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Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

MISTUROU E GANHOU

Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander

O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra

Monique Lima
Monique Lima
26 de junho de 2025
16:44 - atualizado às 16:51
Bombas de gasolina de um posto de combustíveis Shell
Imagem: Jakob Rosen / Unsplash

O cenário dos combustíveis no Brasil está prestes a mudar. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou na quarta-feira (25) um aumento na mistura de biocombustíveis (etanol) aos combustíveis fósseis (gasolina) vendidos no país. 

A partir de agosto, a gasolina C terá 30% de etanol anidro (atualmente o limite é 27%), e o diesel B passará a ter 15% de biodiesel (hoje é 14%). 

Essa decisão, embora esperada em alguns aspectos, traz diferentes perspectivas para as empresas do setor. 

A avaliação do Santander é de que a medida tem um reflexo misto para três grandes distribuidoras — Vibra Energia (VBBR3), Ultrapar (UGPA3) e Raízen (RAIZ4) —, e é particularmente positiva para uma empresa: a 3tentos (TTEN3).

De modo geral, os analistas do Santander acreditam que a medida pode ter um efeito misto porque a redução de custos esperada com o aumento da mistura pode ser compensada com a redução no custo dos combustíveis

Além disso, existem fatores desfavoráveis neste momento para o diesel e o biodiesel: 

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  • A Agência Nacional de Petróleo (ANP) suspendeu recentemente o programa de verificação da qualidade dos combustíveis para o mês de julho;
  • Os prêmios do biodiesel em relação ao diesel aumentaram.

“Esses dois fatores podem reduzir o incentivo de players que não seguem a norma a respeitar a mistura obrigatória e, com menos fiscalização, podem até incentivar a redução da mistura, o que prejudicaria os grandes players que seguem as regras”, diz o relatório. 

Em termos de ganhos, 3tentos sai na frente

Mesmo diante dessas complicações no cenário, para as produtoras de biocombustíveis, o Santander vê a notícia como amplamente positiva — com a 3tentos como principal ganhadora dentre as empresas de capital aberto. 

O aumento na mistura de biodiesel não estava totalmente no cenário base do mercado, o que pode levar a uma recuperação nos preços do biodiesel e nas margens de lucro da 3tentos, o que é especialmente benéfico em um momento de preços baixos da soja no Brasil. 

Além disso, os analistas afirmam que o país já tem capacidade de produção suficiente para misturar até 18% de biodiesel, o que indica um potencial de ganho maior no futuro. 

No caso do etanol, o aumento da demanda pode ajudar o setor a evitar um excesso de oferta, considerando a crescente produção de etanol de milho. 

Ganhos mistos para distribuidoras de etanol

Já para as grandes distribuidoras de combustíveis, como Vibra, Ultrapar e Raízen, o cenário é descrito como mais complexo, no relatório, gerando "sentimentos mistos". 

O maior percentual de etanol anidro na gasolina poderia, em tese, reduzir custos e tornar a gasolina mais competitiva em relação ao etanol hidratado, que é vendido puro nos postos. 

Isso é bom, porque a gasolina tende a ser um produto mais lucrativo para as distribuidoras, e quando misturada ao etanol anidro tem um regime tributário federal e estadual (PIS/Cofins e ICMS) simplificado em comparação ao etanol hidratado. 

No entanto, essa redução de custos provavelmente será compensada por uma redução nos preços de venda da gasolina. 

Em outras palavras, a economia que as distribuidoras teriam na compra do combustível será, em grande parte, repassada ao consumidor final por meio de preços mais baixos nos postos, sem resultar em um ganho líquido significativo nas margens de lucro das distribuidoras. 

Afinal, onde investir com a mistura dos combustíveis? 

Para o Santander, a recomendação das cinco empresas é neutra, o que significa que se espera que elas tenham um desempenho dentro de uma faixa de zero a 10% acima do Ibovespa. 

Entretanto, o preço-alvo estabelecido para algumas das empresas indica um potencial de valorização para as ações nos próximos meses. 

Para a Ultrapar (UGPA3), o Santander estabeleceu um preço-alvo de R$ 21 para o final de 2026. Considerando o preço atual na faixa dos R$ 17, trata-se de um potencial de valorização de 20,69%. 

No caso da Raízen, o preço-alvo para as ações RAIZ4 é de R$ 1,90 ao fim de 2026, equivalente a um upside de 15,85% em relação aos R$ 1,60 atuais. 

No caso da 3tentos (TTEN3), que mais pode se beneficiar com as mudanças, o preço-alvo é de R$ 18 ao final de 2025. Isso quer dizer que o potencial de valorização de 20% é este ano com base na cotação atual de R$ 15. 

O caso da Vibra é diferente, porque na avaliação do Santander, as ações VBBR3 estão acima do preço-alvo estipulado para o final deste ano. A empresa negocia na faixa dos R$ 21, enquanto o Santander tem um preço-alvo de R$ 20,50.

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