Suzano (SUZB3): até o papel higiênico do Rei da Inglaterra está envolvido no acordo com a Kimberly-Clark. Mas JV é boa para a empresa?
As ações fecharam o dia com a maior alta do Ibovespa. O que dizem os analistas sobre o acordo com a Kimberly-Clark?

As ações da Suzano (SUZB3) viveram “um dia de Rei” na bolsa nesta quinta-feira (5) após o anúncio do acordo com a Kimberly-Clark para a criação de uma joint venture de US$ 3,4 bilhões. Os papéis fecharam o dia com alta de 6,47%, a R$ 52,98.
Do negócio, que ainda precisa ser aprovado pelas autoridades regulatórias, nasce uma parceria com atuação em 14 países, que eleva a Suzano ao posto de oitavo maior player de papel higiênico no mundo.
Nesta reportagem, você encontrará detalhes sobre o acordo, que abrange diversas marcas de produtos “tissue” — papel higiênico, lenços e guardanapos — incluindo o Andrex, uma marca do Reino Unido que ostenta o selo de qualidade da monarquia britânica e se assemelha à Neve, no Brasil.
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O que fazer com as ações de Suzano?
A alta forte na bolsa é um indício de que o acordo agradou ao mercado.
O BTG enxerga o acordo com bons olhos e entende que a ação da Suzano está altamente desvalorizada. O banco vê a JV — que estava sendo antecipado com preocupação por parte do mercado — como um fator de redução do risco para a tese, mesmo em um cenário de queda dos preços da celulose.
“A avaliação parece atraente, com as ações sendo negociadas a um múltiplo descontado de 5,3 vezes EV/EBITDA 2025 (contra aproximadamente 7 vezes considerado justo, em nossa visão), o que implica em um risco limitado de queda”, escrevem os analistas.
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O Bradesco BBI também avalia a criação de uma nova companhia pela Suzano e a Kimberly-Clark como positiva. De acordo com os analistas, o negócio está em linha com as diretrizes de fusões e aquisições (M&A) da Suzano e sua agenda estratégica de longo prazo de expansão para produtos acabados, “diversificando seu mix de receitas”.
Já para o Itaú BBA, o anúncio da Suzano reduz a incerteza sobre as decisões de alocação de capital, “um tópico comum de discussão com investidores nos últimos trimestres”. Os analistas também avaliam que a empresa pode reduzir sua exposição à China.
Para o BB Investimentos, a operação é positiva para a companhia, uma vez que representa uma ampliação relevante da atuação da Suzano no mercado internacional de tissue e contribuirá para a redução da volatilidade do fluxo de caixa consolidado da Suzano, que atualmente é bastante afetado pelas oscilações dos ciclos de alta e de baixa da celulose.
Os quatro bancos recomendam a compra das ações, com preços-alvo de até R$ 73, que implica numa alta de 37,8% em relação ao fechamento de hoje.
O racional por trás da operação
De acordo com os analistas do BTG, o negócio está em linha com as diretrizes de fusões e aquisições (M&A) da Suzano e sua agenda estratégica de longo prazo de expansão para produtos acabados, “diversificando seu mix de receitas”.
De acordo com os cálculos do banco, a Suzano pagou cerca de 6,8 vezes EV/EBITDA — métrica utilizada para avaliar se uma empresa está cara ou barata — assumindo um endividamento zerado.
Entretanto, a Suzano espera gerar US$ 175 milhões em sinergias com a integração dos ativos, o que faria o múltiplo cair para 5,0 vezes. Isso tornaria a transação mais atrativa, aproximando o preço pago pela empresa de sua avaliação de mercado atual, considerada uma certa “anomalia” pelos analistas.
Durante a teleconferência, a gestão observou que espera-se algum endividamento da joint venture, de cerca de US$ 1,0 bilhão, quantia já acordada com a KC.
“Se esse nível de endividamento for atingido antes do fechamento, o valor pago pela Suzano poderia ser reduzido para US$ 1,2 bilhão, pois o valor implícito de capital cairia para US$ 2,4 bilhões”, explicam os analistas.
Em outras palavras, a Suzano pagaria menos pelos ativos, já que o endividamento acordado reduziria o valor final da compra.
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