Braskem (BRKM5) quer voltar a gerar caixa — e decidiu parar de gastar dinheiro com a Oxygea; entenda a decisão da petroquímica
De acordo com comunicado, a suspensão dos investimentos no negócio está alinhada ao novo direcionamento estratégico da empresa
Após consecutivos trimestres de resultados aquém das expectativas, a Braskem (BRKM5) parece ter se cansado de ter suas finanças pressionadas pela incessante queima de caixa — e deixou claro que fará de tudo para voltar a gerar dinheiro.
A petroquímica anunciou na quinta-feira (31) que decidiu descontinuar novos investimentos na Oxygea, divisão da companhia focada em mudanças digitais com startups no mercado.
- VEJA MAIS: VEJA MAIS: O que esperar dos resultados do 4º trimestre de 2024? Acesse o guia gratuito dos balanços com análises exclusivas do BTG
De acordo com comunicado enviado à CVM, a suspensão dos investimentos no negócio está alinhada ao novo direcionamento estratégico da empresa.
Isso porque a petroquímica agora está focada na reavaliação e priorização de seus ativos e investimentos, tanto operacionais como estratégicos.
O objetivo final é a busca da otimização da alocação de capital e geração de caixa.
“Tal medida não afasta a inovação como um pilar estratégico da companhia e seu propósito de continuidade do desenvolvimento de soluções, produtos e processos inovadores”, afirmou a empresa, em nota.
Leia Também
O panorama da Braskem (BRKM5) hoje
A decisão da Braskem (BRKM5) de interromper os investimentos na Oxygea vem na esteira de uma reestruturação do alto escalão da petroquímica, anunciada no fim de 2024, sob a gestão do novo CEO Roberto Prisco Paraiso.
A reforma na diretoria executiva da empresa envolveu a chegada de Felipe Montoro como novo diretor financeiro (CFO) e diretor de relações com investidores (DRI).
O objetivo das mudanças no alto escalão da empresa era acelerar iniciativas de eficiência para enfrentamento ao ciclo de baixa do setor petroquímico, alinhadas com o atual direcionamento estratégico da companhia.
Vale destacar que, há meses, a Braskem (BRKM5) vivencia forte pressão sobre as finanças.
Ainda que a safra de balanços do quarto trimestre de 2024 ainda não tenha começado, é possível traçar um raio-x da saúde financeira da petroquímica com os últimos dados conhecidos pelo mercado.
No terceiro trimestre, a petroquímica se manteve no vermelho, apesar de ter conseguido reduzir — em muito — as perdas. O prejuízo líquido chegou a R$ 593 milhões entre julho e setembro, uma melhora de 75% frente à cifra negativa registrada em igual intervalo do ano anterior.
- LEIA TAMBÉM: Especialistas do BTG Pactual elaboraram um guia gratuito da temporada de balanços – confira o que esperar de +130 empresas
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, indicador usado para mensurar a capacidade de geração de caixa operacional, subiu 160% no comparativo anual, a R$ 2,39 bilhões.
O desempenho foi ajudado pela melhora dos spreads — diferença entre o preço da matéria-prima e o preço dos produtos derivados — dos petroquímicos.
Por outro lado, a queima de caixa da Braskem continuou em ritmo acelerado no trimestre, encerrando setembro com um montante negativo em R$ 1,9 bilhão, piora de 75% na relação anual.
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo
Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado
Itaú (ITUB4) não quer juros altos e seguirá com ROE acima de 20%, diz CEO: “A barra subiu faz tempo”
Milton Maluhy Filho afirma que o banco segue confortável com o atual nível de rentabilidade e projeta cortes na Selic a partir de 2026; veja o que esperar daqui para frente
