Shoppings da América Latina têm a melhor performance operacional do mundo desde a pandemia; BTG destaca 3 ações brasileiras do setor
Apesar do ótimo desempenho, ações de shoppings latinoamericanos não acompanharam, pois são prejudicadas pelas perspectivas do cenário macroeconômico
Se for para investir no setor de shoppings, é melhor focar na América Latina do que nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia. É isso que recomenda o BTG Pactual em relatório recente.
Na visão dos analistas do banco, os centros comerciais latinoamericanos estão vivendo uma recuperação robusta após a pandemia de Covid-19 em termos operacionais, com um crescimento de receita bem mais relevante do que o dos pares globais.
Após mapear 32 shoppings ao redor do mundo, o banco chegou à conclusão de que os shoppings da América Latina tiveram um CAGR (Taxa Anual de Crescimento Composto) de receita de aluguel em dólares de 2,4% entre 2019 e 2023, ao passo que as outras regiões (EUA, Europa e Ásia) tiveram performance negativa.
Esse bom desempenho tem a ver com alguns fatores: a boa localização dos espaços, o mix diverso de locatários e a baixa concorrência.
Por outro lado, as ações dos shoppings latinoamericanos seguem a trajetória inversa: estão negociando abaixo da média histórica e com performance pior.
Olhando com uma perspectiva de “copo meio cheio”, isto significa que elas estão desvalorizadas e mais atrativas, segundo o BTG. Principalmente para quem tem estômago para aguentar os desafios do curto prazo e pensar em um horizonte de tempo mais prolongado.
Leia Também
“Embora o momento atual não seja ideal (devido às condições macroeconômicas, acreditamos que o curto prazo possa ser desafiador), consideramos que investidores de longo prazo possam encontrar uma interessante oportunidade de compra neste momento”, diz o banco.
Brasil, o destaque da América Latina
O banco chama a atenção especificamente para os shoppings do Brasil, que tiveram, de longe, o maior crescimento de receita de aluguel durante entre 2019 e 2023.
Isso tanto em reais quanto em dólares, mesmo com a desvalorização de 26% da moeda nacional no período. No total, a alta anual foi de 10,5% em reais e 4,2% em dólares.
Segundo os analistas, isso refletiu a capacidade dos shoppings brasileiros de repassar a alta inflação para os aluguéis.
Mas vale um adendo: esta performance tão sólida foi observada em apenas três ações – Allos (ALOS3), Iguatemi (IGTI11) e Multiplan (MULT3).
O resto do setor ficou para trás. "Embora não tenhamos acesso às receitas de aluguel de todos os shoppings no Brasil, as vendas combinadas dos locatários das 3 empresas listadas cresceram cerca de 7%, em comparação com uma queda de 9% para os pares privados [de capital fechado]”, escreveram os analistas no relatório.
Para o BTG, isso evidencia o fato de que estas companhias possuem os imóveis de melhor desempenho no país.
A venda média por metro quadrado dos shoppings brasileiros listados é de R$ 1.700/mês, enquanto essa métrica é cerca de 60% menor para os demais shoppings de capital fechado (R$ 700/mês).
Dentro disso, o relatório do banco cita que o posicionamento voltado para a alta renda ajuda a manter a resiliência do setor.
Os analistas também veem o crescimento do consumo de bens de luxo como ponto positivo para manter a rentabilidade.
“Indivíduos de alta renda apresentam menor elasticidade de consumo em relação ao crescimento do PIB (ou seja, maior poupança, mão de obra de maior qualidade etc.). Acreditamos que um posicionamento de alta renda seja um porto seguro no setor de shoppings”, explicam.
Apesar do ótimo desempenho operacional dos shoppings da América Latina, os investidores não estão convencidos, na avaliação do BTG.
Isso porque o cenário macroeconômico pode “transformar a festa em um enterro”, através das oscilações das taxas de juros.
No caso brasileiro, a delicada situação fiscal é ainda outro impeditivo para que as ações de shoppings performem em linha com os pares globais.
Além disso, há de se considerar também os possíveis impactos do e-commerce nas operações e oportunidades de crescimento dos shoppings.
