Parceira do Uber compra a Kovi: os planos da Moove para aumentar receita e presença internacional
A transação, que ainda precisa da bênção do Cade, não teve o valor revelado, mas foi feita integralmente com troca de ações; saiba o que acontece com as empresas a partir de agora
Você certamente já se deparou com carros de aplicativo com adesivo vermelho na traseira — a maneira que a Kovi encontrou para identificar seus veículos não só chama atenção de quem usa o serviço como também de outras empresas do setor. Prova disso é que a startup brasileira acaba de ser comprada pela Moove, a parceira da Uber.
O valor do negócio não foi revelado, mas a Moove — fintech africana especializada em financiamento de frotas de aplicativo de transporte — diz que a compra foi feita por meio de troca de ações, tornando a Kovi uma das suas subsidiárias.
A transação, que ainda precisa passar pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), não vai tirar os carros com adesivos vermelhos na traseira de circulação.
Com a venda para a Moove, a Kovi segue operando sob a própria marca no Brasil e no México, e o time de gestão continua à frente do negócio.
Mas, evidentemente, não foi o marketing visual nos carros da Kovi que chamou a atenção da Moove. Com a aquisição, a empresa passa a incorporar o software de internet das coisas (IoT) da startup brasileira e um algoritmo que monitora o comportamento dos motoristas parceiros.
"A Kovi construiu um negócio impressionante com forte domínio no mercado brasileiro, conhecido por ser um dos mais dinâmicos do mundo. Suas tecnologias avançadas serão utilizadas em nosso portfólio para podermos focar ainda mais em segurança, eficiência e inovação com o uso da IA", afirmou Ladi Delano, co-fundador e co-presidente da Moove.
Leia Também
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
Mas essa é só uma parte da estratégia da Moove ao comprar a Kovi. Os planos da Moove vão além do acesso à tecnologia.
Os planos da Moove com a compra da Kovi
Cálculos da Bloomberg mostram que a compra da Kovi pela Moove colocaria a startup avaliada em US$ 750 milhões (R$ 4,4 bilhões) entre as três maiores operadoras e financiadoras de veículos de apps de carona do mundo em receita.
Com o negócio anunciado hoje, o grupo conseguirá expandir a frota para 36 mil veículos e aumentará a receita recorrente para US$ 275 milhões, de acordo com Delano. A ideia do executivo é conseguir expandir a frota em 15 mil veículos anualmente.
“Essa transação é um passo importante na nossa estratégia de construir a maior frota global de mobilidade compartilhada”, disse Delano ao site norte-americano Tech Crunch.
A aquisição também reforça os planos de expansão internacional da Moove, que já tem operações na Europa, no Oriente Médio e na Índia. A companhia também já iniciou operações na Colômbia e no México, onde pretende expandir sua frota.
Recentemente, a empresa anunciou também uma parceria com a Waymo para gerenciar e despachar veículos autônomos, começando por Phoenix, nos EUA.
- E MAIS: Hoje é dia de Super Quarta – veja como as decisões do Copom e Fed podem mexer com seus investimentos
Mas, afinal, quem são essas empresas?
A Moove foi fundada na Nigéria em 2020, com apenas 76 carros. Hoje, a empresa se tornou a principal fornecedora de financiamento de carros para motoristas da Uber, com mais de 50 milhões de viagens na plataforma.
- Vale lembrar que o Brasil é o segundo maior mercado global da Uber e São Paulo é uma das cidades que mais pede corridas por aplicativo no País.
A companhia captou mais de US$ 500 milhões com investidores como BlackRock, Mubadala, Franklin Templeton, Janus Henderson e International Finance Corporation (IFC).
Em comunicado, Adhemar Milani Neto, CEO da Kovi, afirmou que acredita no potencial do negócio.
“Conheço os fundadores da Moove há anos e sempre admirei como escalaram o negócio na África. Agora, juntos, podemos construir uma empresa global de mobilidade sem precedentes”, disse.
Milani é fundador da Kovi junto com João Costa. A ideia dos ex-executivos da 99 era que a startup, lançada em 2018, acabasse com a dificuldade de se encontrar um carro de aplicativo para ir ao trabalho.
Por isso, a Kovi nasceu baseada em um modelo de contratos flexíveis, taxas reduzidas e opção de pagamento por quilômetro rodado.
Depois de captar mais de US$ 100 milhões junto a fundos como Valor Capital e Monashees e expandir operações para o México, a startup esbarrou nos desafios para crescer com recursos próprios — o último aporte público aconteceu em 2021, quando levantou US$ 104 milhões para financiar a expansão na América Latina.
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia