CEO da Cimed aposta em pequenas farmácias para atingir faturamento de R$ 5 bilhões neste ano — e “caneta amarela” do Ozempic está na mira para 2026
Conhecida pelo portfólio extenso de medicamentos genéricos e por produtos como o Carmed e o Lavitan, a Cimed tem como objetivo elevar as receitas em quase 40% em relação ao ano passado
Nem mesmo os juros elevados e as perspectivas de desaceleração da economia atrapalham a ambição de crescimento da farmacêutica Cimed, que mira as pequenas farmácias para expandir sua atuação regional e acelerar o faturamento nos próximos anos.
Com mais de quatro décadas de história, a companhia hoje se apresenta como a terceira maior indústria farmacêutica do país em volume de vendas.
Conhecida pelo portfólio extenso de medicamentos genéricos e por produtos populares nas redes sociais, como o Carmed e o Lavitan, a Cimed tem como objetivo alcançar um faturamento de R$ 5 bilhões neste ano.
“Empresa que vai crescer e vai prosperar no Brasil é empresa de crescimento”, afirmou o CEO João Adibe, em conversa com jornalistas. “Se as companhias não tiverem crescimento, eu tenho certeza que, com essa inflação e com os juros do jeito que estão, elas vão demorar a se expandir.”
Segundo estimativas da empresa, a receita somou em torno de R$ 3,6 bilhões em 2024. Isso significa que a companhia precisaria aumentar em quase 40% o faturamento no comparativo anual para alcançar a ambiciosa meta estipulada para este ano.
Para o médio prazo, o plano de negócios da Cimed também prevê chegar a um faturamento de R$ 10 bilhões até 2030.
Leia Também
VEJA MAIS: duas ações para investir agora e poder ‘surfar’ a alta da Selic e o dólar
Foco nos pequenos varejistas
Diante de metas tão arrojadas, a Cimed anunciou nesta sexta-feira (21) o “Foguete Amarelo”, um programa que busca impulsionar o crescimento do pequeno varejo farmacêutico, com crédito concedido por meio de produtos.
O objetivo é “oferecer crédito e suporte” ao facilitar o capital de giro para pequenos varejistas, especialmente aqueles com faturamento inferior a R$ 60 mil por mês.
Dessa forma, o pagamento ocorrerá de forma gradual, à medida que os produtos da Cimed forem vendidos diariamente nas farmácias. Com os pagamentos efetivados, o próprio sistema irá solicitar a reposição dos itens de forma automática.
“Com a injeção de crédito com produto no varejo farmacêutico sem que o pagamento seja realizado de uma única vez, e sim aos poucos, à medida que eles forem vendidos, damos fôlego para o nosso cliente. Além disso, com um portfólio robusto na loja, aumentamos as chances de realização de vendas”, disse o CEO da Cimed, em nota.
Segundo a empresa, a projeção é que as 10 mil lojas que integrarão o programa vejam o faturamento crescer 183% entre este ano e 2026, passando de R$ 60 mil para R$ 170 mil por ano.
De onde virá o crescimento da Cimed nos próximos anos?
A Cimed lançou nesta sexta-feira um plano de investimentos de mais de R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos.
O dinheiro será destinado principalmente a áreas estratégicas, como pesquisa e desenvolvimento, marketing e estrutura — especialmente para a ampliação de fábricas.
De acordo com João Adibe, a estratégia da empresa será manter o ritmo de crescimento através da “construção da prateleira”.
“Eu não estou no mercado para vender mais barato ou dar mais prazo. Eu quero criar novas categorias dentro desse ambiente. Essa é a maior alavanca que a empresa tem através das experiências das nossas supermarcas”, afirmou ao Seu Dinheiro.
Segundo Adibe, há quatro principais catalisadores do crescimento de receita tão robusto esperado para este ano:
- Lançamentos de novas categorias;
- Lançamentos de produtos;
- Novos investimentos em marketing;
- Aumento da capacidade produtiva.
Cimed e a “versão amarela do Ozempic”
Do lado do portfólio de produtos, um dos lançamentos mais aguardados pelo mercado é a “caneta amarela”, uma versão da Cimed de canetas injetáveis como o Ozempic.
Os medicamentos à base de semaglutida, hoje dominados por poucas gigantes farmacêuticas que detêm a patente dos produtos, ganharam popularidade especialmente pelo uso “off label” (fora das recomendações da bula) para o tratamento do sobrepeso, apesar dos preços elevados nas farmácias.
A companhia de Adibe é uma das farmacêuticas ansiosas para estrear nesse mercado assim que a patente do medicamento for quebrada, em 2026.
“Nós temos um pipeline de produtos hoje em desenvolvimento. Hoje, o lançamento de um produto farma, se for muito rápido, é de três a cinco anos”, afirmou o presidente da Cimed.
“O futuro da indústria farmacêutica vem justamente através da quebra de patentes. Nós temos um desafio grande de poder ter um produto acessível [com base na semaglutida] aqui no Brasil. Nós já estamos com vários parceiros. Assim que quebrar a patente, será uma guerra de quem lança primeiro”, acrescentou.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
