Sob nova direção: Petrobras (PETR4), Cosan (CSAN3) … relembre algumas das principais empresas que anunciaram novos CEOs para 2025
CEOs: Para relembrar as trocas anunciadas no segundo semestre, reunimos as principais empresas do país que começam o ano sob nova direção
Ano Novo é sempre aquela época da gente renovar esperanças, impulsionar projetos e focar no caminho até as conquistas que queremos perseguir. E com as empresas não é diferente.
2024 foi um ano marcado por desafios para os negócios, que incluíram mudanças nos comportamentos de consumo, desvalorização da moeda brasileira, alta dos juros e outras incertezas macroeconômicas dentro e fora do país. Desafios que seguem para 2025, talvez até com pitadas de maior instabilidade.
Por isso, a missão do capitão de cada barco dentro deste mar de incertezas econômicas que virou o mundo é tão essencial - e muitas companhias decidiram renovar o comando já neste início de ano. Para relembrar as trocas de CEO e presidentes anunciadas de julho a dezembro, reunimos algumas das principais empresas do país que começam o ano sob nova direção. Confira a seguir.
Petrobras (PETR4): troca técnica e mais alinhada
Começamos por nada mais, nada menos que a maior estatal do país e uma das maiores petroleiras do mundo, a Petrobras (PETR4). Em maio de 2024, a estatal anunciou a saída do CEO Jean Paul Prates e do diretor financeiro Sergio Caetano Leite. Em seu lugar, Magda Chambriard foi nomeada como CEO, fato visto como uma tentativa de fortalecer a governança corporativa da estatal, além de balancear as pressões políticas, econômicas e ambientais da companhia.
Ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Chambriard tem uma trajetória de décadas no setor, com proximidade das diretrizes públicas relacionadas à transição energética, exploração de petróleo e políticas industriais. Durante sua gestão na ANP (2012-2016), ela foi reconhecida por sua capacidade de gerenciar leilões de blocos exploratórios e negociar questões regulatórias com empresas do setor.
Vale (VALE3): nomeação de novo CEO antecipada
Em setembro, depois de um processo conturbado de escolha, Gustavo Pimenta assumiu o cargo de CEO da Vale, lugar ocupado antes por Eduardo Bartolomeo, que ficaria no comando da empresa até o final de 2024. A troca, no entanto, foi antecipada em cerca de dois meses e o conselho de administração ainda aprovou a indicação de novos conselheiros independentes na mesma época. Tudo para acalmar os ânimos do mercado e agilizar mudanças práticas por conta do cenário de caos em que a Vale se encontrava.
Leia Também
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
É que 2024 realmente foi pesado para a mineradora que, em setembro, quando a decisão foi tomada, sofria com a desvalorização do minério de ferro e das ações VALE3, em meio a crise de lenta recuperação econômica da China – que influencia diretamente nos negócios da companhia, já que o país é o principal destino de exportação da commodity.
Além de aprovar a transição antecipada de comando, o Conselho de Administração da companhia também aprovou a nomeação, em caráter interino, de Murilo Muller, atual diretor global de controladoria, para a posição de vice-presidente executivo responsável pelas áreas de Finanças e Relações com Investidores, no período de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2024. Os economistas Reinaldo Castanheira Filho e Heloisa Belotti Bedicks foram indicados como novos conselheiros independentes.
Grupo Cosan (CSAN3): dança das cadeiras completa
Outubro foi o mês da Cosan (CSAN3) fazer uma série de troca de comandos, uma completa reestruturação no alto escalão do grupo que pegou o mercado de surpresa. Foi um tal de um CEO passar pra lá e outro pra cá que, de fato, virou uma dança das cadeiras completa e de uma vez só.
As mudanças, que entraram em vigor em 1º de novembro, começaram com o Nelson Gomes deixando o comando do grupo para assumir o controle da Raízen (RAIZ4). Gomes foi substituído por Marcelo Eduardo Martins, atual diretor vice-presidente de estratégia, na Cosan.
