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Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Atualmente, está baseada em Paris, onde faz mestrado em comunicação e mídias digitais na Sorbonne e cobre temas como luxo, turismo e arte.

TOMA LÁ, DÁ CÁ

Quem vence o ‘cabo de guerra’ das commodities: setor alimentício ou agronegócio? BTG elege as 4 ações que podem sair vencedoras dessa batalha 

Após um período de preços baixos das commodities agrícolas, o banco vê uma inversão no cenário a partir de 2025

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
30 de janeiro de 2025
16:31 - atualizado às 15:44
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Cabo de guerra, com o fundo de uma fazenda. - Imagem: Canva | Montagem: Maria Eduarda Nogueira

As empresas de alimentação e bebidas e as companhias do agronegócio vivem um cabo de guerra quando o assunto é o preço das commodities agrícolas

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Em uma dinâmica de “toma lá, dá cá”, é quase impensável que elas possam ter boas performances simultaneamente. 

Isso acontece porque, quando o preço das commodities está alto, os negócios do agro tendem a ter margens mais elevadas

Ao passo que, quando o cenário inverte e as commodities caem, são os players de alimentação e bebida que vivem tempos de glória, pois se beneficiam de custos de insumos mais baixos e podem trabalhar com margens mais altas. 

Os analistas do BTG Pactual consideraram justamente essa dinâmica “inversamente proporcional” em um novo relatório que discute as projeções para esses setores em 2025. 

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Em suma, 2023 e 2024 foram anos fortes para as margens de alimentos e bebidas, devido à estabilização dos preços dos grãos, mas isso ocorreu “às custas” de menor lucratividade para as companhias agrícolas.

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Já 2025 deve ser um ano de transição, em que os produtores de commodities devem ser favorecidos em detrimento do setor de alimentos e bebidas

Quais são as top picks do BTG?

Considerando esse cenário, o banco tem algumas “favoritas” entre as principais empresas desses segmentos, que podem se beneficiar dessa mudança de força no “cabo de guerra” entre o agro e os alimentos/bebidas. São elas:

  • 3tentos (TTEN3); 
  • SLC Agrícola (SLCE3);
  • São Martinho (SMTO3); e 
  • JBS (JBSS3).

“Cada uma oferece uma combinação atraente de balanços sólidos, potencial de crescimento, valuations atrativos e, mais importante, um perfil de risco-retorno favorável com base nas tendências de preços esperadas de seus principais produtos”, escreveram os analistas. 

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Vale destacar que a JBS é a única ação recomendada pelo BTG no setor de alimentos e bebidas. O balanço robusto e alta capacidade de geração são pontos que justificam a recomendação, mesmo com as margens operacionais mais baixas no segmento de aves.

Os analistas também se aprofundaram um pouco mais em cada um dos setores ligados à indústria alimentícia. 

Proteínas: tudo que é bom, um dia acaba

O setor de proteínas mostrou uma resiliência notável no mercado de ações brasileiras nos últimos tempos.

Os players que mexem com aves vivem um ciclo que, para o BTG, é “nada menos do que excepcional”. 

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Mas, uma hora ou outra, esse momento de prosperidade vai acabar. Na verdade, os analistas já veem uma reversão de tendência, conforme a produção aumenta significativamente no Brasil e nos Estados Unidos e os preços de exportação de aves ficam menores.

Quem deve sentir as consequências são as maiores players do setor. Para 2025, as projeções de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) são menores para a JBS e para a BRF (e, consequentemente, para a Marfrig).

Mudando para a carne bovina, os frigoríficos brasileiros também desfrutaram de margens fortes em 2024. Mas a fase de retenção esperada para 2025 (em que o foco é reprodução e aumento do rebanho, não o abate) deve pressionar as margens.

"Olhando para o futuro, o setor de proteínas parece estar em uma encruzilhada. Segmentos que tiveram um desempenho excepcionalmente bom agora estão mudando, enquanto os desafios no mercado de carne bovina dos EUA persistem”, concluem os analistas. 

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Bebidas e alimentação: dificuldade de aumentar o preço 

As empresas de alimentos e bebidas foram extremamente favorecidas pela queda dos preços das commodities, conforme a dinâmica de mercado explicada no começo deste texto. 

O BTG acompanha de perto duas companhias, que têm recomendação neutra: a Ambev (ABEV3) e a M. Dias Branco (MDIA3).

O problema que ambas enfrentam em um ciclo de alta das commodities é a falta de poder de precificação, o que as impede de repassar os aumentos nos custos dos insumos para os consumidores. 

A Ambev viu o crescimento do mercado “estagnar”, com o consumo de cerveja estabilizando em 72 litros por ano (patamar semelhante ao de países desenvolvidos). Paralelamente, concorrentes como o Grupo Petrópolis e a Heineken impedem a companhia de aumentar os preços. 

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Já M. Dias Branco perdeu participação de mercado e tem um portfólio de produtos de baixo valor agregado (biscoitos, farinha, macarrão), que a deixam com poder de precificação quase nulo.

"Com a alta dos preços das commodities, esperamos que as margens permaneçam sob pressão, particularmente se a MDB tentar recuperar a participação de mercado perdida, ficando atrás dos concorrentes nos aumentos de preços, comprimindo ainda mais as margens nesse processo”, diz o relatório. 

Agronegócio: ‘refém’ da oferta

A indústria do agronegócio é totalmente dependente dos preços das commodities. 

Acontece que, diferentemente de outros setores, como metais e petróleo, os preços das commodities agrícolas são quase inteiramente “reféns” da oferta, que, neste caso, é influenciada por fatores imprevisíveis como clima, decisões de plantio dos agricultores e até mesmo guerras. 

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Após um rali notável entre 2020 e 2022, os preços desses produtos tiveram uma correção severa e permanecem em níveis baixos. 

No entanto, os analistas do BTG preveem um cenário mais favorável para as commodities no futuro próximo. Com isso, duas empresas podem ser favorecidas: a SLC Agrícola e a 3Tentos, que estão entre as top picks do banco. 

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