BTG inicia cobertura das ações da Guararapes (GUAR3) e calcula potencial de alta de 37%; é hora de comprar?
Analistas do banco dizem que a dona da Riachuelo se destaca pela integração vertical de produção, varejo e serviços financeiros
As ações da Guararapes (GUAR3), companhia dona da Riachuelo, agora são acompanhadas e analisadas pelo BTG Pactual – e o começo desse processo é marcado por otimismo.
O banco iniciou a cobertura da empresa com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13 para o final de 2026, ou seja, um potencial de alta de quase 37%.
Por volta de 15h (horário de Brasília), as ações GUAR3, negociadas fora do Ibovespa (IBOV), tinham alta de 1,80%, a R$ 9,64.
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Primeiras perspectivas sobre a Guararapes
Segundo a equipe de analistas, a Guararapes se destaca pela integração vertical da manufatura, do varejo e da empresa de finanças Midway. A incorporação dos ramos ao negócio ocorreu nos últimos dois anos.
O time liderado por Luiz Guanais avalia a reestruturação como consistente desde 2024. Mas a produtividade da empresa continua abaixo do patamar dos concorrentes do segmento de roupas, como C&A (CEAB3) e Lojas Renner (LREN3).
O BTG enxerga perdas também, como o fim das oportunidades em sortimento, precificação e omnicanalidade. Por outro lado, diz que “a Midway evoluiu de apoio de crédito a motor de resultado: carteira de R$ 5,6 bilhões, penetração de cartões em 32% das vendas no segundo trimestre de 2025 e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 447 milhões nos últimos 12 meses (margem de 18%)”.
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O aperto na carteira de crédito, por sua vez, fez a inadimplência 90–360 dias cair de 23%, no quarto trimestre de 2023, para 17,4%, no segundo trimestre deste ano.
A fragmentação do mercado de vestuário é um ponto positivo, na visão do banco, pois permite consolidação e expansão geográfica.
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Os analistas destacam também que a regulação sobre vendas cross-border, que elevou preços de produtos da Shein e da Shopee, diminuiu a distância entre os nomes do setor e melhorou a competição para empresas locais.
Em junho, em uma entrevista ao Seu Dinheiro, o CFO da Guararapes, Miguel Cafruni, avaliou positivamente as taxas impostas às empresas estrangeiras.
“Hoje, isso está um pouco mais equilibrado, ainda não está 100% ideal, mas já vemos um equilíbrio maior. Percebemos claramente pelos números uma perda de fôlego dessas plataformas”, disse.
Resultado trimestral bom
A decisão do BTG de incluir as ações no portfólio de cobertura acontece depois de a Guararapes anunciar um resultado trimestral que deixou os investidores felizes.
No segundo trimestre deste ano (2T25), a empresa registrou lucro líquido de R$ 143 milhões, um aumento anual de 151,2%. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 436 milhões, superando as estimativas em 6%.
O resultado positivo foi puxado por datas comemorativas do período, como Dia das Mães e Dia dos Namorados, que aumentaram as vendas de roupas.
Os riscos e catalisadores para a Guararapes
Para o BTG, os catalisadores (gatilhos positivos que podem mudar o preço dos ativos) da dona da Riachuelo são:
- Recuperação de margem no varejo;
- Expansão da Midway;
- Crescimento das lojas, um dos focos da empresa para 2026, segundo o CFO.
Os riscos são:
- Cenário macroeconômico instável com os juros;
- Qualidade do crédito; e
- Eventual nova agressividade das plataformas digitais.
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