Copasa (CSMG3), Cemig (CMIG4) ou Sanepar (SAPR4)? BofA elege ação favorita de serviços básicos com recomendação de compra e potencial de valorização de 30%
Em novo relatório, os analistas destacam o potencial de valorização da companhia de saneamento após revisão tarifária e expectativa de dividend Yield elevado
A Copasa (CSMG3), empresa de saneamento de Minas Gerais, enfrenta um cenário de incertezas quanto ao seu futuro, com duas opções principais no horizonte: a privatização ou a federalização. Apesar da dúvida, a companhia ainda tem a melhor ação entre as estatais de serviços públicos no Brasil, superando Cemig (CMIG4) e Sanepar (SAPR4).
Essa é a opinião dos analistas do Bank of America, que, nesta quarta-feira (8), elevaram a recomendação de CSMG3 de neutro para “buy”, equivalente a compra, em novo relatório.
O preço-alvo para os papéis da companhia também foi elevado de R$ 24 para R$ 28, equivalente a um potencial de valorização de 30% sobre o fechamento anterior
Por outro lado, os analistas mantêm a classificação neutra para as ações da Cemig —- com preço-alvo revisado de R$ 11 para R$ 13, — e “Underperform” para os papéis da Sanepar, equivalente a “venda”, mas com preço-alvo elevado de R$ 22 para R$ 29.
Copasa: federalização ou privatização?
A privatização da Copasa e da Cemig tem sido uma possibilidade discutida nos últimos meses. Por outro lado, a federalização, que envolveria a transferência do controle da Copasa para o governo federal, também surgiu como uma alternativa em meio a discussões sobre a renegociação da dívida do estado, atualmente em cerca de R$ 160 bilhões.
Leia Também
Embora seja responsabilidade do governador Romeu Zema (NOVO) desde 2018, o tema tem sofrido com a falta de apoio político. No entanto, as discussões sobre o assunto foram retomadas em novembro, com a apresentação de um novo projeto de lei que permite tanto a privatização quanto a possibilidade de transferência do controle das duas estatais para o governo federal.
Em entrevista recente, Zema afirmou que a federalização das duas empresas deve ocorrer ainda este ano. “De certa maneira, os dois [privatização e federalização] acabam se confundindo em alguns pontos, mas o que nós queremos é transferir para o governo federal esses ativos. Só que eles vão precisar de um tratamento, porque o governo federal não vai querer pegar um ativo que possa lhe causar problemas.”
Esse “tratamento”, explicou Zema, seria transformar as duas companhias em corporations, isto é, empresas sem controlador definido, o que na prática constituiria uma privatização, com a diluição do estado de Minas Gerais, que deixaria de ser o acionista controlador.
A federalização seria uma segunda etapa, em troca do abatimento da dívida do estado com a União.
Para os analistas do Bank of America, a probabilidade de que esses cenários se concretizem no curto prazo é baixa devido à complexidade. “Mesmo assim, é provável que o tema seja um ponto central nas eleições da Assembleia Legislativa, previstas para fevereiro”, diz.
Por que o BofA recomenda a compra de CSMG3?
Além da possibilidade de transferência do controle da Copasa para o governo federal, o Bank of America (BofA) também considera o aumento dos retornos regulatórios e os rendimentos atrativos esperados para 2025, com uma expectativa de 13% de dividend yield.
O banco destaca ainda a melhoria no custo médio ponderado de capital regulatório (WACC, na sigla em inglês) e a remuneração do capex em base anual.
Caso a privatização da Copasa ocorra, os analistas acreditam que o valor presente líquido (NPV) da empresa poderia crescer em até 33%, caso a regulamentação mude para tarifas fixas e haja um corte de custos de 20%, com parte dessa economia sendo repassada aos clientes.
No cenário pessimista, o BofA avalia que as perdas seriam limitadas, mesmo com despesas mais altas do que o esperado.
Cemig (CMIG4) e Sanepar (SAPR4)
Em relação à Cemig (CMIG4) e à Sanepar (SAPR4), o BofA aponta que a privatização é o principal fator que poderia gerar benefícios para a Cemig, estimando uma criação de 20% no NPV. No entanto, caso a companhia passe a ser federalizada, o impacto seria negativo, com uma redução de 17% no NPV.
Os analistas avaliam que o risco-retorno está bem equilibrado, considerando uma taxa interna de retorno (TIR) real de 10,9% e um dividend yield de 5,6% para este ano.
Para a Sanepar, o BofA permanece cauteloso devido à falta de avanços no ambiente regulatório, o que gera incertezas para a empresa.
“Embora tenhamos ajustado nosso preço-alvo para R$ 29 (anteriormente R$ 22), considerando a expectativa de que a empresa possa receber R$ 4 bilhões de uma disputa judicial com o governo federal, sendo 75% deste valor repassado aos clientes por meio das tarifas, ainda vemos a avaliação da empresa como pouco atrativa”, afirma o BofA.
O valuation da Sanepar (0,66x EV/RAB) também continua pouco atrativo, segundo os analistas, devido aos riscos regulatórios, especialmente após as revisões tarifárias de 2017 e 2021. Além disso, o BofA considera improvável a privatização da Sanepar no curto prazo.
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo