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Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4

O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro

Bia Azevedo
Bia Azevedo
11 de junho de 2025
6:01 - atualizado às 17:44
CEO da Direcional, Ricardo Gontijo, diante de uma parede com o logo da direcional
Imagem: Divulgação

Se você mora em São Paulo ou em algum grande centro, é bem provável que o sonho do apartamento próprio envolva uma varanda. Quem nunca andou pelas ruas da cidade sentindo uma ponta de inveja de quem tem uma bem grande para ostentar?

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Melhor ainda se for varanda com dois quartos, uma suíte. Dá até arrepio só de ouvir. O CEO da construtora Direcional (DIRR3), Ricardo Gontijo, sabe disso — e está aproveitando a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida (MCMV), lançada recentemente, para poder dar vida a esse sonho brasileiro.

Ele conversou com o Seu Dinheiro sobre o que está mudando para a empresa com a nova faixa de renda, que abarca rendimentos de até R$ 12 mil por família. 

“Com a entrada da Faixa 4, conseguiremos viabilizar unidades com áreas maiores nos nossos empreendimentos. Talvez essa seja a principal mudança: o nosso mix de produtos. Em vez de focarmos apenas em apartamentos de dois quartos e um banheiro, passamos a oferecer opções com dois quartos e suíte, três quartos e varandas”, afirma Gontijo.

Na conversa, ele se mostrou animado com a ampliação do programa, mas disse o que precisa ser feito para que a construtora aposte para valer na nova faixa. 

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Também falamos sobre a Riva, subsidiária da Direcional focada em um público de renda maior, que se beneficia com a Faixa 4 do MCMV, e os planos futuros para esse braço da empresa.

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Gontijo ainda comentou sobre as principais apostas da companhia para crescer daqui para a frente, os desafios no cenário macro e micro que estão no radar da companhia e mais. Veja a seguir os principais tópicos da entrevista.

A Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida

A ação da Direcional tem sido apontada por analistas como uma das principais beneficiadas pela expansão do programa MCMV, que vem animando o setor das construtoras populares como um todo. Os papéis DIRR3 sobem mais de 60% neste ano, dada a exposição total ao programa.

Para o executivo, a nova faixa é transformacional para o mercado. “Diversas famílias que ficaram por pelo menos dois anos sem condições de compra passam a fazer parte do nosso mercado endereçável, além daquelas que antes não consideravam adquirir um imóvel, mas agora têm a possibilidade de compra devido à faixa 4”.

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Além da marca Direcional, a construtora também tem a Riva, que antes da faixa 4 operava majoritariamente fora do escopo do MCMV. Com a novidade, os olhos se voltaram para a subsidiária.

Isso porque, antes mesmo do anúncio do governo sobre a  faixa 4, a Direcional havia divulgado a venda de uma participação minoritária da Riva para a Riza Asset, uma gestora com mais de R$ 14 bilhões sob gestão. 

Inicialmente, a Riza compraria ao menos 7,55% de participação, mas a demanda dos clientes superou as expectativas e a gestora conseguiu captar cerca de R$ 275 milhões, o que resultou na aquisição de 9,98% da subsidiária da Direcional. A gestora pode ampliar a participação para 15% nos próximos meses. 

Gontijo reforça o potencial da parceria: "Ter a Riza como sócia, uma gestora com bilhões, torna nossa empresa muito mais completa, com a capacidade de viabilizar projetos que, antes, provavelmente não conseguiríamos concretizar".

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Ele cita como exemplo a aceleração da entrada da Riva no mercado de Fortaleza (CE). “A Direcional atua na cidade desde 2012, mas a entrada da Riva estava prevista para um período mais à frente. Agora, com esse novo cenário, estamos capturando a demanda reprimida e acelerando os lançamentos”.

As avenidas de crescimento para a Direcional

Além da faixa 4, uma das grandes apostas da construtora para continuar crescendo é a faixa 1, impulsionada por incentivos partindo de alguns governos estaduais que se somam aos benefícios do programa Minha Casa Minha Vida.

“Você tem o subsídio do programa Minha Casa Minha Vida e um extra vindo do governo estadual, que, em geral, tem ficado em torno de R$ 20 mil. Com isso, a gente consegue atender famílias de renda ainda menor, que também nunca tiveram condição de compra de um imóvel”, afirma o CEO.

Alguns dos estados que fornecem esses incentivos turbinados são Ceará, Pernambuco, São Paulo e Amazonas. O executivo acrescenta que, com essa combinação, a empresa está conseguindo atender famílias que ganham um salário mínimo, em alguns casos. 

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“Assim, tanto na faixa mais baixa quanto na faixa mais alta do programa, se abrem duas avenidas de oportunidades que acreditamos ser muito positivas para o futuro”, afirma Gontijo.

O funding para o MCMV e o que falta para o setor apostar pesado na faixa 4

Apesar disso, o CEO fala sobre as preocupações com o financiamento do programa. 

Ele acredita que a capacidade do FGTS de investir no setor é sustentável, mas no limite — e não vê espaço para incremento do orçamento do fundo destinado ao MCMV. 

“A faixa 4 foi criada graças ao orçamento adicional vindo do Fundo Social, do pré-sal. No nosso setor, os ciclos entre a compra de terreno e entrega do imóvel são longos e nós precisamos de previsibilidade de que esses recursos serão recorrentes”, explica. 

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Segundo ele, há a segurança do orçamento para 2025, mas falta a perspectiva de que esse funding vai continuar existindo nos anos seguintes”. 

Por isso, na visão do executivo, o que falta para o setor investir na ampliação do programa é a clareza sobre a perenidade desse financiamento. “Se isso acontecer,  os investimentos na nova faixa tendem a ser muito maiores”. 

Os principais desafios para a Direcional

Entre os principais desafios para a empresa no cenário macro, o CEO destaca o custo do capital, com os juros a quase 15% ao ano. 

“Esse é um desafio para qualquer negócio de capital intensivo, como o nosso. Nosso cliente depende de crédito, e nós também utilizamos crédito para performar a construção de nossos empreendimentos. Quando o custo do dinheiro é muito alto, fica difícil investir em qualquer atividade que exija grande aporte de capital”, explica.

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Mesmo que isso esteja fora do controle da companhia, com esse cenário, o foco da empresa passa a ser a velocidade de vendas. 

Além das faixas 1 e 4, que têm ganhado um ‘boost’ com os incentivos já citados, Gontijo diz que a empresa tem reforçado os esforços de ganho de velocidade nas faixas 2 e 3. 

Além disso, ele também cita outro desafio: a falta de mão de obra, que tem sido um desafio para o setor como um todo, dado o maior número de opções de trabalho para pessoas sem graduação e maiores níveis de acesso ao ensino superior.

“Acho que o setor da construção civil tem um papel super relevante na criação desses empregos, mas esse é um dos principais pontos de atenção. A gente tem hoje um volume grande de vagas de trabalho que estão abertas e realmente a escassez de trabalhadores é algo para acompanhar”, diz. 

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As recomendações para a ação DIRR3

As ações DIRR3 são acompanhadas por analistas de 13 corretoras e bancos, e todos recomendam a compra do papel. As ações encerraram esta terça-feira (10) cotadas a R$ 40,95.

InstituiçãoAvaliaçãoPreço-alvo (R$)
XPCompra50
UBSCompra48
J.P. MorganCompra47,5
Itaú BBACompra44
Goldman SachsCompra44
SantanderCompra43
BTG PactualCompra27

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