Oncoclínicas (ONCO3) interrompe sequência de perdas e dispara na bolsa hoje; entenda o que mudou o humor dos investidores
Na avaliação do Safra, a transação foi estratégica, porém a alta alavancagem continua sendo um problema para a companhia
Nem mesmo a venda do Hospital de Oncologia do Méier (Marco Moraes), avaliada como positiva pelos analistas, foi capaz de animar os investidores com a Oncoclínicas (ONCO3) ontem. Porém, nesta quarta-feira (27), as ações finalmente voltaram a brilhar, interrompendo uma sequência de quedas em dez pregões seguidos.
Por volta de 10h33 (horário de Brasília), ONCO3 tinha alta de 9,03%, a R$ 3,14, figurando como a segunda ação com melhor desempenho entre os papéis negociados na B3. Já às 12h30, os papéis perdiam o fôlego, apesar de ainda registrarem ganhos de 5,56%, negociados a R$ 3,04.
A recuperação do bom humor dos investidores acontece após o anúncio de uma outra venda. A empresa alienou 84% de sua participação no capital social do Complexo Hospitalar Uberlândia (UMC), hospital de alta complexidade localizado na cidade de Uberlândia (MG), por R$ 160 milhões.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oncoclínicas revelou que o valor será pago por meio da assunção de endividamento e obrigações relacionados ao UMC pelo comprador.
Como parte da transação, a empresa e o UMC também entrarão em um acordo comercial de longo prazo, no qual as partes vão compartilhar os resultados da operação de oncologia que ocorrer no hospital.
A Oncoclínicas ainda informou que o comprador é um dos fundadores do UMC e faz parte do grupo de acionistas minoritários da companhia no hospital.
Leia Também
“Essa transação se alinha ao objetivo estratégico de desinvestimento em operações non-core a fim de reduzir alavancagem financeira, aumentar sua rentabilidade, diminuir exposição às operações não oncológicas e otimizar sua dinâmica de geração de caixa, ao mesmo tempo em que mantém presença na oncologia hospitalar, mas sem alocação de capital relevante”, afirma a empresa em documento.
- SAIBA MAIS: O CIO da Empiricus, Felipe Miranda, liberou gratuitamente a série Palavra do Estrategista, que reúne suas melhores ideias; acesse
A venda na visão do Safra
Na avaliação do Safra, a transação foi estratégica. Porém, os analistas destacam que o valor implícito por leito (EV/leito) é de aproximadamente R$ 0,8 milhão, bem abaixo da média de R$ 1,5 milhão de negócios hospitalares no Brasil.
Além disso, a operação também tem baixo impacto na alavancagem.
“Para a Oncoclínicas, a transação reduz a dívida líquida de R$ 3,922 bilhões para R$ 3,762 bilhões, diminuindo a alavancagem de 4,4 vezes dívida líquida/Ebitda no segundo trimestre de 2025 para pelo menos 4,2 vezes”, afirma o Safra em relatório.
“Esse índice pode melhorar ainda mais, dependendo de quão negativo era o Ebitda do hospital, o que acreditamos não ser insignificante”, acrescentaram os analistas.
- CONFIRA: O podcast Touros e Ursos leva analistas de investimentos para um bate-papo sobre mercado financeiro e oportunidades; veja agora
Hora de adicionar Oncoclínicas (ONCO3) na carteira?
O banco ainda mantém a recomendação de venda com preço-alvo de R$ 2, o que representa um potencial de desvalorização de 31% sobre o preço de fechamento de ontem (26).
Para o Safra, as ações ONCO3 estão caras em comparação aos concorrentes e os resultados operacionais permanecem instáveis, enquanto a empresa passa pelo processo de reestruturação.
A alta alavancagem também continua sendo um problema para a companhia mesmo com as vendas recentes, segundo os analistas.
Uma venda após a outra
O anúncio da venda do UMC ocorre apenas dois dias após a operadora de saúde Hapvida (HAPV3) adquirir o Hospital de Oncologia do Méier (Marco Moraes), da Oncoclínicas, por R$ 5,3 milhões.
O preço ainda será ajustado pela dívida líquida e capital de giro no fechamento do negócio.
O mercado avaliou a operação como um ‘ganha-ganha’ entre as partes: a Oncoclínicas deixa de queimar caixa à frente e a Hapvida amplia o portfólio de hospitais no Rio de Janeiro para seis unidades — além de um novo hospital greenfield a ser concluído até 2026.
*Com informações do Money Times e do Estadão Conteúdo.
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)