Na conta do Round 6, de Mike Tyson e da NFL: balanço da Netflix supera expectativas do mercado e ação dispara em NY
Número expressivo de novos assinantes ajudou a empresa a registrar lucro operacional recorde e receita 16% maior na comparação anual

Quem ficou de olho no índice Nasdaq ontem à noite, deve ter notado uma ação subindo expressivamente em pouco tempo. Era a Netflix (NFLX) na bolsa americana; NFLX34 na brasileira).
Os papéis chegaram a subir mais de 15% no after-market. Na abertura de hoje (22) do pregão em Nova York, as ações continuam no ritmo de alta, subindo mais de 12%. E o motivo para tanto otimismo foram os resultados da empresa no quarto trimestre de 2024.
Além de ter agradado bastante os acionistas, o balanço também superou as expectativas do mercado em diversos indicadores, incluindo a receita e o lucro por ação.
Para fechar a sequência de boas-novas, a empresa anunciou um novo programa de recompra de ações, no valor de US$ 15 bilhões, que pode também beneficiar os investidores.
- VEJA TAMBÉM: Bitcoin teria que chegar a US$ 5,4 milhões em 2025 para bater o potencial dessa outra criptomoeda de IA; entenda
Veja os principais números do balanço do 4T24 da Netflix a seguir.
Mais assinantes e mais lucro
Os cofres da Netflix não têm do que reclamar: a receita foi de US$ 10,2 bilhões, um número 16% maior do que o auferido no mesmo período de 2023, e lucro líquido totalizou US$ 1,8 bilhão (equivalente a US$ 4,27 por ação), 102% maior na comparação anual.
Leia Também
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Corrida Inteligente: 10 gadgets que realmente fazem a diferença em 2025
Tamanha bonança se deve ao fato de que a gigante do streaming conseguiu angariar um número significativo de assinantes líquidos, mesmo em um contexto de competição acirrada com outras plataformas, como HBO Max e Disney+.
Apenas no quarto trimestre, a companhia adicionou 18,91 milhões de assinantes, um número mais que duas vezes maior do que o consenso dos analistas, que projetavam adição de 9,18 milhões espectadores.
A Netflix fechou o ano com 301,63 milhões de usuários pagos, um aumento de 15,9% na comparação anual.
As vendas totalizaram US$ 39 bilhões no ano, também crescendo 15% em relação a 2023.
Além disso, a empresa conseguiu superar US$ 10 bilhões de lucro operacional pela primeira vez na história.
Vale lembrar que a plataforma já tem opção de plano com anúncios em diversos mercados. Tais opções de assinatura estão crescendo significativamente e já representam mais de 55% dos novos assinantes, nos locais onde esse tipo de plano está disponível. O total de usuários dessas modalidades de assinatura foi 30% maior em relação ao 3T24.
Na visão do analista Enzo Pacheco, responsável pela série MoneyBets da Empiricus Research, por ser dona da tecnologia de ads, a Netflix consegue entregar insights mais bem apurados para os anunciantes, “incluindo disponibilidade de programação, uma maior capacidade de aprimoramento do público-alvo e métricas adicionais para avaliação e mensuração das campanhas.”
Somado a isso, a empresa também pode continuar tentando monetizar melhor quem não quer ter um plano com anúncios. Uma das estratégias para isso é, naturalmente, aumentar o valor das assinaturas ad-free – algo que já está previsto para EUA, Canadá, Portugal e Argentina.
Na conta de Wandinha, Round 6 e Stranger Things
Para Pacheco, “a cada trimestre que passa, o catálogo de conteúdo da Netflix vem se mostrando um diferencial em relação às suas competidoras.”
Não por acaso, a companhia atribui parte do sucesso a alguns acertos em produções, como a série sul-coreana Round 6, que é uma das séries originais mais vistas da plataforma, e os eventos esportivos ao vivo, como a luta de boxe entre o influenciador Jake Paul e Mike Tyson e os jogos da liga de futebol americano, a NFL.
O que esperar da Netflix para 2025?
Além dos números do balanço do 4T24, a empresa de streaming aproveitou a oportunidade para alinhar algumas expectativas para este ano.
Uma das mudanças foi o aumento da projeção de receita para 2025 em quase US$ 500 milhões. Agora, a companhia espera ficar entre entre US$ 43,5 bilhões e US$ 44,5 bilhões, o que representaria um crescimento anual de quase 13% em relação a 2024.
A Netflix também definiu algumas prioridades para os próximos meses, incluindo:
- Melhorar o negócio principal com mais séries e filmes amados pelos assinantes, aprimorar a experiência de produto e crescer o negócio de anúncios;
- Desenvolver novas iniciativas, como programação ao vivo e jogos;
- Manter uma posição de liderança em engajamento, receita e lucro.
“Estamos focados em melhorar todos os aspectos do nosso serviço e, combinados com o retorno em 2025 dos nossos maiores programas (Round 6, Wandinha e Stranger Things), estamos otimistas para o novo ano”, disse o comunicado divulgado aos investidores.
Vale lembrar que, a partir do primeiro trimestre de 2025, a empresa não vai mais divulgar o número de assinaturas pagas e a receita média por usuário regularmente. Estes números serão abertos para o público apenas quando atingirem marcos importantes para a empresa.
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas
Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Desempenho acima do esperado do Nubank (ROXO34) não justifica a compra da ação agora, diz Itaú BBA
Enquanto outras empresas de tecnologia, como Apple e Google, estão vendo seus papéis passarem por forte desvalorização, o banco digital vai na direção oposta, mas momento da compra ainda não chegou, segundo analistas
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Zoom, ação que virou ‘modinha’ na pandemia, derreteu na bolsa desde então – mas deixou uma lição aos investidores
Ações da Zoom chegaram a se multiplicar por 9 vezes antes de despencarem na bolsa de valores
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)
Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chips para China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda
Enquanto a Nvidia sofre com as sanções de Donald Trump, presidente americano, sobre a China, outra ação de inteligência artificial está se destacando positivamente