CFO da Gol (GOLL4) renuncia ao cargo em meio ao adiamento do fim do processo de recuperação judicial nos EUA
A renúncia do CFO vem acompanhada do adiamento do processo de RJ da Gol nos EUA, que estava previsto para acabar ainda neste mês
Em meio a uma recuperação judicial nos EUA (Chapter 11) que vem se arrastando desde janeiro de 2024, a Gol (GOLL4) anunciou que Eduardo Gotilla renunciou ao cargo de diretor vice-presidente financeiro (CFO, na sigla em inglês).
De acordo com o comunicado divulgado nesta quarta-feira (2), Gotilla também deixa o cargo de diretor de Relações com Investidores da Gol.
A saída do executivo vai sobrar para outro figurão da companhia aérea: Celso Ferrer. Isso porque o atual diretor presidente da empresa vai acumular os cargos deixados por Gotilla interinamente.
A renúncia do CFO vem acompanhada do adiamento do fim da recuperação judicial da Gol nos EUA. Até então, a expectativa era que a companhia área saísse do Chapter 11 ainda neste mês.
Porém, em entrevista para o Estadão Broadcast, o diretor financeiro da Abra (holding que controla a Gol), Manuel Irarrázaval, informou que o fim do processo deve ocorrer apenas em junho ou julho.
“Gostaríamos que fosse mais rápido, mas a verdade é que as negociações tomam tempo. Antes, pensávamos que poderia ser em abril ou maio. Hoje, pensamos que provavelmente vai ser em junho ou julho”, disse.
Leia Também
Em meio aos anúncios, as ações da companhia passaram o pregão inteiro em alta. Por volta das 16h20, os papéis subiam cerca de 2,17%.
- VEJA TAMBÉM: Mesmo com a Selic a 14,25% ao ano, esta carteira de 5 ações já rendeu 17,7% em 2025
Entre RJ e financiamento: o adiamento do Chapter 11
Ainda no fim de março, o processo de recuperação judicial da Gol ganhou um novo capítulo: a companhia havia anunciado um compromisso de financiamento com investidores, que adquiriram US$ 1,25 bilhão de um total de US$ 1,9 bilhão em dívidas.
Apesar de o cenário financeiro internacional ser incerto, Irarrázaval afirmou que a captação dos US$ 650 milhões (R$ 3,7 bilhões) não é o motivo por trás do atraso no fim do processo.
“Estamos certos de que isso não será um problema. A questão é ter uma boa negociação. O atraso tem a ver com as negociações com as distintas partes. Temos de chegar a um acordo com cada um dos representantes dos diferentes credores. E há negociações que ainda estão em curso.”
Contudo, Irarrázaval reconhece que as condições do mercado financeiro não são as mais favoráveis para levantar capital. O executivo afirmou que a desvalorização do real no fim do ano passado também foi um empecilho para as negociações.
- E MAIS: Especialistas revelam os ativos mais promissores do mercado para investir ainda hoje; confira
Relembrando: a reestruturação da Gol
O processo de recuperação judicial da companhia aérea nos Estados Unidos ocorre desde janeiro de 2024, quando a empresa entrou com o pedido para reestruturar dívidas bilionárias.
Em novembro de 2024, a companhia e sua controladora, a Abra, fecharam um acordo com credores para reduzir a dívida em até US$ 2,5 bilhões.
Como parte do plano, a Gol se comprometeu em levantar até US$ 1,85 bilhão para quitar empréstimos e garantir mais dinheiro em caixa.
Em dezembro do ano passado, a empresa apresentou seu plano de reestruturação à Justiça americana, incluindo uma nova proposta de investimento para os próximos cinco anos.
Já no final de fevereiro de 2025, o conselho de administração aprovou o pedido de cancelamento do registro das ações preferenciais na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).
Vale lembrar que a finalização do plano de reorganização da Gol no Chapter 11 é uma parte fundamental para a consumação do acordo de fusão de negócios com a Azul (AZUL4).
- VEJA MAIS: Saiba como entrar para o clube de investidores do Seu Dinheiro de forma gratuita e fique por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro
Cade de olho na fusão entre Gol e Azul
Em janeiro, a Abra e a Azul movimentaram o mercado com um memorando de entendimento para “explorar uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil”.
Porém, nesta terça-feira (1), a fusão das empresas entrou no radar da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A instituição anunciou que a parceria precisará ser obrigatoriamente notificada ao órgão antitruste.
Isso porque o Cade entendeu a operação como um acordo de codeshare, ou seja, permite a comercialização de passagens de uma empresa em voos operados por outra.
A fusão caiu na mira do órgão desde maio do ano passado, quando o processo foi anunciado pela primeira vez. Na época, o Cade passou a analisar se o acordo precisaria ser analisado pelo antitruste, o que as companhias afirmavam não ser necessário.
Porém, se o órgão entendesse que deveria ter sido previamente notificado, as companhias poderiam ser alvo de punições por meio da aplicação de multas.
Com a investigação, a área técnica informou que contratos associativos de prazo indeterminado — como é o caso do acordo entre a Gol e a Azul — devem ser notificados "caso o período de dois anos, a contar da assinatura, venha a ser atingido ou ultrapassado".
Como o prazo ainda não foi extrapolado, as empresas não vão enfrentar a aplicação de multas. Porém, a notificação ao Cade deverá ser realizada.
Em entrevista ao Broadcast, Irarrázaval afirmou também que, nos últimos dois meses, as empresas entregaram informações de suas operações ao Cade. Assim, a fusão está em fase de pré-notificação.
De acordo com o executivo, a comunicação oficial deve ocorrer antes do fim do Chapter 11. Em seguida, o Cade terá 330 dias para analisar o negócio.
“Não faremos nada para acelerar o processo. A sobreposição (de rotas) entre as duas empresas não é tão significativa. Elas são muito complementares. Estamos confiantes.”
*Com informações do Estadão Conteúdo/Broadcast
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses