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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

FICOU NO ESCURO?

Petrobras (PETR4) não aceita ficar de fora das negociações de Nelson Tanure sobre o controle da Braskem (BRKM5) — e vai ao Cade questionar

Uma das maiores acionistas da petroquímica, a Petrobras recorreu ao Cade para garantir sua participação ativa nas negociações, segundo informações do InvestNews

Camille Lima
Camille Lima
24 de julho de 2025
9:18 - atualizado às 9:19
Petrobras (PETR4) sobre a proposta de Nelson Tanure pelo controle da Braskem (BRKM5).
Petrobras (PETR4) sobre a proposta de Nelson Tanure pelo controle da Braskem (BRKM5). - Imagem: Divulgação/Reprodução/Montagem Seu Dinheiro

Ninguém sabe ao certo o que Nelson Tanure colocou na mesa na proposta pelo controle da Braskem (BRKM5) — e, ao que tudo indica, até a Petrobras (PETR4) ficou no escuro. Uma das maiores acionistas da petroquímica, a estatal recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para garantir sua participação ativa nas negociações. As informações são do InvestNews.

De acordo com o site, a estatal não foi formalmente informada sobre a operação e sequer teve acesso aos documentos do negócio. 

Aliás, a petroleira só teria tomado conhecimento da proposta de Tanure após a divulgação do fato relevante enviado pela Braskem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em meio aos rumores que circulavam no mercado. 

Agora, a Petrobras pede ao Cade que seja reconhecida como "parte interessada", garantindo o direito de participar ativamente do processo, acessar os documentos e se manifestar oficialmente sobre os termos da transação.

Atualmente, a Petrobras detém 36,1% do capital total da Braskem e cerca de 47% das ações com direito a voto. 

Além disso, a estatal tem um rigoroso acordo de acionistas que lhe confere o direito de preferência sobre qualquer proposta para a fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na petroquímica.

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A movimentação da Petrobras no Cade ocorre menos de uma semana após a aprovação da proposta de Tanure pelo regulador antitruste, sem impor restrições. 

No entanto, o regulador deixou claro que o negócio só poderá avançar se Tanure cumprir as obrigações da Novonor no acordo de acionistas com a Petrobras e obter êxito nas negociações com os bancos credores da antiga Odebrecht, que detêm ações da Braskem como garantias a dívidas de cerca de R$ 15 bilhões.

O que diz a Petrobras (PETR4) sobre a proposta de Tanure pelo controle da Braskem (BRKM5)

No documento enviado ao Cade, segundo o InvestNews, a Petrobras (PETR4) afirma que é inegável que o objetivo do empresário é a transferência de controle da própria Braskem. 

Ao que se sabe até agora, Tanure pretende adquirir, de forma indireta, a participação da Novonor na Braskem — que detém 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da empresa. 

Em vez de comprar diretamente as ações da Braskem no mercado, Tanure planeja adquirir as ações da NSP Investimentos, a holding que detém a participação da Novonor, por meio do seu fundo Petroquímica Verde.

Na prática, a mudança de controle ocorreria na camada superior, afetando a controladora da Braskem, e não a própria petroquímica. Isso explicaria a falta de intenção de Tanure de oferecer o benefício do tag along ou de realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) aos acionistas minoritários.

“Trata-se de operação cujo objeto é claramente o controle da Braskem, ainda que formalmente se declare como aquisição da NSP”, afirmou a petroleira, na petição.

Além disso, a Petrobras argumenta que a proposta de Tanure não apresenta elementos vinculantes, o que também contraria as determinações do acordo de acionistas na Braskem. 

A petroleira também solicitou ao Cade a reabertura do prazo legal para apresentação de recursos, uma vez que não teve acesso à proposta de Tanure antes da aprovação do regulador.

Isso porque a aprovação do Cade se torna definitiva após 15 dias, caso não haja manifestação pelo tribunal do Cade ou recursos por terceiros interessados.

O objetivo da Petrobras é garantir o direito de se manifestar caso o negócio viole o acordo societário com a Novonor, especialmente considerando o impacto que a transação pode ter sobre os termos do acordo e a futura governança da Braskem.

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