Coalizão de bancos flexibiliza metas climáticas diante de ritmo lento da economia real
Aliança global apoiada pela ONU abandona exigência de alinhamento estrito ao limite de 1,5°C e busca atrair mais membros com metas mais amplas
A Net Zero Banking Alliance (NZBA), principal coalizão bancária global voltada ao combate das mudanças climáticas, decidiu flexibilizar suas regras de adesão, segundo informações da agência de notícias Reuters.
A mudança ocorre em meio à constatação de que o progresso da economia real rumo à sustentabilidade tem sido mais lento do que o previsto, segundo informou à agência o presidente do grupo, Shargiil Bashir, do First Abu Dhabi Bank.
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Até agora, a aliança exigia que todos os membros alinhassem seu financiamento setorial com o limite de 1,5°C de aquecimento global em relação à era pré-industrial até 2050. A partir da votação recente, no entanto, os bancos passam a adotar uma meta mais flexível: manter o aquecimento abaixo de 2°C, ainda que buscando o ideal de 1,5°C.
“O conhecimento que tínhamos em 2021 sobre o que era possível é muito diferente da realidade de hoje”, afirmou Bashir. “Algumas indústrias, como habitação e aviação, não estão fazendo a transição como esperávamos — seja por falta de avanço tecnológico ou de políticas públicas eficazes.”
Recuo de bancos e pressão política dos EUA
A revisão das metas da Net Zero Banking Alliance lança luz sobre o desafio central da transição verde: a distância entre os compromissos climáticos financeiros e o progresso real da economia global.
A flexibilização das regras acontece em meio à saída de grandes instituições financeiras da NZBA e a um aumento da pressão política – especialmente nos Estados Unidos – contra ações climáticas no setor financeiro.
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A aliança, no entanto, busca se fortalecer ao tornar suas exigências mais compatíveis com a realidade de países que ainda não adotaram metas ambiciosas de emissões.
A expectativa agora é de que a coalizão consiga ampliar sua base de membros e contribuir com ações mais efetivas de redução de emissões, mesmo em um cenário político e econômico desafiador.
Mudança de foco: de metas à implementação
Segundo Bashir, a decisão da coalizão reflete uma transição estratégica: de uma organização voltada principalmente à definição de metas para uma estrutura de apoio à implementação de ações climáticas.
A NZBA pretende intensificar a oferta de webinars, guias setoriais e capacitação técnica para ajudar os bancos a colocar suas promessas em prática, informou o executivo à Reuters.
Entre os próximos temas em discussão estão métodos contábeis alternativos para mensurar e mitigar emissões, como o uso de emissões evitadas e a integração dos mercados de carbono, disse ele.
Mais de 80% dos membros da coalizão participaram da votação, com 90% favoráveis às mudanças propostas.
O poder da NZBA
Criada com apoio da ONU em 2021, a NZBA reúne mais de 100 bancos ao redor do mundo comprometidos com o financiamento da transição para uma economia de baixo carbono.
Juntas, essas instituições representam US$ 47 trilhões em ativos sob gestão, segundo dados da própria aliança. Esse montante equivale à soma do PIB dos Estados Unidos e da China em 2024, as duas maiores economias mundiais, o que dá dimensão do poder de influência do setor bancário na agenda climática mundial.
Entre os bancos brasileiros, o Bradesco e o Itaú são os únicos participantes da coalizão.
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