Petrobras (PETR4): por que o aumento no preço do diesel é visto como uma oportunidade para a estatal, segundo o BofA
A expectativa é que o Conselho de Administração da companhia decida por um ajuste no preço do combustível após mais de um ano sem mudanças
A Petrobras (PETR4) não mexe no diesel há 399 dias. E a expectativa do mercado é de que a avaliação trimestral da política de preços dos combustíveis da estatal traga um novo reajuste após a primeira reunião do seu Conselho de Administração em 2025.
Na última segunda-feira (27), a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que os preços do diesel serão reajustados, embora não tenha especificado a magnitude do aumento. Em contrapartida, o preço da gasolina permanecerá inalterado.
Para os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Nicolas Barros do Bank of America (BofA), mais que uma mera decisão de preço, o ajuste no diesel também seria uma oportunidade.
A política de preços da Petrobras
É importante lembrar que, em maio de 2023, a Petrobras adotou uma nova política de preços.
Antes, a estatal adotava a “política de paridade de importação”, na qual os preços dos combustíveis no Brasil eram definidos com base no custo de importação, levando em conta o valor do dólar, o preço do petróleo e os custos de transporte e seguros.
Leia Também
Essa estratégia favoreceu os importadores, permitindo-lhes competir com a Petrobras, que detém a maior parte do mercado. Para a companhia, essa política também era vantajosa, pois o custo de produção nas refinarias era mais baixo que o de importação.
No entanto, em maio de 2023, a Petrobras alterou sua política de preços, em resposta às diretrizes do governo de tentar reduzir os preços dos combustíveis.
De acordo com a companhia, a nova abordagem define os preços para as distribuidoras dentro de um intervalo, considerando o valor máximo que um comprador estaria disposto a pagar e o valor mínimo que a Petrobras pode cobrar para manter sua rentabilidade.
Reajuste no diesel é positivo?
A decisão, de acordo com o BofA, poderia aliviar “as preocupações sobre governança corporativa e sobre o impacto negativo no fluxo de caixa livre gerado por um amplo desconto no PPI [preços de paridade de importação]”.
Em relatório, o BofA destaca o recente aumento dos preços do petróleo e dos combustíveis no mercado internacional. Desde outubro de 2024, o preço do barril de petróleo subiu 17%, enquanto o diesel subiu 21%, e a gasolina, 13%, todos os valores em reais.
Como isso, a diferença entre os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras e o PPI vinha aumentando, com descontos de 11,2% no diesel e 4,5% na gasolina.
No entanto, a recente valorização do real, que passou de R$ 6,20 para abaixo de R$ 5,90, juntamente com a queda no preço do petróleo após declarações políticas nos Estados Unidos e um cessar-fogo no Oriente Médio, contribuíram para diminuir essa disparidade.
A estimativa do Bank of America é de que cada ponto percentual de desconto em relação à PPI resulte em um impacto negativo de US$ 250 milhões no fluxo de caixa livre da Petrobras, além de uma diminuição nos dividendos de cerca de US$ 120 milhões.
E MAIS: Hoje é dia de Super Quarta – veja como as decisões do Copom e Fed podem mexer com seus investimentos
Uma oportunidade para a Petrobras
Diante desse cenário, os analistas do BofA avaliam que o possível ajuste reforça a perspectiva favorável do banco em relação às ações da Petrobras, ajudando a “aliviar as preocupações sobre governança corporativa, preços dos combustíveis e dividendos".
“Reconhecemos que esta semana marca uma oportunidade importante para a Petrobras mais uma vez mostrar melhorias na frente de governança corporativa”, afirma.
O banco reiterou a recomendação de compra para as ações da estatal, ressaltando a forte geração de caixa da estatal e suas perspectivas de retornos atrativos no curto prazo.
O BofA enxerga as ações sendo negociadas a 3,0x EV/EBITDA 2025 em 2026.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
