Ação da TIM (TIMS3) lidera altas do Ibovespa após balanço do 4T24 e dividendos polpudos. O que esperar da empresa de telecomunicações daqui para a frente?
A companhia teve um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão no 4T24, avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período de 2023; veja os destaques
Os investidores da TIM (TIMS3) tiveram uma noite agitada na última segunda-feira (10). Além da notícia de dividendos polpudos, a empresa de telecomunicações divulgou os números do quarto trimestre de 2024 e o guidance para os próximos anos— e, de quebra, ainda anunciou o fim da parceria com o C6 Bank.
Mas vamos por partes. A começar pelo balanço, então.
- VEJA MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Usiminas, Suzano e outras 7 empresas; acompanhe a cobertura completa
A companhia teve um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado. A cifra representa um avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período de 2023.
As ações TIMS3 lideram a ponta positiva do Ibovespa na abertura do pregão, com ganhos de 5,05%, a R$ 16,63. Com o desempenho nesta manhã, os papéis acumulam valorização de 15% desde o início do ano.
Veja os destaques do resultado do 4T24:
- Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 3,3 bilhões, (+6,2% a/a);
- Margem Ebitda: 50,5% (-0,2 ponto percentual a/a);
- Receita líquida: de R$ 6,6 bilhões (+5,7% a/a);
- Investimentos (capex): R$ 1,37 bilhão (+6,4% a/a);
- Base móvel de clientes: 62,06 milhões (+1,3% a/a);
- Pré-pago: 31,86 milhões (-5,3% a/a);
- Pós-pago: 30,2 milhões (+9,4% a/a);
- Base de clientes TIM Ultrafibra: 790 mil (-1,6% a/a).
“Os resultados de 2024 demonstram a eficiência da nossa estratégia. Entregamos as metas traçadas, fechando mais um ciclo de crescimento em segmentos relevantes, trazendo novas soluções que transformam a experiência dos nossos clientes, contribuem para o desenvolvimento econômico do País e reforçam a agenda ESG no mercado. Estamos prontos para um 2025 de transformação no setor, com a evolução das tecnologias e aumento da competitividade”, disse Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, em nota.
Para os analistas do BTG Pactual, os resultados da telecom no quarto trimestre, especialmente nas linhas de receitas, vieram “sem surpresas”, mas o lucro líquido teve um avanço sólido e acima das expectativas do mercado.
Leia Também
Vem dividendos aí
Diante do lucro crescente, a TIM (TIMS3) também anunciou a distribuição de R$ 200 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP).
O montante corresponde ao valor bruto de R$ 0,08262 por ação TIMS3. A cifra está sujeita à retenção do Imposto de Renda na fonte à alíquota de 15%.
Para ter direito aos proventos, é preciso possuir ações da telecom em 17 de fevereiro de 2025. A partir do dia seguinte, os papéis passarão a ser negociados “ex-direitos” e tendem a sofrer um ajuste na cotação.
Isso significa que o investidor pode optar por comprar os papéis até a data limite e receber a remuneração ou aguardar o dia 18 e adquiri-los por um valor menor, mas sem o direito aos JCP.
Já o pagamento dos dividendos está previsto para acontecer até o dia 22 de abril.
Os planos da TIM (TIMS3) para os próximos anos
Junto ao resultado do quarto trimestre, a TIM (TIMS3) também divulgou suas projeções (guidance) para os próximos três anos, além de revisar o plano estratégico.
A companhia projeta um crescimento de cerca de 5% para a receita de serviços em 2025, 2026 e 2027. Já para a expansão do Ebitda, a expectativa é de algo entre 6% e 8% de 2025 a 2027.
A TIM também prevê investimentos (capex) anuais entre R$ 4,4 bilhões e R$ 4,6 bilhões até 2027, além de uma desaceleração no ritmo do fluxo de caixa operacional, para algo entre 14% e 16% neste ano e de 11% a 14% no médio prazo.
