Negócio entre Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) naufraga, mas existe um lado positivo para o Santander
A futura MBRF anunciou que a venda de unidades no Uruguai para a rival foi cancelada devido a questões envolvendo o órgão antitruste uruguaio

Um “não” pode ser edificante e até benéfico em alguns casos, segundo o Santander, que considera positivo o fato de as negociações entre a Marfrig (MRFG3) e a Minerva (BEEF3) terem caído por terra.
Segundo comunicado da última sexta-feira (29), a futura MBRF anunciou que a venda de unidades no Uruguai para a rival foi cancelada, uma vez que não houve o cumprimento das condições suspensivas exigidas para a conclusão da operação dentro do prazo de dois anos.
O acordo, firmado em agosto de 2023, estabelecia a venda de ativos de abate de bovinos e ovinos para a Athn Foods, controlada da Minerva.
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Segundo o Santander, os obstáculos regulatórios tornam a aprovação improvável, algo levemente positivo para às empresas, dado que:
- Evita riscos antitruste para Minerva, preserva a flexibilidade do balanço e mantém espaço para potenciais dividendos extraordinários;
- E para Marfrig mantém exposição ao Uruguai, onde o ciclo favorável do gado e a possibilidade de ganhos adicionais com as tarifas impostas pelos EUA à carne bovina brasileira podem sustentar os resultados.
No geral, os analistas do banco seguem mais otimistas para Minerva, já que acreditam que o frigorífico se beneficiará por mais tempo do ciclo pecuário no Brasil, ao mesmo tempo em que continua reduzindo sua alavancagem. O Santander recomenda compra (outperform) para Minerva, com preço-alvo de R$ 7,10 (upside de 17,94%). Já para a Marfrig, a recomendação é de “market perform”, equivalente a neutra, com preço-alvo de R$ 20 (downside de 17,52%).
O acordo entre Minerva e Marfrig
No começo do ano, em fevereiro, a Minerva apresentou uma proposta revisada após a Coprodec (Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia) rejeitar a estrutura original do acordo em dezembro, devido a preocupações de concentração de mercado.
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O novo acordo envolvia a aquisição de três plantas, sendo uma delas (Colonia) revendida imediatamente para a Allana Group, uma empresa indiana de alimentos.
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Essa versão aumentaria a capacidade da Minerva no Uruguai em aproximadamente 35–40% (contra cerca de 55% na proposta inicial).
Apesar do ajuste, o risco de reprovação permaneceu elevado, já que a Minerva ainda controlaria mais de 30% do mercado. A decisão final da Coprodec poderia sair até setembro, mas a resistência regulatória sugere baixa probabilidade de aprovação.
Em comunicado enviado ao mercado, a Minerva afirmou que “discorda da alegação da Marfrig e entende que o contrato permanece em vigor”.
A companhia reforçou que a “Operação-Uruguai” ainda depende da aprovação da autoridade concorrencial local e que continua engajada para viabilizar o acordo. Em fevereiro deste ano, a Minerva apresentou um novo pedido de autorização à Coprodec para a aquisição das três unidades da Marfrig.
Uruguai está bem posicionado para atender os EUA
O processo de recomposição do rebanho no Uruguai aumentou a disponibilidade de animais, permitindo crescimento nos abates.
As margens dos frigoríficos se expandiram, mesmo com os preços do gado ainda elevados, apoiadas pelo cenário favorável de exportação de carne bovina.
Olhando para frente, o Uruguai está competitivamente posicionado para atender ao aumento da demanda de carne bovina nos EUA, especialmente após a imposição de tarifas norte-americanas sobre a carne brasileira.
“Com acesso a cotas mais favorável do que o Brasil e o Paraguai, o Uruguai deve se beneficiar de volumes de exportação mais robustos e preços médios mais altos”, apontam Guilherme Palhares e Laura Hirata.
*Com informações do Money Times
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