Shopee quer bater de frente com Mercado Livre e Amazon no Brasil — mas BTG faz alerta
O banco destaca a mudança na estratégia da Shopee que pode ser um alerta para as rivais — mas deixa claro: não será nada fácil
A Shopee é velha conhecida do público por “democratizar luxos”. Lá você encontra réplicas de roupas da Zara, bolsas da Prada, tênis da Adidas, além de objetos com aspecto elegante para a casa e uma infinidade de outros produtos.
Tudo mais barato e com apelo ao consumidor, que pode jogar jogos no aplicativo para conseguir ainda mais descontos.
- E MAIS: Especialistas revelam os ativos mais promissores do mercado para investir ainda hoje; confira aqui
Isso fez com que a marca se fortalecesse no imaginário dos brasileiros, mas não poupou a empresa dos desafios de ter que combinar crescimento e a pressão para melhorar a rentabilidade, como visto em muitos pares globais de tecnologia.
Mas, de acordo com um relatório do BTG Pactual, uma estratégia que a plataforma chinesa aplicou no Sudeste Asiático parece estar surtindo efeito: observar como outros resolveram problemas existentes e, em seguida, construir um sistema para superar essas questões.
E isso pode se tornar um problema para o Mercado Livre e a Amazon no Brasil.
O crescimento da Shopee
Recentemente, a empresa asiática acelerou a expansão do Valor Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês), métrica que mede o desempenho do varejo online.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
De acordo com as estimativas do BTG Pactual, esse valor chegou a R$ 50 bilhões no ano passado, mostrando um foco crescente em melhorar os níveis de serviço e aumentar seu ticket médio. Fora isso, a Shopee já é a maior plataforma de e-commerce e aplicativo em audiência, apenas atrás da Mercado Livre.
O banco também destaca os esforços da empresa em migrar para um estilo de plataforma mais focado no modelo Business to Customers (B2C), voltado para o consumidor final.
Isso porque a varejista de Cingapura começou com um marketplace no qual pequenos negócios e usuários poderiam vender entre si (Customers to Customers, C2C).
Essa transição busca melhorar o ticket médio da plataforma, que hoje gira em torno de US$ 5. E é justamente aí que mora a potencial ameaça ao Mercado Livre. Porém, o BTG destaca que isso não será uma tarefa fácil.
Isso porque, segundo o banco, embora a Shopee tenha obtido um enorme sucesso vendendo itens de baixo ticket médio, aspectos como qualidade dos produtos, atendimento ao cliente, velocidade de entrega e pacotes promocionais representarão desafios para retenção e crescimento de clientes.
Outro desafio é a operação da Shopee no Brasil, que precisaria desenvolver uma estrutura logística mais robusta em um território de dimensões continentais.
Para enfrentar isso, a empresa inaugurou, em meados de 2024, seu primeiro centro de distribuição no país. A estrutura se soma a uma rede já formada por 11 centros de cross-docking, cerca de 150 hubs regionais e o apoio de aproximadamente 20 mil transportadoras terceirizadas.
Se cuida, Mercado Livre?
Em 2021, apenas dois anos após sua chegada ao Brasil, a Shopee conquistou a liderança entre os aplicativos de compras mais baixados no país.
A plataforma atraiu a atenção dos consumidores ao apostar em uma abordagem inovadora no e-commerce, marcada por mini-jogos dentro do aplicativo, oferecendo cupons para usuários vencedores.
Mas, após registrar perdas acima do esperado e suspender suas projeções globais para o comércio eletrônico em 2022, a Sea Limited — controladora da Shopee — anunciou a saída da Argentina e a redução das operações no México, na Colômbia e no Chile.
No Brasil, a operação foi mantida, mas a empresa elevou as taxas cobradas dos vendedores como parte de uma estratégia para aumentar a rentabilidade.
E a taxação das comprinhas?
A tributação sobre compras internacionais tem ganhado protagonismo nos debates globais nos últimos trimestres. Nos Estados Unidos, o governo pôs fim, neste ano, à regra conhecida como “de minimis”, que isentava de impostos as remessas com valor inferior a US$ 800.
No Brasil, o Congresso aprovou e o presidente sancionou, no ano passado, o fim da isenção para produtos importados de até US$ 50.
Com isso, passou a vigorar uma alíquota de 20% de imposto de importação sobre esse tipo de remessa, além do ICMS estadual de 17%. Mais recentemente, dez estados elevaram o ICMS para 20%, o que passou a valer nesta terça-feira (1).
A ofensiva tributária não se limitou ao aumento de impostos. O governo federal também ampliou os mecanismos de rastreamento de encomendas internacionais, intensificando a fiscalização de pacotes que chegam ao país.
Apesar do impacto das novas regras, plataformas como a Shopee tentam minimizar os efeitos junto aos consumidores. Segundo a empresa, cerca de 90% dos vendedores que operam no marketplace são brasileiros, e 80% dos produtos disponíveis são fabricados no Brasil.
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
