BRB terá que rever (de novo) a fatia adquirida do Banco Master: Banco Central pede nova análise para garantir viabilidade econômica
Revisão das informações sobre os ativos a serem adquiridos envolve dados financeiros, valor dos ativos e garantias, como a cobertura do FGC
O Banco Central não está conseguindo finalizar sua análise sobre a compra de uma fatia do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).
Pela terceira vez em pouco mais de um mês, a autarquia solicitou que o BRB e o Master deem mais informações sobre os ativos a serem adquiridos na operação. Segundo o BC, há inconsistências nos dados enviados sobre os ativos que devem entrar na aquisição, e também sobre os que devem ficar fora da compra.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o BC quer assegurar a viabilidade financeira do novo conglomerado que deve surgir com a aquisição. Para isso, a avaliação envolve o que acontecerá com a parte remanescente do banco.
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Entre os pontos que precisam ficar claros diante da compra do Banco Master pelo BRB estão os dados financeiros de ambos os bancos, os valores dos ativos e a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para determinados produtos.
A nova revisão exigida pela autarquia tem potencial para alterar o perímetro da operação.
Inicialmente, estimava-se que R$ 23 bilhões em ativos ficariam fora do acordo. Na versão mais recente, esse número subiu para R$ 33 bilhões.
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A diminuição da fatia de compra pelo BRB tem relação direta com a qualidade dos ativos do Banco Master. Os ativos que ficam de fora são considerados mais problemáticos, como precatórios e operações de crédito mais arriscadas.
BC analisa documentação do Banco Master
Esta não é a primeira vez que o BC aponta falhas na documentação do BRB e do Banco Master.
Há cerca de um mês, a autarquia já havia questionado os dois bancos sobre operações de compra e venda de carteiras de crédito consignado realizadas em 2024. Segundo o jornal, o BRB adquiriu aproximadamente R$ 8 bilhões em carteiras do Master, no que teria sido o primeiro passo para a aquisição atual.
O BRB pretende adquirir 58% do capital total do Banco Master, sendo 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais. A aquisição está estimada em R$ 2 bilhões.
O pedido desta quinta-feira (24) do BC foi encaminhado após uma série de encontros entre os executivos dos bancos e a autoridade reguladora.
No sábado, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, reuniu-se com Daniel Vorcaro, presidente do Master, e com o CEO do banco, Augusto Ferreira de Lima.
Na segunda-feira, foi a vez do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças da instituição, Dario Oswaldo Garcia Junior.
Já na terça, os dois lados voltaram à mesa para uma reunião com os diretores do BC Ailton Aquino (Fiscalização) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução).
Apesar das exigências adicionais, fontes da Folha acreditam que o parecer do BC pode sair nas próximas semanas. A operação já recebeu sinal verde do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
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Qual o problema com o Master?
Desde o primeiro anúncio, em março, a compra de uma fatia do Banco Master pelo BRB levantou preocupações no mercado.
O BRB é uma instituição financeira estatal vinculada ao governo do Distrito Federal. Trata-se de um banco de porte médio, que teve um crescimento exponencial nos últimos anos, visto com ressalvas.
Do outro lado, o Master enfrenta problemas de liquidez. O banco teve uma expansão impulsionada por ativos de risco nos últimos anos. Sua principal estratégia era a captação de recursos via CDBs com taxas de juros muito acima da média.
Porém, a carteira do Master para cumprir com o pagamento desses CDBs estava presa em ativos ilíquidos, como precatórios, participações em empresas e créditos a receber.
Nos últimos meses, o Banco Master solicitou a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para cumprir suas obrigações de curto prazo. O fundador, Daniel Vorcaro, também teve que vender ativos próprios para capitalizar a instituição financeira.
O BRB, contudo, defende que a compra parcial do Master irá ajudar na estratégia de crescimento da instituição. O banco estatal prevê sinergias nas áreas de câmbio, mercado de capitais e crédito consignado.
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