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Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

BALANÇO DAS VAREJISTAS 1T25

Magalu (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) devem ter resultados “decentes”, enquanto Mercado Livre (MELI34) brilhará (de novo)  

O balanço das varejistas nacionais no 1T25 pode trazer um fio de esperança para Magazine Luiza e Casas Bahia, que têm sofrido nos últimos trimestres

Bia Azevedo
Bia Azevedo
7 de maio de 2025
7:00 - atualizado às 16:11
Imagem: Montagem Seu Dinheiro

Se tem uma coisa de que os investidores não morrem hoje é de tédio. O Mercado Livre (MELI34) dá a largada na temporada de balanços do primeiro trimestre das varejistas nesta Super Quarta (7), depois do fechamento dos mercados. 

Logo depois vem o Magazine Luiza (MGLU3), que divulga seus resultados amanhã (8) também depois do fim das negociações. E, na semana que vem, dia 14, Casas Bahia (BHIA3)  publica os números referentes aos três primeiros meses do ano. 

Para esta safra, as expectativas são de resultados “decentes” para os players nacionais, como Magazine Luiza e Casas Bahia, depois de um ano fraco para o setor em 2024, de acordo com o BTG Pactual — embora as preocupações sobre o futuro da economia brasileira ainda estejam longe de sair do radar dos investidores. 

Cabe lembrar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual hoje, levando a taxa básica aos 14,75%, o maior nível desde julho de 2006. 

O BTG espera que a receita líquida do setor cresça 7% na comparação anual. Já o Ebitda (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) deve subir 13% — apoiado novamente por esforços de otimização de custos, preços mais racionais e alavancagem operacional. 

O lucro líquido deve crescer de R$ 27 milhões, no 1T24, para R$ 446 milhões, no 1T25. Mas, apesar da melhora em relação ao ano anterior, nem tudo são flores. 

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Para o banco, o grande desafio estará no e-commerce, que segue vivendo o dilema clássico: escolher entre crescimento e lucratividade. Duelo que deve pesar principalmente para varejistas que têm maior foco na comercialização de bens duráveis, com ticket alto. Ou seja, que dependem de crédito — é o caso de MGLU3 e BHIA3. 

Apesar disso, iniciativas das empresas, como aceleração no comércio de produtos de terceiros em suas plataformas, podem ajudar os números do trimestre. 

Já o Mercado Livre deve ser o grande destaque, como de costume. 

Veja abaixo o que esperar de cada uma das varejistas na temporada de resultados deste primeiro trimestre. 

Mercado Livre (MELI34)

De acordo com o Safra, o Mercado Livre ainda é o favorito e deve superar o desempenho do setor, apesar das “dores do crescimento”. Isso porque a empresa  continua a apresentar um desempenho excepcional — combinando rápido crescimento, ganhos de lucratividade e geração de caixa.

A receita líquida deve alcançar US$ 5,4 bilhões, um aumento de 25% em relação ao ano anterior, impulsionada por um crescimento de 21% no e-commerce e 29% na fintech. 

A margem operacional deve permanecer quase estável, com uma queda de 9 pontos-base, devido às despesas mais altas necessárias para sustentar o crescimento e maiores provisões no setor de fintech.

O Ebit (lucro antes de juros e impostos) está projetado em US$ 653 milhões, um aumento de 24% em relação ao ano passado. O lucro líquido deve totalizar US$ 408 milhões, com crescimento mais moderado de 19%.

O Santander também espera trimestre de sólido crescimento do volume de vendas (GMV, na sigla em inglês) em todas as geografias. Segundo o banco, essa linha do balanço deve chegar a US$ 13,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — uma alta de 16,8% em comparação com os US$ 11,3 bilhões no mesmo período de 2024.

Para o Mercado Pago, a projeção é de um crescimento de 27,2% na operação, com a receita prevista para atingir US$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, em comparação com US$ 1,8 bilhão no mesmo período de 2024.

Confira as estimativas compiladas pela Bloomberg para Mercado Livre no 1T25: 

  • Lucro líquido: US$ 429,4 milhões
  • Receita líquida: US$ 5,503 bilhões
  • Ebitda: US$ 804,88 milhões

Magazine Luiza (MGLU3) 

A expectativa do Safra é de uma melhoria contínua. De acordo com o banco, a empresa deve reportar R$ 9,6 bilhões em vendas no primeiro trimestre de 2025, com um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. 

Esse aumento deve ser impulsionado por um crescimento de 8% nas vendas físicas (B&M) e um desempenho positivo de 3P — a operação de marketplace, onde o Magazine Luiza vende produtos de terceiros em sua plataforma. 

Porém, o 1P (quando a empresa vende produtos próprios em estoque) segue sob pressão, com expectativa  de queda de 2% na base anual. Os bons resultados de 3P e B&M devem gerar um aumento de 40 pontos-base na margem bruta, o que resultará em uma melhoria da margem Ebitda, que deve atingir 7,8%.

Confira as estimativas compiladas pela Bloomberg para Magazine Luiza no 1T25: 

  • Lucro líquido ajustado: R$ 34,067 milhões
  • Receita líquida: R$ 9,607 bilhões
  • Ebitda: R$ 728,111 milhões

Casas Bahia (BHIA3)

Entre as empresas descritas nesta reportagem, Casas Bahia com certeza é a vista com maior cautela por parte do mercado. Porém, de acordo com as expectativas do Safra, pode ser que o primeiro trimestre traga sinais de esperança para a companhia. 

“Esperamos crescimento da receita e ganhos de margem sinalizando progresso na recuperação”, escreveram os analistas em relatório.

A expectativa para o primeiro trimestre de 2025 é de um crescimento de 4% na receita líquida da BHIA3, impulsionado por um aumento de 9% nas vendas em loja física e uma alta de 24% no desempenho de 3P, com um volume de vendas mais alto, maior variedade de produtos e mais vendedores em comparação ao 1T24. 

Esses fatores devem compensar a queda de 7% nas vendas de estoque próprio, que foram impactadas por ajustes na variedade e ofertas de crédito mais restritas. 

A margem bruta deve expandir em 40 pontos-base, impulsionada pela maior contribuição dos serviços, um mix de vendas melhorado e crescimento da receita. 

Combinada com maior eficiência, espera-se um aumento de 190 pontos-base na margem Ebitda ajustada, atingindo 8,0%, refletindo a recuperação após os impactos do 1T24. Apesar da melhora operacional, a empresa projeta um prejuízo líquido de R$ 417 milhões, devido às despesas financeiras mais altas.

Confira as estimativas compiladas pela Bloomberg para as Casas Bahia: 

  • Lucro líquido ajustado: prejuízo de R$ 415,75 milhões
  • Receita líquida: R$ 6,818 bilhões
  • Ebitda: R$ 540 milhões

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