Na Raízen o então CEO Ricardo Mussa foi para a posição de presidente da Cosan Investimentos (que tem capital fechado) e foi indicado como membro do conselho de administração da Raízen. Ainda por lá, Rafael Bergman, que era vice-presidente financeiro e RI da Rumo (RAIL3), assumiu o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores no lugar de Carlos Alberto Bezerra de Moura, que renunciou ao cargo.
Por último, com a saída de Bergman, Guilherme Machado, que era o diretor financeiro da Compass, assumiu o cargo de CFO.
Na época do anúncio, o mercado reagiu mal às mudanças porque elas aconteceram há menos de um ano da alta administração da Cosan ter sido mudado e em um momento de vários desafios para as companhias do grupo. Entre eles, a desistência do IPO da Moove nos Estados Unidos e os altos níveis de endividamento da companhia.
Ambev (ABEV3): Lisboa no lugar de Jereissati
Em agosto foi a vez da Ambev fazer trocas de comando. Carlos Lisboa, que atualmente lidera a operação da AB-Inbev, controladora da Ambev, na América Central, será o novo CEO do grupo brasileiro a partir de janeiro.
O executivo “trocará de lugar” com o CEO da Ambev, Jean Jereissati, que vai liderar as operações da companhia na América Central, maior mercado da AB-InBev.
No grupo há mais de 30 anos, Lisboa ocupou cargos de liderança sênior em todas as unidades de negócios da Ambev, além de ser conselheiro da empresa. Também já atuou como CMO (Chief Marketing Officer) no Brasil e liderou as operações da companhia no Canadá, América do Sul e Caribe.
Meliuz: novo CEO e fundador no conselho
Em novembro, a Méliuz (CASH3), dono da Promobit e do Melhor Plano, anunciou que elegeu Gabriel Loures como novo CEO. Ele substitui o fundador Israel Salmen, que passou a assumir a posição de presidente do conselho de administração no lugar de Ofli Guimarães, co-fundador da Méliuz, que renunciou ao cargo para “focar em assuntos pessoais”, segundo nota da companhia.
Além de presidente do conselho, Israel também vai atuar como executive chairmain e ocupar um “papel mais estratégico” como presidente institucional do grupo CASH3. Já Gabriel Loures integrava o time da Méliuz desde 2018 e nos últimos anos estava na posição de diretor de growth, estratégia e novos negócios.
A substituição parece estar mais relacionada à estratégia do que aos resultados da companhia, que registrou receita líquida consolidada de R$ 90,3 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 38% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Microsoft: ano novo, CEO nova
Outra empresa que resolveu trocar seu comando no Brasil ainda em 2024 foi a Microsoft. Tania Cosentino, que comandava a companhia no país desde 2019, assume em 1 de janeiro o cargo de general manager (VP) de vendas para o setor de Segurança da Microsoft América Latina. A Microsoft Brasil passa a ser comandada, então, por Priscyla Laham.
Laham tem 14 anos na Microsoft e já ocupou cargos nos Estados Unidos, na Argentina e no Uruguai. Foi diretora de vendas no Facebook/Meta antes de voltar à Microsoft em 2017 como VP de vendas para o setor de Consumo.
Cosentino era presidente da Schneider Electric antes de ingressar na Microsoft. Ela é hoje considerada uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina, segundo levantamento da Bloomberg Línea.
Neon e a ida do fundador para o Conselho
A fintech Neon anunciou a promoção de Fernando Miranda ao cargo de CEO. Por alguns meses ele atuou como co-presidente ao lado do fundador Pedro Conrade, que agora passa para o cargo de presidente do Conselho de Administração.
Miranda tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, tendo atuado como vice-presidente do Nubank e CEO da Easynvest e da Webmotors. No cargo ele terá agora a missão de fortalecer o crescimento da Neon, que registrou um aumento de 62% nos primeiros nove meses de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023.
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF