Latina que está deixando os investidores de olhos bem abertos.
No fim do ano passado, a Iguatemi (IGTI11) fechou um acordo para a compra da fatia da Brookfield nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, em São Paulo. O negócio, avaliado em cerca de R$ 2,6 bilhões, vem deixando o mercado atento desde que foi anunciado.
Mas não há motivos para preocupação, segundo o Citi. O banco norte-americano classificou como exagerado o temor com a operação. “Como já escrevemos anteriormente, vemos poucas chances de a Iguatemi pagar mais de R$ 500 milhões no negócio”, afirma.
Isso porque a transação acontece em parceria com o fundo BB Premium Malls, sob gestão da BB Asset, que fará um investimento total de R$ 800 milhões. Outros sócios dos empreendimentos, com direito de preferência na compra dos ativos, também fazem parte do acordo.
O preço estabelecido com a Brookfield no memorando de entendimento foi de R$ 2,585 bilhões, sendo 70% pagos à vista e 30% nos dois anos seguintes. A parte da Iguatemi será de R$ 550 milhões.
A compra dos shoppings já recebeu aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e agora está na etapa de acerto final entre as partes envolvidas no negócio.
Leia Também
A avaliação do Citi veio junto com os resultados da Iguatemi no quarto trimestre de 2024, divulgados na noite de terça-feira (19).
Em relatório, o analista André Mazini ressalta que a companhia tem um custo de ocupação baixo, o que possibilita aluguéis mais altos, principalmente com a ocupação elevada.
- LEIA TAMBÉM: BB Seguridade anuncia R$ 4,4 bilhões em dividendos, mas não está entre as 5 ações preferidas para investir agora; entenda
O balanço da Iguatemi
A Iguatemi, dona de uma rede de 16 shoppings, reportou lucro líquido ajustado de R$ 164,1 milhões no quarto trimestre de 2024, 21,9% acima do mesmo período de 2023.
O crescimento do lucro está relacionado, principalmente, à expansão no faturamento dos shoppings e do braço de varejo, segundo a empresa.
No ano inteiro de 2024, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 399,4 milhões, avanço de 31,1% ante 2023.
O critério ajustado exclui o efeito contábil da linearização dos aluguéis, da participação na Infracommerce e do resultado do swap de ações.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e consolidado atingiu R$ 315,3 milhões no trimestre, avanço de 19,4% na comparação anual.
No ano, o Ebitda ajustado e consolidado superou a marca de R$ 1 bilhão pela primeira vez. Ele foi a R$ 1,024 bilhão, alta de 11,4% em relação ao ano anterior.
A receita líquida no último trimestre de 2024 alcançou R$ 375,2 milhões, aumento de 13,5%. No ano, somou R$ 1,321 bilhão, expansão de 7,7%.
De outubro a dezembro de 2024, a empresa reportou crescimento de 8,3% na receita com locação, indo a R$ 275 milhões, resultado do aumento da ocupação dos shoppings, ajustes em contratos de locação e recuperação de valores atrasados.
Já a receita com estacionamento subiu 12,9%, para R$ 65,5 milhões, enquanto a receita do braço de varejo (Iguatemi 365 e I-Retail) apresentou alta de 32,6%, para R$ 62,3 milhões, na mesma base de comparação.
Para o Citi os números foram positivos, com destaque para a taxa de ocupação de 97,7% — maior nível desde 2010.
O banco considera que a venda de um lote de terra e direitos aéreos no shopping Market Place, por R$ 35 milhões, além da reversão de provisão para dívidas duvidosas de R$ 5 milhões ajudaram o fluxo de caixa proveniente das operações vir 6% acima do esperado.
O BTG Pactual também considerou os números sólidos, com os resultados dentro do esperado e um guidance seguindo as expectativas.
Analistas do Itaú BBA disseram que a Iguatemi divulgou um bom conjunto de ganhos para o trimestre, enquanto a equipe do Santander destacou mais uma série de resultados fortes para a empresa, superando as estimativas.
O que o Ibovespa precisa para decolar?
Comprar ou não comprar IGTI11?
Depois de operarem a manhã em alta, as ações da Iguatemi entram na tarde desta quarta-feira (19) no vermelho.
Por volta de 15h, as units recuavam 0,66%, cotadas a R$ 19,60. No ano, no entanto, os papéis acumulam alta de 13,5%. No mês, de 6,3%.
O Citi manteve a recomendação de compra para a Iguatemi, com preço-alvo de R$ 30 — o que representa um potencial de valorização de 52% em relação ao último fechamento.
Na mesma linha, o BTG tem indicação de compra para IGIT11, com preço-alvo de R$ 25 — o que representa um potencial de valorização de 26,6% sobre o preço de ontem (18).
Há uma falta de gatilhos de curto prazo para ações de shopping centers — que são mais dependentes da perspectiva macro. Mas, como a Iguatemi é negociada a uma avaliação descontada, mantemos nossa classificação de compra”, dizem os analistas Gustavo Cambuava e Elvis Credendio.
O BBA também tem recomendação de comprar para IGIT11, com preço-alvo de R$ 29 — um potencial de valorização de 47% sobre o último fechamento.
O time do Safra reiterou a recomendação de compra para as ações da Iguatemi, com preço-alvo de R$ 28, o que implica em um potencial de valorização de 41,8%.
Os analistas Rafael Rehder e Luiz Peçanha afirmam que a Iguatemi apresentou resultados consistentes em todos os aspectos e elogiaram a performance dos shoppings bem como o lado financeiro acima das expectativas.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas