🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Atualmente, está baseada em Paris, onde faz mestrado em comunicação e mídias digitais na Sorbonne e cobre temas como luxo, turismo e arte.

TOMA LÁ, DÁ CÁ

Quem vence o ‘cabo de guerra’ das commodities: setor alimentício ou agronegócio? BTG elege as 4 ações que podem sair vencedoras dessa batalha 

Após um período de preços baixos das commodities agrícolas, o banco vê uma inversão no cenário a partir de 2025

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
30 de janeiro de 2025
16:31 - atualizado às 15:44
cabo de guerra commodities agrícolas agronegócio setor alimentício agro fazenda
Cabo de guerra, com o fundo de uma fazenda. - Imagem: Canva | Montagem: Maria Eduarda Nogueira

As empresas de alimentação e bebidas e as companhias do agronegócio vivem um cabo de guerra quando o assunto é o preço das commodities agrícolas

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em uma dinâmica de “toma lá, dá cá”, é quase impensável que elas possam ter boas performances simultaneamente. 

Isso acontece porque, quando o preço das commodities está alto, os negócios do agro tendem a ter margens mais elevadas

Ao passo que, quando o cenário inverte e as commodities caem, são os players de alimentação e bebida que vivem tempos de glória, pois se beneficiam de custos de insumos mais baixos e podem trabalhar com margens mais altas. 

Os analistas do BTG Pactual consideraram justamente essa dinâmica “inversamente proporcional” em um novo relatório que discute as projeções para esses setores em 2025. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em suma, 2023 e 2024 foram anos fortes para as margens de alimentos e bebidas, devido à estabilização dos preços dos grãos, mas isso ocorreu “às custas” de menor lucratividade para as companhias agrícolas.

Leia Também

Já 2025 deve ser um ano de transição, em que os produtores de commodities devem ser favorecidos em detrimento do setor de alimentos e bebidas

Quais são as top picks do BTG?

Considerando esse cenário, o banco tem algumas “favoritas” entre as principais empresas desses segmentos, que podem se beneficiar dessa mudança de força no “cabo de guerra” entre o agro e os alimentos/bebidas. São elas:

  • 3tentos (TTEN3); 
  • SLC Agrícola (SLCE3);
  • São Martinho (SMTO3); e 
  • JBS (JBSS3).

“Cada uma oferece uma combinação atraente de balanços sólidos, potencial de crescimento, valuations atrativos e, mais importante, um perfil de risco-retorno favorável com base nas tendências de preços esperadas de seus principais produtos”, escreveram os analistas. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale destacar que a JBS é a única ação recomendada pelo BTG no setor de alimentos e bebidas. O balanço robusto e alta capacidade de geração são pontos que justificam a recomendação, mesmo com as margens operacionais mais baixas no segmento de aves.

Os analistas também se aprofundaram um pouco mais em cada um dos setores ligados à indústria alimentícia. 

Proteínas: tudo que é bom, um dia acaba

O setor de proteínas mostrou uma resiliência notável no mercado de ações brasileiras nos últimos tempos.

Os players que mexem com aves vivem um ciclo que, para o BTG, é “nada menos do que excepcional”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, uma hora ou outra, esse momento de prosperidade vai acabar. Na verdade, os analistas já veem uma reversão de tendência, conforme a produção aumenta significativamente no Brasil e nos Estados Unidos e os preços de exportação de aves ficam menores.

Quem deve sentir as consequências são as maiores players do setor. Para 2025, as projeções de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) são menores para a JBS e para a BRF (e, consequentemente, para a Marfrig).

Mudando para a carne bovina, os frigoríficos brasileiros também desfrutaram de margens fortes em 2024. Mas a fase de retenção esperada para 2025 (em que o foco é reprodução e aumento do rebanho, não o abate) deve pressionar as margens.

"Olhando para o futuro, o setor de proteínas parece estar em uma encruzilhada. Segmentos que tiveram um desempenho excepcionalmente bom agora estão mudando, enquanto os desafios no mercado de carne bovina dos EUA persistem”, concluem os analistas. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bebidas e alimentação: dificuldade de aumentar o preço 

As empresas de alimentos e bebidas foram extremamente favorecidas pela queda dos preços das commodities, conforme a dinâmica de mercado explicada no começo deste texto. 

O BTG acompanha de perto duas companhias, que têm recomendação neutra: a Ambev (ABEV3) e a M. Dias Branco (MDIA3).

O problema que ambas enfrentam em um ciclo de alta das commodities é a falta de poder de precificação, o que as impede de repassar os aumentos nos custos dos insumos para os consumidores. 

A Ambev viu o crescimento do mercado “estagnar”, com o consumo de cerveja estabilizando em 72 litros por ano (patamar semelhante ao de países desenvolvidos). Paralelamente, concorrentes como o Grupo Petrópolis e a Heineken impedem a companhia de aumentar os preços. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já M. Dias Branco perdeu participação de mercado e tem um portfólio de produtos de baixo valor agregado (biscoitos, farinha, macarrão), que a deixam com poder de precificação quase nulo.

"Com a alta dos preços das commodities, esperamos que as margens permaneçam sob pressão, particularmente se a MDB tentar recuperar a participação de mercado perdida, ficando atrás dos concorrentes nos aumentos de preços, comprimindo ainda mais as margens nesse processo”, diz o relatório. 

Agronegócio: ‘refém’ da oferta

A indústria do agronegócio é totalmente dependente dos preços das commodities. 

Acontece que, diferentemente de outros setores, como metais e petróleo, os preços das commodities agrícolas são quase inteiramente “reféns” da oferta, que, neste caso, é influenciada por fatores imprevisíveis como clima, decisões de plantio dos agricultores e até mesmo guerras. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após um rali notável entre 2020 e 2022, os preços desses produtos tiveram uma correção severa e permanecem em níveis baixos. 

No entanto, os analistas do BTG preveem um cenário mais favorável para as commodities no futuro próximo. Com isso, duas empresas podem ser favorecidas: a SLC Agrícola e a 3Tentos, que estão entre as top picks do banco. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

MATILHA CRESCENDO

Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP

10 de dezembro de 2025 - 18:46

A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove

SOCORRO A CAMINHO

Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal

10 de dezembro de 2025 - 16:54

Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro

CONSTRUINDO VALOR AO ACIONISTA

Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?

10 de dezembro de 2025 - 14:58

A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)

ALÔ, ACIONISTAS

Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança

10 de dezembro de 2025 - 13:32

A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil

EMPREENDEDORISMO

Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento

10 de dezembro de 2025 - 12:56

No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados

ADEUS, PENNY STOCK

Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?

10 de dezembro de 2025 - 9:57

Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização

ESTÁ DECIDIDO

Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos

10 de dezembro de 2025 - 9:01

O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual

GRANA NO BOLSO

Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos

9 de dezembro de 2025 - 20:28

Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento

PIOR QUE A ENCOMENDA

Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação

9 de dezembro de 2025 - 18:51

O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano

INCERTEZAS

Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master

9 de dezembro de 2025 - 16:03

Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure

SOB PRESSÃO

Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso

9 de dezembro de 2025 - 15:11

A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão

VOO AOS STATES

Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda

9 de dezembro de 2025 - 13:42

Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta

DIVIDENDOS NO BOLSO

Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas

9 de dezembro de 2025 - 13:06

O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões

DO LIVRO AO LIVE COMMERCE

Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento

9 de dezembro de 2025 - 7:11

Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista

ATE

Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)

8 de dezembro de 2025 - 19:52

A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados

ESTÁ NA VITRINE

Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas

8 de dezembro de 2025 - 16:15

A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos

QUAL É A FAVORITA

Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB? 

8 de dezembro de 2025 - 15:23

Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um

OPERAÇÃO LIBERADA

Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas

8 de dezembro de 2025 - 14:23

A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024

POTENCIAL ROXO

Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação

8 de dezembro de 2025 - 13:41

“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar