Iguatemi (IGTI11) sobe na bolsa após venda de shoppings por R$ 500 milhões — e bancão diz que é hora de colocar as ações na carteira
Com o anúncio da venda, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra dos papéis da Iguatemi, mas não é o único a ver a transação como positiva
A Iguatemi (IGTI11) anunciou nesta segunda-feira (14) uma operação que envolve imóveis presentes no portfólio há anos e de outros dois ativos que ainda estão em construção.
A empresa firmou um memorando de entendimento com um fundo imobiliário para a venda da participação de 49% no Shopping Market Place, Market Place Towers e Galleria Shopping. No entanto, não foi informado qual FII está envolvido na operação.
Além disso, o acordo também inclui a transferência da participação de 24% no empreendimento multifamily anexo ao Market Place e de 16,7% na futura torre comercial próxima ao Galleria Shopping. A conclusão dos dois projetos é prevista em 2029.
Segundo o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta manhã, a Iguatemi vai receber R$ 500 milhões pelos ativos. Com a venda, a empresa vai passar a deter cerca de 51% de participação e a administração dos imóveis.
O pagamento será dividido em: primeira parcela de R$290 milhões, paga no fechamento; R$20 milhões em dezembro de 2025; e R$190 milhões em três parcelas anuais com vencimento em dezembro de 2026, dezembro de 2027 e dezembro de 2028.
Todas as parcelas serão ajustadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e potencialmente liquidadas via cotas de FII.
Leia Também
As ações IGTI11 iniciaram o pregão de hoje em alta na esteira do anúncio. Por volta das 12h45, os papéis da Iguatemi subiam 2,26%, negociados a R$ 19,43.
- VEJA MAIS: Este FII pode subir até 15% nos próximos meses – e está entre os cinco melhores para comprar ainda hoje, segundo analista; confira a seleção
Os imóveis da Iguatemi
O Market Place, que está entre os ativos que serão vendidos, é um dos mais antigos no portfólio da companhia.
O imóvel, inaugurado em setembro de 1995, é o segundo shopping center da Iguatemi na cidade de São Paulo. Além disso, foi o primeiro empreendimento imobiliário de uso misto, uma vez que também possui torres comerciais.
Atualmente, a empresa detém uma participação de 100% no Market Place.
Já o Galleria Shopping entrou no portfólio da Iguatemi em 2007, quando a empresa adquiriu a participação de 50% do empreendimento, localizado na cidade de Campinas.
Em novembro de 2013, a companhia concluiu a aquisição dos 50% restantes do shopping, passando a deter 100% do imóvel.
Atualmente, a Iguatemi detém participação em 14 shopping centers, 2 premium outlets e 3 torres comerciais. Juntos, os empreendimentos totalizam 707 mil metros quadrados de área bruta locável total.
Além disso, a companhia participa da administração de todos os seus empreendimentos.
Com a venda das participações, a Iguatemi terá participação de 51% nos shoppings. Segundo a empresa, o movimento demonstra o foco na geração de valor ao acionista, “por meio da alocação de capital eficiente, priorizando ativos com maior relevância estratégica e potencial de crescimento nos mercados onde atua”.
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
Hora de colocar IGTI11na carteira
Com o anúncio da venda, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra dos papéis da Iguatemi. Para o banco, a empresa segue com um portfólio premium, que continua apresentando sólidos resultados operacionais.
Analistas também indicam que a companhia vem melhorando a qualidade do portfólio através da venda de participações em ativos mais fracos e da exposição a ativos de alta qualidade.
Além disso, os analistas afirmam que a ação está sendo negociada com desconto de oito vezes o valor de FFO (Funds From Operation, na sigla em inglês) anual.
O BTG ressalta que a venda representa um cap rate (taxa de capitalização) de saída de 9%, baseado no resultado operacional (NOI) previsto para o ano de 2025, que é muito mais caro do que o valuation atual do Iguatemi, que possui um cap rate de aproximadamente 16%.
O banco ainda avalia que a operação pode ajudar em uma aquisição que está na mira da Iguatemi: a compra dos shoppings Pátio Higienópolis e do Pátio Paulista.
A empresa provavelmente vai desembolsar R$ 850 milhões na transação. Assim, a venda dos ativos vai ajudar a empresa a manter a alavancagem sob controle, segundo relatório divulgado hoje.
E não é só o BTG que vê a operação como positiva para a companhia. O Itaú BBA também avalia que a transação proporciona uma posição mais confortável em relação à alavancagem para a Iguatemi, “especialmente considerando as condições macroeconômicas desafiadoras para desinvestimentos de ativos”, afirmou.
Além disso, analistas avaliam que a venda dos ativos ajuda a empresa a atingir a meta de alavancagem de 2x até o final do ano.
Isso porque o valor estimado pela Iguatemi para alcançar esse objetivo é de R$ 300 milhões em vendas, o que está em linha com o montante gerado pela transação.
O Itaú BBA avalia as ações IGTI11 como “outperform”, ou equivalente a compra.
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor