Combustível mais caro: Petrobras (PETR4) anuncia aumento nos preços do diesel — e já tem bancão vendo oportunidade
A partir de amanhã (1º), a estatal vai cobrar R$ 0,22 a mais no preço médio de venda do litro do diesel A para as distribuidoras, para R$ 3,72 por litro
Após mais de 400 dias sem elevar os preços, Petrobras (PETR4) enfim anunciou nesta sexta-feira (31) um novo reajuste nos preços do diesel A.
A partir de amanhã (1º), o preço médio de venda do litro do combustível vai ficar R$ 0,22 mais caro para as distribuidoras, subindo para R$ 3,72 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,20 a cada litro vendido na bomba.
Trata-se do primeiro ajuste nos preços de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras desde 2023.
- LEIA TAMBÉM: Especialistas do BTG Pactual elaboraram um guia gratuito da temporada de balanços – confira o que esperar de +130 empresas
Se levado em conta o reajuste anunciado, os preços do diesel foram reduzidos em R$ -0,77 por litro (ou 17,1%) desde dezembro de 2022. Considerando a inflação do período, a queda passa a R$ 1,20 por litro (-24,5%).
É importante lembrar que o valor passado aos consumidores nas bombas é afetado por outros fatores além do preço da Petrobras, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro de distribuição e revenda.
Leia Também
A movimentação nos preços do combustível já era esperada pelo mercado, já que a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou no início da semana que mexeria no diesel, apesar de não ter especificado a magnitude do aumento.
A gasolina, por sua vez, permaneceu inalterada.
Petrobras (PETR4): uma oportunidade no reajuste nos preços do diesel
Na avaliação dos analistas do Bank of America (BofA), o ajuste no diesel trata-se de uma oportunidade para a Petrobras (PETR4).
Isso porque o reajuste poderia aliviar “as preocupações sobre governança corporativa e sobre o impacto negativo no fluxo de caixa livre gerado por um amplo desconto” frente aos preços de importação (PPI).
Afinal, em meio ao recente aumento dos preços do petróleo e dos combustíveis no mercado internacional, a diferença entre os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras e o PPI vinha aumentando, com descontos de 11,2% no diesel e 4,5% na gasolina.
É verdade que a valorização do real contra o dólar nos últimos dias, juntamente com a queda no preço do petróleo após declarações políticas nos Estados Unidos e um cessar-fogo no Oriente Médio, contribuíram para diminuir essa disparidade.
- E MAIS: 4T24 no radar – este guia gratuito do BTG reúne as estimativas para as principais empresas brasileiras; o que esperar dos resultados?
No entanto, nas contas do BofA, cada ponto percentual de desconto resulta em um impacto negativo de US$ 250 milhões no fluxo de caixa livre da estatal, além de uma diminuição nos dividendos de cerca de US$ 120 milhões.
Diante desse cenário, os analistas avaliam que o ajuste reforça a perspectiva favorável do banco em relação às ações da Petrobras, ajudando a “aliviar as preocupações sobre governança corporativa, preços dos combustíveis e dividendos".
“Reconhecemos que esta semana marca uma oportunidade importante para a Petrobras mais uma vez mostrar melhorias na frente de governança corporativa”, afirmaram, em relatório.
O banco manteve recomendação de compra para as ações PETR4, de olho na forte geração de caixa da estatal e nas perspectivas de retornos atraentes no curto prazo.
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup