🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Tatiana Vaz

DE OLHO NELAS

Private Equity em 2025: quais tipos de empresas estão na mira de investimentos dos gestores da Spectra, Advent e Warburg

Henrique Muramoto, head da Warburg Pincus no Brasil, Ricardo Kanitz, sócio fundador da Spectra Investimentos, e Wilson Rosa, diretor de operações da Advent, responderam a essa pergunta durante o evento da UBS

Tatiana Vaz
29 de janeiro de 2025
15:17 - atualizado às 15:22
Imagem: Pexels

Já não há dúvida no mercado de que o cenário macroeconômico será desafiador em 2025. Mas, como também já é sabido para quem investe em um país marcado por crises, é em tempos mais nebulosos que oportunidades de novos caminhos surgem. E é nesta linha de pensamento que seguem agora alguns dos maiores investidores de private equity do mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tá bem, mas em busca de quais tipos de empresas e outros ativos esses gestores estão neste momento?

Henrique Muramoto, head da Warburg Pincus no Brasil, Ricardo Kanitz, sócio fundador da Spectra Investimentos, e Wilson Rosa, diretor de operações da Advent, responderam a essa pergunta durante evento promovido pela UBS na manhã desta quarta-feira (29) em São Paulo.

Ainda que tenham suas particularidades, as três gestoras têm sob sua gestão bilhões de dólares que são dispostos em private equity de formatos, volumes e setores tão díspares quanto imóveis, empresas familiares e startups. E nenhuma delas parece preocupada com a falta de oportunidades que qualquer situação adversa trará ao país.

“Nos últimos quinze anos, vemos que as oportunidades se adaptam a qualquer grande mudança de cenário. Ainda há muito capital indo para venture capital, por exemplo, mas por outro lado há uma miríade de segmentos, dentro do micro, com oportunidades muito interessantes”, afirmou Kanitz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma dessas oportunidades, apontam os gestores, é investir em empresas de tecnologia, em especial as de software, que estão com boa liquidez e, principalmente, fornecem soluções para clientes de nichos, que são outras empresas segmentadas. O potencial de crescimento de negócios destas fabricantes de software para B2B, afirmam, é imenso.

Leia Também

“Temos em nossa carteira empresas líderes de softwares para conversão de WhatsApp para vendas, setor de turismo e em outros segmentos bem nichados… portanto, são empresas que perdem poucos clientes porque eles dependem dela e vemos um crescimento exponencial muito grande nesses tipos de ativos”, contou Muramoto.

O crescimento e dependência da tecnologia pelos brasileiros, tantos pelos consumidores como pelos negócios, potencializa a confiança de investir em ativos do tipo. “Também é uma forma de diluir o impacto da valorização cambial em empresas que crescem bem e organicamente e  que podem gerar retorno em dólar para nossos clientes adequados para investimentos em private equity”, diz ele. 

Seguros, empresas de serviços, empresas que são líderes em seus setores que atuam muito via M&A, também estão no portfólio da Warburg. “Mas, como falei, software, tecnologia e dados são o nosso alvo principal hoje”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tanto Advent quanto Spectra concordam com essa estratégia e admitem ter em suas carteiras ativos similares, até como proteção, pensando em empresas que vão se valorizar mais do que o mercado, independentemente do que aconteça no ambiente macro.

A avaliação dessas empresas, enfatiza Kanitz, leva em conta principal o ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), a maneira como é gerado caixa com a venda de software para segmentos de agências de viagens, mecânicos e educação, por exemplo.

Private Equity: prioridades do mercado secundário

Ainda no mercado secundário de private equity, de compra de participação em companhias, os três gestores acreditam que há sim boas oportunidades, principalmente em empresas que já estavam bem preparadas em liquidez para atravessar o momento atual.

Em um período em que empresas brasileiras bateram recordes de emissões de dívidas, novos investimentos podem ser feitos por esses fundos em negócios que mostram resiliência e um olhar mais estratégico no cenário atual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Porque, pensando racionalmente, talvez este pode ser um bom momento, por exemplo, para abrir unidade em lugares que eram desejados, mas eram caros. Ou para comprar rivais ou até expandir a produção de algo que já se provou rentável.

“Claro que, o que temos em comum para todos os negócios que investimos hoje é a cautela. Se for possível esperar para fazer novos investimentos em seis meses, esperamos. Mas ainda assim sempre com decisões pensadas para acelerar o crescimento”, disse Wilson, da Advent.

Os três também falaram sobre o fato de alguns negócios terem colocado os pés no chão com relação aos seus valores reais.

Se antes, em 2021 e 2022, a euforia do mercado pós-pandemia muita gente fugiu da realidade com um otimismo exacerbado, o último ano foi de um tempo mais racional do ponto de vista tanto de investimentos quanto de auto reconhecimento. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque os fundadores de algumas dessas empresas, alvo de fundos de private, tendem naturalmente a encararem os próprios negócios sendo mais valorosos do que realmente são, até mesmo por olharem muito para dentro da operação e, algumas vezes, pouco para concorrência ou mudança de comportamento dos clientes. 

Agora, contou Muramoto, está mais palpável explicar para algumas delas que o foco não pode ser só crescer, é necessário pensar na rentabilidade, aliado ao futuro.

“Mas ainda temos alguns projetos no portfólio principalmente em 2025 que precisam encontrar melhorias no balanceamento entre crescimento e eficiência”, afirmou Muramoto.

“Acho que o mercado investiu muito com foco em crescimento a qualquer custo e essa não é a nossa filosofia. A nossa é o foco maior em rentabilidade e não só em crescimento”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há também outras regras na busca de ativos, no caso da Warburg, que quase não investe em empresas que não tem um ou mais compradores estratégicos para aquele mesmo ativo, assim como não focam em negócios que não contam com a participação acionária dos fundadores.

“Um dos aspectos é o alinhamento, temos que ver se há uma direção comum, ter isso muito bem conversado antes. Há negócios que deixamos de fazer por isso, porque falta pensarmos em uma estratégia conjunta”, afirmou Henrique.

Outros tipos de ativos: Search Funds em alta 

Ainda sobre os tipos de investimentos na carteira da Spectra, Kanitz falou da relevância que investimentos em Search Funds têm ganhado nos últimos dois anos.

Esses são tipos de negócios com potencial de crescimento, sejam familiares ou startups, que são geridos por jovens talentos, recém-formados em MBAs da Stanford ou outras universidades de peso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A busca por esses talentos se deve ao fato de que eles receberão da gestora um recurso para um, dois anos de salário, enquanto tocam o negócio que, se der fruto, seguirá sendo gerido por ele e recebendo investimentos do fundo.

Fora do país, conta o sócio-fundador da Spectra, esse tipo de investimento é muito comum e pelo retorno que tem dado tem muito o que crescer também no Brasil. “São empresas de seis vezes o ebitda, na média, que demandam aporte baixo, temos muita esperança de que isso é um setor interessante”.

Ele dá o seguinte exemplo: pense que você investiu em uma empresa que pode vir a ter US$ 5 bilhões de valor de mercado, mas no caminho você descobre que esse valor pode ser muito maior. Sendo que o risco pelo investimento sai muito em conta.

“Search funds é uma opção muito barata para se investir, basicamente o salário de duas pessoas. Na prática são dois anos de busca que serão a entrevista de emprego neste talento, sendo que você pode descobrir algo bem maior”, contou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A mesma linha de pensamento é hoje aplicada na busca por imóveis residenciais (de altíssimo padrão, no caso dos private equity). “A visão de valuation [para search funds] é parecida quando analisamos imóveis residenciais”, afirmou Kanitz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GOVERNANÇA

BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master

19 de novembro de 2025 - 13:13

Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado

TOUROS E URSOS #248

O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário

19 de novembro de 2025 - 12:49

Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras

A BATALHA DAS IAs

ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?

19 de novembro de 2025 - 11:01

A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa

PARCERIA INÉDITA

Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja

18 de novembro de 2025 - 19:42

Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia

CRISE BANCO MASTER

Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa

18 de novembro de 2025 - 19:12

A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master

O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA...

Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa

18 de novembro de 2025 - 18:02

Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master

MAIS UMA

Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações

18 de novembro de 2025 - 17:27

Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre

COLAPSO BANCÁRIO

A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro

18 de novembro de 2025 - 17:18

Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país

FRUTO DE ACORDO

Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master

18 de novembro de 2025 - 16:28

Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto

OPERAÇÃO COMPLIANCE ZERO

Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB

18 de novembro de 2025 - 13:56

De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília

GRUPO POLÊMICO

Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro

18 de novembro de 2025 - 13:34

O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento

FORA DO AR

Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)

18 de novembro de 2025 - 11:24

Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar

POLÊMICAS

Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui

18 de novembro de 2025 - 11:13

A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.

ENTENDA A OPERAÇÃO

BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta

18 de novembro de 2025 - 10:41

Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025

DEPOIS DE RECEBER PROPOSTA

Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição

18 de novembro de 2025 - 7:42

O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses

PROVENTOS À VISTA

Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)

17 de novembro de 2025 - 20:27

Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos

BALANÇO

XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25

17 de novembro de 2025 - 19:55

Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço

ESTILO REPAGINADO

Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios

17 de novembro de 2025 - 18:55

O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil

NÃO É HORA DE APOSTAR CONTRA

A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3

17 de novembro de 2025 - 18:17

Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro

HORA DE COMPRAR

JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações

17 de novembro de 2025 - 17:12

Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar