Meta e Apple são multadas em R$ 4,5 bilhões pela União Europeia por supostas violações aos direitos dos usuários
Segundo a UE, a Apple violou a obrigação de não impor restrições aos concorrentes da sua App Store, e a Meta limitou as opções de controle sobre quais informações os usuários cedem para uso da empresa
A União Europeia, em meio à guerra comercial, resolveu manter o pulso firme e multou a Meta e a Apple em um total que chega a 700 milhões de euros, aproximadamente R$ 4,5 bilhões.
Segundo a UE, a Apple violou a obrigação de não impor restrições à promoção de alternativas à sua App Store (anti-steering), prevista na Lei dos Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês).
Já a Meta teria violado a obrigação de oferecer aos consumidores a opção de um serviço que utilize menos dados pessoais.
- VEJA MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
A UE pesou mais a mão na hora de punir a Apple, multada em 500 milhões de euros (aproximadamente R$ 3,2 bilhões), do que a Meta, punida em 200 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,3 bilhão).
As cifras até podem parecer altas, mas é importante pontuar que o braço da União Europeia responsável pelas decisão só pode multar as empresas no máximo em 10% do seu faturamento anual.
Apple e Meta devem corrigir as violações em até 60 dias, sob pena de multas adicionais.
Leia Também
Em comunicado, o bloco europeu afirmou que as decisões foram tomadas após um extenso diálogo com as empresas envolvidas, permitindo que apresentassem detalhadamente seus pontos de vista e argumentos.
Livre concorrência? Para a UE, a Apple não promove espaço para isso
A decisão da UE sobre a fabricante do iPhone é simples: segundo o bloco, a Apple não permite que desenvolvedores de aplicativos que distribuem seus apps pela App Store informem os clientes, gratuitamente, sobre ofertas alternativas fora da loja virtual, direcionem a essas ofertas e permitam que realizem compras.
“Devido a diversas restrições impostas pela Apple, desenvolvedores não conseguem usufruir das vantagens de canais alternativos fora da App Store. Da mesma forma, consumidores não conseguem aproveitar ofertas alternativas e mais baratas, já que a Apple impede desenvolvedores de informar diretamente os consumidores”, destaca a União Europeia.
A UE foi curta e grossa: ordenou que a Apple remova restrições técnicas e comerciais relacionadas à promoção de alternativas e que não repita esse comportamento.
A Apple afirmou em comunicado que pretende recorrer da decisão.
“Os anúncios de hoje são mais um exemplo de como a União Europeia está injustamente mirando na Apple em uma série de decisões que são prejudiciais à privacidade e segurança dos nossos usuários, ruins para nossos produtos e nos obrigam a ceder nossa tecnologia gratuitamente”, declarou a empresa em comunicado.
Privacidade ou publicidade: o dilema da Meta para seus usuários
O caso da Meta já entra em outro campo: o uso de dados pessoais ou a falta de controle sobre a quais informações dos usuários a empresa teria acesso na hora de capitalizar os seus serviços.
Em novembro de 2023, a Meta introduziu um modelo publicitário binário de “consentimento ou pagamento”.
A ideia é basicamente que usuários do Instagram e Facebook paguem uma assinatura mensal por um serviço sem anúncios ou consintam com o uso de dados pessoais para publicidade personalizada.
- VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
Para a União Europeia, esse modelo de negócio não está em conformidade com a DMA e não oferece aos usuários a opção de um serviço equivalente que utilize menos dados pessoais. Segundo o bloco, a Meta também não permitia que usuários exercessem seu direito de consentir livremente com a combinação de seus dados pessoais.
Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da Meta, acusa a UE de estar tentando prejudicar empresas americanas bem-sucedidas enquanto permite que companhias chinesas e europeias operem sob padrões diferentes.
“Não se trata apenas de uma multa; ao nos forçar a mudar nosso modelo de negócios, a Comissão está, na prática, impondo uma tarifa de bilhões de dólares à Meta, ao mesmo tempo em que nos obriga a oferecer um serviço inferior. E ao restringir injustamente a publicidade personalizada, a UE também está prejudicando empresas e economias europeias,” disse Kaplan em comunicado.
A multa para a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp acontece em meio à guerra comercial de Donald Trump, que já mandou diretas e indiretas para a União Europeia a respeito de tarifas.
- VEJA MAIS: Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chip para a China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda
A multa foi aplicada após a Meta, em novembro de 2024, introduzir uma nova versão do modelo de anúncios personalizados gratuitos, uma opção que supostamente utiliza menos dados pessoais para exibir anúncios.
Para o bloco, a punição se viu necessária devido ao período em que a DMA passou a valer, em março de 2024, e a alternativa ao “consentimento ou pagamento” só foi introduzida em novembro de 2024.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