Por sua vez, as remunerações aos acionistas devem ficar entre R$ 3,9 bilhões e R$ 4,1 bilhões em 2025 e somar entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14 bilhões até 2027.
Segundo o BTG, o guidance de dividendos é o grande destaque e deixa espaço para surpresas positivas aos acionistas no futuro.
Na avaliação dos analistas, a TIM negocia a um múltiplo de 11 vezes a relação preço/lucro para 2025, um desconto em relação às telecomunicações integradas globais (12 vezes) e à Vivo (VIVT3), que negocia a 14 vezes o P/L
“Os dividendos consistentemente crescentes a cada ano devem oferecer um bom suporte para as ações. Talvez mais importante, espera-se que a empresa retorne aos acionistas R$ 6 bilhões em dividendos nos próximos 15 meses, o que equivale a 16% do valor de mercado da empresa”, avaliou o BTG.
O banco tem recomendação de compra para as ações TIMS3, com preço-alvo de R$ 22,00 para os próximos 12 meses, o que implica uma valorização potencial de 38,9% em relação ao último fechamento.
- VEJA TAMBÉM: Ações, papéis pagadores de dividendos, FIIs, BDRs e criptomoedas – quais são os melhores para comprar em fevereiro? Programa Onde Investir dá o veredito
Na noite passada, a telecom também decidiu atualizar o plano estratégico para os próximos três anos, com ajustes na estratégia para o atual cenário macroeconômico. Confira:

Agora, a companhia prevê um “crescimento sustentável das receitas de serviços” e expansão do Ebitda com melhoria das margens.
Segundo a empresa, esse cenário, combinado a investimentos eficientes em novas tecnologias, impulsionará o fluxo de caixa operacional da TIM a expandir continuamente.
“Este último permitirá que a empresa evolua sua estratégia de remuneração aos acionistas e reinvista em áreas de crescimento como B2B e Ecossistema Digital”, escreveu a empresa.
Fim da parceria entre a TIM (TIMS3) e o C6 Bank
A TIM (TIMS3) ainda encerrou sua parceria com o C6 Bank, colocando fim às disputas sobre o assunto e encerrando quatro processos arbitrais em andamento.
Segundo fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), ao longo da parceria, a empresa de telecomunicações obteve o direito a uma participação minoritária no capital do banco, que resultou em uma receita bruta total de aproximadamente R$ 280 milhões.
Além disso, a operadora afirma que a combinação de serviços financeiros com telefonia móvel trouxe impactos positivos em outras áreas do negócio, como no aumento da fidelização de clientes, além do aumento da digitalização na compra de recargas e no pagamento de faturas.
Firmada em 2020, a parceria começou a enfrentar impasses já no ano seguinte, quando o C6 manifestou interesse em encerrá-la. A TIM, no entanto, se opôs à decisão e recorreu à arbitragem para tentar manter o acordo.
- SAIBA MAIS: Com o 4T24 no radar, analista acredita que uma ação exportadora deve ter “resultado excelente” e ser um dos grandes destaques de fevereiro
Vale lembrar que a arbitragem é um modelo de resolução de conflitos semelhante a um processo judicial, porém, tende ser mais ágil e menos burocrática.
Com o fim da parceria da TIM e C6, o acordo prevê a transferência da totalidade das ações detidas pela telecom para o banco digital, bem como todos os bônus de subscrição em circulação, no valor de R$ 520 milhões.
A transferência das ações está sujeita à aprovação do órgão regulador Cayman Islands Monetary Authority (CIMA). Após essa aprovação, o acordo será concluído e a parceria oficialmente encerrada.
A TIM também informou que outros detalhes do acordo estão protegidos por cláusulas de confidencialidade.
“A TIM acredita na importância da estratégia de plataforma de clientes na geração de valor para a companhia, de forma que continuará construindo seu ecossistema de serviços digitais”, afirmou.
*Com informações do Money Times.
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