Black Friday 2025: Americanas promete até 80% de desconto e aposta em programa de fidelidade
A campanha transforma cada sexta-feira de novembro em um dia de ofertas, com novas modalidades de compra e parcelamento sem juros
Itaú Unibanco (ITUB4) supera expectativas com lucro de R$ 11,8 bilhões no 3T25; rentabilidade segue em 23%
O resultado veio acima das expectativas de analistas de mercado; confira os indicadores
Ligou o alerta? Banco Central quer impor novas regras para bancos que operam com criptomoedas
A proposta funciona como um farol para para o sistema financeiro e pode exigir mais capital de bancos expostos a bitcoin, tokens e outros ativos digitais
O homem que previu a crise de 2008 aposta contra a febre da IA — e mira Nvidia e outra gigante de tecnologia
Recentemente, a Nvidia atingiu US$ 5 trilhões em valor de mercado; nesta terça-feira (4), os papéis operam com queda de mais de 2% em Nova York
O golpe do cashback: como consultores aproveitaram uma falha no sistema para causar prejuízo milionário à Natura (NATU3)
Uma fraude sofisticada, que explorava falhas no sistema de cashback e distribuição de brindes da Natura, causou um prejuízo estimado em R$ 6 milhões à gigante brasileira de cosméticos
‘Ultra-hard-discount’: Como funciona o modelo de desconto extremo do atacarejo que vai desembarcar no Brasil em breve
Rede russa Vantajoso promete revolucionar o varejo alimentar brasileiro com o modelo ultra-hard-discount, que aposta em lojas compactas, margens mínimas e preços ainda mais baixos que os atacarejos
Embraer (EMBJ3): “Acionistas não devem esperar o pagamento de dividendos adicionais”, diz CEO; tarifaço também preocupa investidores, e ações caem
Ações estão em queda hoje depois da divulgação de resultados da fabricante de aeronaves. Tarifaço e dividendos afetam as ações EMBJ3
O que a Vale (VALE3) disse à CVM sobre o pagamento de dividendos extraordinários
Questionada pela CVM, a mineradora respondeu sobre o que pode levá-la a pagar dividendos extraordinários no último trimestre do ano
Itaú Unibanco (ITUB4) deve entregar mais um trimestre previsível — e é exatamente isso que o mercado quer ver no 3T25
Enquanto concorrentes tentam lidar com carteiras mais arriscadas e provisões pesadas, o Itaú deve entregar previsibilidade e rentabilidade acima dos 20%; veja o que os analistas esperam para o balanço
Por que a XP reduziu as projeções para Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3) às vésperas dos resultados do 3T25
A XP alerta que os principais riscos incluem queda do Brent abaixo de US$ 65 por barril e fatores específicos de cada empresa
BB Seguridade (BBSE3) supera expectativas com lucro de R$ 2,6 bilhões; confira os números
No ano, a seguradora do Banco do Brasil (BBAS3) vive questionamentos por parte do mercado em meio à queda dos prêmios da BrasilSeg, também agravada pela piora do agronegócio
Quando começa a Black Friday? Confira a data das promoções e veja como se preparar
Black Friday 2025 começa oficialmente em 28 de novembro, mas promoções já estão no ar em gigantes do e-commerce; veja o calendário e se programe
Apple (AAPL), Amazon (AMZN) e outras: o que esperar das Sete Magníficas depois do balanço e como investir
Entre as sete, apenas uma, a Nvidia, ainda não divulgou seus resultados trimestrais: os números devem sair no dia 19 de novembro
No topo, o único caminho é para baixo: BTG corta recomendação da Marcopolo (POMO4) para neutro
Na visão do banco, o terceiro trimestre mostrou margens fortes com melhora do mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025
Grupo Toky (TOKY3) quer reduzir a dívida com aumento de capital — mas ainda falta o aval dos acionistas; entenda o que está em jogo
Após concluídas, as operações devem reduzir as dívidas da empresa dona das marcas Tok&Stok e Mobly em aproximadamente R$ 212 milhões
Renault anuncia que grupo chinês Geely, dono da Volvo, comprará 26,4% da sua operação no Brasil, com fortalecimento das montadoras chinesas no país
A Renault do Brasil ficará responsável por distribuir o portfólio elétrico e híbrido da Geely no país, abrindo novas oportunidades em vendas, financiamento e serviços
Ele serve café, limpa janelas e aprende sozinho: robô do futuro entra em pré-venda, mas ainda sem previsão de chegar ao Brasil
Após quase uma década de desenvolvimento, empresa de robótica 1X lança o humanoide Neo, capaz de realizar tarefas domésticas e aprender com o tempo
EMBR3 vai ‘sumir’ da B3 hoje. Entenda o que acontece com as ações da Embraer nesta segunda-feira
A Embraer estreia nesta sessão os novos códigos de negociação nas bolsas do Brasil e dos EUA; veja como ficam os novos tickers
O que a Raízen (RAIZ4) pretende consolidar com a reorganização societária recém-aprovada pelos acionistas
Primeira etapa do plano aprovado por unanimidade envolve a cisão parcial da Bioenergia Barra, cuja parcela patrimonial será incorporada pela Raízen Energia
Azul (AZUL4) anuncia acordo global com credores e apresenta plano revisado de reestruturação
Azul (AZUL4) qualifica acordo com credores como um passo significativo no âmbito do processo de recuperação judicial iniciado em julho nos Estados Unidos
